Paris, Texas: Uma Comédia Romântica que Surpreendeu (e Decepicionou)
Ontem, 12 de setembro de 2025, assisti a A Paris Errada, e devo confessar: entrei na sala com expectativas relativamente baixas. Mais um filme de comédia romântica, aparentemente formulaico, estrelando Miranda Cosgrove – uma atriz que, apesar de talentosa, raramente se aventura em papéis que fogem do terreno familiar. Mas, como diria minha avó, “nunca se deve julgar um livro pela capa (ou um filme pelo trailer)”. E, nesse caso, ela estava parcialmente certa.
A sinopse, simples e eficaz, já entrega a premissa básica: Dawn (Cosgrove), sonhadora e um tanto ingênua, se inscreve em um reality show achando que irá para a cidade-luz, Paris, França. A surpresa, é claro, é o Paris, Texas, um cenário bem menos glamouroso. A partir daí, acompanhamos sua saga para escapar desse destino indesejado, o que, claro, é constantemente atrapalhado pelo charmoso caubói Trey (Pierson Fodé).
Janeen Damian, na direção, faz um trabalho competente, mas sem brilhos excepcionais. A fotografia, apesar de não ser inovadora, consegue capturar a essência dos dois mundos apresentados: a sofisticação (ou a tentativa de sofisticação) de Paris, Texas, e a rusticidade do interior americano. No entanto, a direção peca um pouco em construir uma atmosfera genuinamente cômica, optando por piadas um tanto previsíveis que caem mais na graça do que na gargalhada.
| Atributo | Detalhe |
|---|---|
| Diretora | Janeen Damian |
| Roteirista | Nicole Henrich |
| Produtores | Michael Damian, Brad Krevoy |
| Elenco Principal | Miranda Cosgrove, Pierson Fodé, Madison Pettis, Frances Fisher, Yvonne Orji |
| Gênero | Romance, Comédia |
| Ano de Lançamento | 2025 |
| Produtoras | Motion Picture Corporation of America, Brad Krevoy Productions |
O roteiro de Nicole Henrich, por sua vez, é um ponto que merece uma análise mais aprofundada. A premissa, como já mencionei, é divertida e promissora. A ideia de uma protagonista desiludida, presa em um cenário totalmente oposto ao esperado, tinha potencial para gerar uma comédia leve e inteligente. Contudo, o desenvolvimento da história se mostra irregular, com alguns momentos brilhantes de humor e outros de uma previsibilidade quase dolorosa. A trama se apoia demais em clichês do gênero, e a evolução do relacionamento entre Dawn e Trey, embora adorável em alguns momentos, é demasiadamente rápida e pouco convincente.
Quanto ao elenco, Miranda Cosgrove carrega o filme com seu carisma inegável. Apesar do personagem não exigir uma performance complexa, ela entrega uma interpretação autêntica e cativante. Pierson Fodé, como o galã caubói, cumpre o seu papel, embora sua atuação não seja memorável. O restante do elenco, com Madison Pettis, Frances Fisher e Yvonne Orji, adiciona alguns momentos de humor e sustentação à trama principal.
Pontos Fortes e Fracos
Os pontos fortes de A Paris Errada residem, principalmente, na premissa divertida e no carisma de Miranda Cosgrove. A química entre ela e Pierson Fodé, embora um tanto forçada em alguns pontos, consegue gerar um certo romantismo que funciona dentro do contexto do filme. Já os pontos fracos são mais numerosos: o roteiro previsível, o humor muitas vezes sem graça e a falta de originalidade no desenvolvimento da trama. A sensação, ao final da projeção, foi a de uma oportunidade perdida, um potencial não totalmente explorado.
Temas e Mensagens
Embora não se apresente como um filme profundo, A Paris Errada aborda, de forma leve, temas como autodescoberta e a importância de apreciar o inesperado. A jornada de Dawn em Paris, Texas, a força que ela encontra em si mesma para lidar com a decepção inicial e, finalmente, abraçar um novo caminho, são elementos que, apesar da simplicidade, podem ressoar com o público.
Conclusão
No fim das contas, A Paris Errada é um filme de comédia romântica mediano. Divertido em alguns momentos, mas sem grandes surpresas ou originalidade. Recomendo sua assistida apenas para quem busca um entretenimento leve e despretensioso, sem grandes pretensões artísticas. Para quem busca algo mais substancial, é melhor procurar em outros lugares. No geral, minha avaliação é um 6/10, mais pelo carisma do elenco principal do que pelo roteiro em si. O lançamento em 12 de setembro de 2025 foi razoavelmente bem recebido pelo público, mas não causou nenhum burburinho na crítica especializada. Assim, minha avaliação fica exatamente onde eu esperava: na média.
