Ip Man: O Mestre do Kung Fu

Ip Man: O Mestre do Kung Fu – Um olhar retrospectivo sobre um mestre, seis anos depois

Em 2019, assisti a Ip Man: O Mestre do Kung Fu, um filme que, para ser sincero, me deixou com sentimentos um tanto contraditórios. Seis anos se passaram desde a sua estreia e, olhando para trás, a memória do longa-metragem se mistura com o ruído de tantas outras produções de artes marciais. Recentemente, revisitei-o em uma plataforma de streaming e, ao que parece, a minha impressão original se manteve, embora com nuances.

O filme nos apresenta um Ip Man (interpretado por 杜宇航) antes da fama, um capitão de polícia em Guangzhou, antes mesmo da chegada dos japoneses e da ascensão de Bruce Lee. Envolvido em uma trama de assassinato e vingança, Ip Man precisa fugir da lei e, eventualmente, lidar com a invasão japonesa. Essa premissa, por si só, é promissora, pois permite explorar facetas menos conhecidas da vida do mestre.

A direção de Li Liming é competente, mas sem grandes sobressaltos. A coreografia das lutas é funcional, cumprindo o papel de espetáculo de artes marciais, mas sem a inovação ou a elegância que fizeram outros filmes de Ip Man verdadeiras obras-primas do gênero. O roteiro, assinado por Qingshui Shi e Li Liming, sofre de um certo preciosismo. A tentativa de construir uma narrativa épica acaba resultando em uma trama um tanto monótona e previsível.

Atributo Detalhe
Diretor Li Liming
Roteiristas Qingshui Shi, Li Liming
Elenco Principal 杜宇航, 苑立若心, Tong Xiaohu, Yue Dongfeng, Ren Yu
Gênero Ação, Drama
Ano de Lançamento 2019

A atuação de 杜宇航 como Ip Man é digna de nota, mas não chega a superar as performances memoráveis de Donnie Yen em outras produções. O elenco de apoio também apresenta atuações sólidas, porém, sem personagens que realmente consigam se destacar além de seus papéis funcionais dentro da narrativa.

Acho que o maior ponto fraco do filme reside na sua falta de originalidade. Ele parece seguir uma fórmula já bastante explorada: o herói incorruptível, a luta contra a opressão, a ação estilizada. Ele tenta criar um mito, mas não consegue transcende-lo. Jake Watt, em sua crítica para o site Make the Switch, acerta ao caracterizá-lo como um “biopic para completistas apenas”. Eu concordo, acrescentando que, mesmo para os completistas, o longa pode se tornar cansativo.

Por outro lado, Ip Man: O Mestre do Kung Fu acerta na ambientação. A atmosfera de Guangzhou nos anos anteriores à guerra é bem retratada, criando um contexto histórico palpável. Os temas abordados, como a corrupção, a honra, a luta pela justiça, são clássicos, mas ainda ressoam e conseguem tocar o espectador em alguns momentos. Entretanto, a exploração desses temas não chega a ser profunda o suficiente para deixar uma marca duradoura.

No final das contas, Ip Man: O Mestre do Kung Fu é um filme mediano. Não é ruim, mas também não é excepcional. É uma produção aceitável para quem busca uma dose de ação e artes marciais, mas não espere uma obra-prima. Em 2025, olhando em retrospectiva, recomendo o filme apenas aos fãs mais dedicados de Ip Man, aqueles que apreciam mesmo as produções mais modestas do universo do mestre de Wing Chun. Se você busca uma experiência cinematográfica marcante, sugiro procurar outras opções dentro do vasto catálogo de filmes de artes marciais. Aquele “muito bom!”, que li em uma breve crítica, me parece exagerado. Um “bom, mas poderia ter sido melhor” resume melhor a minha sensação.

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