RED 2: Uma Sequela Divertida, Mas Infelizmente Desnecessária
Doze anos se passaram desde que RED 2 estreou nos cinemas brasileiros em 2 de agosto de 2013, e aqui estou eu, em 22 de setembro de 2025, revisitando-o. A nostalgia bateu forte, mas a pergunta que me assombra é: RED 2 precisava mesmo existir? A resposta, após uma nova análise, continua sendo um sonoro “talvez não”.
A premissa é familiar: Frank Moses, interpretado por um Bruce Willis ainda em boa forma, tenta levar uma vida tranquila com sua amada Sarah (Mary-Louise Parker). Mas a paz é efêmera, e logo Marvin Boggs (um John Malkovich sempre delicioso em sua excentricidade) aparece para anunciar que seus dias de sossego chegaram ao fim. Uma conspiração internacional coloca suas vidas em risco, e Frank e sua trupe de aposentados implacáveis – incluindo a formidável Victoria (Helen Mirren) e o enigmático Bailey (Anthony Hopkins) – precisam correr o mundo para sobreviver, enfrentando agentes, assassinos de aluguel, e até mesmo um avião explodindo.
A direção de Dean Parisot é competente, entregando uma sequência de ação frenética e bem coreografada, intercalada com momentos de comédia física que funcionam, sim, mas sem o mesmo impacto do longa original. O roteiro de Jon e Erich Hoeber, por outro lado, peca em originalidade. Senti falta daquela química explosiva do primeiro filme. RED 2 funciona como um episódio extra-longo, repleto de referências e gags que se apoiam demais na fórmula que já conhecíamos, sem oferecer grandes surpresas narrativas ou personagens memoráveis além daqueles já apresentados.
Atributo | Detalhe |
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Diretor | Dean Parisot |
Roteiristas | Jon Hoeber, Erich Hoeber |
Produtores | Mark Vahradian, Lorenzo di Bonaventura |
Elenco Principal | Bruce Willis, John Malkovich, Mary-Louise Parker, Anthony Hopkins, Helen Mirren |
Gênero | Ação, Comédia, Crime, Thriller |
Ano de Lançamento | 2013 |
Produtoras | di Bonaventura Pictures, DC |
As atuações, porém, continuam sendo um ponto alto. O elenco de estrelas brilha, cada um entregando suas performances características com maestria. Bruce Willis parece se divertir com o papel de Frank, a dinâmica entre ele e John Malkovich continua irresistível, e a adição de Anthony Hopkins, ainda que um pouco subutilizada, adiciona um peso dramático interessante à trama. Helen Mirren, como sempre, rouba a cena com sua presença imponente e um talento para comédia que não deixa a desejar para nenhum de seus colegas de elenco.
A força de RED 2 reside, sem dúvida, na química entre os atores e no humor ágil. Mas sua fraqueza é a falta de uma história realmente cativante. A trama, enquanto funcional, é previsível e não explora o potencial do universo que o primeiro filme apresentou tão bem. O filme se esforça para replicar o sucesso do original, mas, no fim das contas, acaba ficando como uma sombra – embora uma sombra divertida – daquela experiência original.
O filme toca em temas de amizade, lealdade e a ideia de que nunca é tarde para uma nova aventura, mesmo na terceira idade. Mas são temas tratados superficialmente, servindo mais como um pano de fundo para as cenas de ação e piadas. Ainda assim, é um filme leve e despretensioso, ideal para uma sessão de entretenimento sem grandes pretensões.
No fim das contas, RED 2 não é um desastre, mas também não é um triunfo. É uma sequência que consegue entreter, apesar de sentir-se desnecessária. Recomendo apenas se você já é fã do universo RED e busca mais um pouco daquela fórmula de ação e comédia leve que funciona muito bem para uma noite relaxada em casa, por streaming. Se você ainda não assistiu ao primeiro filme, talvez seja melhor começar por lá. Afinal, o original ainda carrega aquela magia irresistível que a sequência, apesar de seus esforços, não conseguiu replicar completamente.