Os Roses: Até Que a Morte os Separe

Os Roses: Até Que a Morte os Separe – Uma Comédia Amarga que Floresce no Sofrimento

Lançado em 28 de agosto de 2025, Os Roses: Até Que a Morte os Separe chegou aos cinemas brasileiros prometendo uma deliciosa comédia romântica com o toque de mestre de Benedict Cumberbatch e Olivia Colman. E, em parte, ele cumpre a promessa. Mas, para mim, essa “parte” se revelou uma experiência bem mais complexa, mais amarga e, ouso dizer, mais fascinante do que a simples descrição de “comédia” sugere. A sinopse nos vende a imagem de um casal aparentemente perfeito, Ivy e Theo, cujas vidas idílicas escondem uma guerra fria implacável. O que o filme entrega, no entanto, é uma exploração sutil, porém poderosa, do casamento como instituição, e como a competição, o ressentimento e a ambição podem minar até mesmo os laços mais fortes.

Uma Direção Suave, um Roteiro Ácido

Jay Roach, conhecido por sua comédia leve, demonstra uma surpreendente destreza em equilibrar o humor mordaz com momentos de profunda fragilidade emocional. A direção é contida, permitindo que a tensão entre os personagens se construa lentamente, como uma panela de pressão prestes a explodir. O roteiro de Tony McNamara, por sua vez, é um primor de ironia e sarcasmo. Ele não se esquiva das verdades incômodas sobre o casamento, e a comédia surge justamente desse choque entre a fachada perfeita e a realidade áspera. McNamara, com seu humor ácido, constrói uma narrativa que é tão divertida quanto inquietante.

Atributos Estelares e Personagens Completos

Olivia Colman e Benedict Cumberbatch entregam atuações magistrais, e é visível o prazer que encontraram em interpretar personagens tão complexos e desafiadores. A química entre eles é palpável, tanto na ternura quanto no antagonismo. Coletivamente, eles transmitem a dinâmica tensa e visceral, mostrando a sutileza da deterioração do casamento e do conflito de interesses. A performance de Colman, em especial, é excepcional: seu controle e precisão são impressionantes, tornando Ivy uma personagem memorável – e não me conformo com aqueles que a definiram em críticas mais rasas, dizendo que ela simplesmente “deixou o gambá solto”. Andy Samberg, Kate McKinnon e Allison Janney contribuem com performances sólidas no elenco de apoio, adicionando nuances e profundidade à narrativa.

Atributo Detalhe
Diretor Jay Roach
Roteirista Tony McNamara
Produtores Jay Roach, Ed Sinclair, Adam Ackland, Tom Carver, Michelle Graham, Leah Clarke
Elenco Principal Benedict Cumberbatch, Olivia Colman, Andy Samberg, Kate McKinnon, Allison Janney
Gênero Comédia, Drama
Ano de Lançamento 2025
Produtoras Searchlight Pictures, South of the River Pictures, SunnyMarch, Delirious Media

Pontos Fortes e Fracos: Um Equilíbrio Precário

Um dos maiores trunfos do filme é sua capacidade de nos fazer rir enquanto simultaneamente nos deixa desconfortáveis. A comédia negra funciona como uma lente que distorce a realidade, revelando a escuridão subjacente a uma vida que, à primeira vista, parece perfeita. Contudo, a narrativa poderia ter se beneficiado de um pouco mais de profundidade em alguns personagens secundários. Apesar de seus momentos brilhantes, alguns fios narrativos se sentem um pouco superficiais, sem a mesma riqueza de detalhes presente no desenvolvimento de Ivy e Theo.

Temas e Mensagens: Um Retrato do Casamento Moderno

Os Roses: Até Que a Morte os Separe explora temas relevantes sobre ambição, competição, identidade e a natureza dinâmica do casamento moderno. O filme não oferece respostas fáceis, mas sim nos convida a refletir sobre as pressões sociais e as expectativas irreais que são impostas aos casais. A mensagem central, se existe uma, é uma crônica melancólica e divertida de como os nossos sonhos e desejos, tanto individuais quanto em conjunto, muitas vezes colidem de forma inevitável.

Conclusão: Uma Obra que Permanece

Embora alguns possam achar o tom do filme excessivamente sombrio para uma comédia, eu acredito que essa é justamente a sua força. Os Roses: Até Que a Morte os Separe é uma experiência cinematográfica rica e complexa que permanece comigo, mesmo após o encerramento dos créditos. Não é uma comédia leve e despreocupada; é uma obra que provoca, que intriga e que, acima de tudo, nos faz pensar. Recomendo fortemente este longa-metragem para aqueles que apreciam um filme com profundidade, uma interpretação primorosa e uma comédia que, embora esteja lá, é agridoce e pungente. O filme já está disponível em plataformas digitais, então corra para assistir!

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