〈物語〉シリーズ

Sabe, de vez em quando, a gente esbarra em uma obra que não apenas assistimos, mas que nos assiste de volta. Uma série que não quer só te entreter, mas te desafiar, te questionar, te provocar. Para mim, essa foi a experiência com 〈物語〉シリーズ – ou a “Monogatari Series”, como muitos a conhecem. Não é só um anime; é quase um universo paralelo, uma conversa constante, um quebra-cabeça que se reconstrói a cada episódio. E é por isso que, mesmo quinze anos depois de seu lançamento inicial em 2009, eu ainda sinto uma necessidade quase visceral de falar sobre ela.

Quando penso em Monogatari, a primeira coisa que me vem à mente não é uma cena de ação ou um momento dramático, mas sim o som. O som do silêncio quebrado por diálogos frenéticos, inteligentes, cheios de jogos de palavras e ironias que deslizam pela tela. É como se cada conversa fosse uma partida de xadrez verbal, onde cada movimento, cada pausa, cada réplica, carrega múltiplas camadas de significado. Você não apenas ouve o que os personagens dizem; você tenta decifrar o que eles não dizem, o subtexto que pulsa por baixo de cada frase.

E é aqui que a genialidade da SHAFT, a produtora por trás dessa jornada, se revela em sua plenitude. Esqueça o clichê de “animação incrível”. O que eles fazem com Monogatari é uma alquimia visual. Em vez de simplesmente nos mostrar um personagem nervoso com as mãos tremendo, a câmera gira em ângulos impossíveis, o cenário se desintegra em abstrações coloridas, textos piscam na tela em velocidades vertiginosas, obrigando seu cérebro a fazer malabarismos para acompanhar. É uma linguagem cinematográfica que se recusa a ser passiva, que te puxa para dentro da mente de Araragi Koyomi, o protagonista, e dos seus dilemas existências (e sobrenaturais).

Ah, Araragi Koyomi… o nosso querido “salvador de garotas” relutante, interpretado com uma maestria inigualável por Hiroshi Kamiya. Kamiya consegue dar voz a um personagem que é, ao mesmo tempo, cínico, pervertido e profundamente altruísta. Suas tiradas são rápidas como um raio, e sua capacidade de alternar entre o humor mais escrachado e a seriedade mais sombria é a espinha dorsal da série. Mas ele não está sozinho nesse palco.

AtributoDetalhe
Elenco PrincipalHiroshi Kamiya, Chiwa Saito, 加藤英美里, Miyuki Sawashiro, Eri Kitamura
GêneroAnimação, Comédia, Drama, Mistério
Ano de Lançamento2009
ProdutoraSHAFT

Você já conheceu alguém que consegue ser aterrorizante e poeticamente bela na mesma frase? Essa é Senjougahara Hitagi. Chiwa Saito a entrega com uma performance vocal que é pura navalha e seda, uma combinação letal. Ela pode te espetar com um sarcasmo afiado e, no instante seguinte, te envolver em uma declaração de amor tão vulnerável que te tira o fôlego. E a pequena, mas inesquecível, Hachikuji Mayoi, trazida à vida por Emiri Katou, com sua energia contagiante e seus erros de pronúncia que são uma marca registrada. É como se Katou tivesse capturado a essência da inocência travessa, com um toque de sabedoria ancestral.

Miyuki Sawashiro, como Kanbaru Suruga, entrega uma personagem com uma energia atlética e um humor um tanto quanto, digamos, direto, que contrasta de forma brilhante com a complexidade de seus problemas. E Eri Kitamura, como Araragi Karen, a irmã mais nova e justiceira, irradia uma paixão juvenil e uma determinação que são palpáveis em cada grito de “Justiça!”. Não são apenas vozes; são extensões da alma desses personagens, moldando quem eles são para o espectador.

Monogatari é um mergulho profundo nas águas turvas da adolescência, do crescimento, da aceitação das próprias falhas e das anomalias que nos cercam – tanto as sobrenaturais quanto as puramente humanas. É uma comédia de humor perspicaz, um drama que te pega desprevenido, um mistério que se desdobra em camadas e uma animação que reinventa o que é possível. É uma série que te faz rir de uma piada sobre pênis e, no minuto seguinte, te faz refletir sobre o peso da culpa ou a natureza da existência. Essa dualidade, essa recusa em ser apenas uma coisa, é o que a torna tão fascinante e, por vezes, tão desafiadora. Não é para todo mundo, e talvez seja exatamente por isso que é tão especial para quem se conecta com ela.

Desde 2009, quando a primeira temporada nos apresentou a esse mundo, a série evoluiu, se expandiu, mas manteve sua identidade. Continua a ser uma experiência que exige sua atenção total, que te recompensa com discussões complexas e visuais que ficam gravados na sua mente. No fundo, Monogatari é sobre comunicação – sobre as barreiras que criamos, as palavras que escolhemos e as verdades que tentamos esconder. E, talvez, seja também uma prova de que a arte, quando feita com paixão e inteligência, pode transcender o mero entretenimento e se tornar um verdadeiro espelho da condição humana. É uma série que, como eu, você talvez nunca esqueça.

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