Maze Runner: Correr ou Morrer

Maze Runner: Correr ou Morrer – Uma Gaiola Dourada em 2014, Um Legado Questionável em 2025

Onze anos se passaram desde que Wes Ball nos lançou no labirinto com Maze Runner: Correr ou Morrer. Olhando para trás, a partir de 24 de setembro de 2025, a experiência é…complexa. O filme, uma adaptação do primeiro livro da série jovem-adulta, apresenta um grupo de garotos que acordam sem memória num espaço claustrofóbico e misterioso: um labirinto mortal, cercado por criaturas monstruosas. A sobrevivência depende da cooperação, da descoberta de pistas e, acima de tudo, da resolução do enigma para escapar dessa prisão pós-apocalíptica. A trama é cativante em sua premissa básica, e se você ainda não assistiu, pode esperar uma jornada tensa, repleta de ação e suspense que te manterá na ponta da cadeira, mesmo sabendo que algumas revelações serão mantidas para as sequências.

A direção de Wes Ball, apesar de algumas escolhas que hoje em dia parecem um tanto datadas, consegue criar uma atmosfera opressiva e eficaz. A fotografia, a construção do cenário e o uso da trilha sonora contribuem significativamente para a imersão naquela realidade claustrofóbica e ameaçadora. O roteiro, no entanto, é onde o filme peca. Apesar de criar suspense e intrigas, a narrativa se mostra superficial em certos momentos, deixando muitas perguntas sem respostas, o que, segundo alguns, contribuiu para uma sensação de incômodo – uma sensação de que algo importante está faltando. Uma critica comum que vejo se repetir, mesmo 11 anos depois, é a interrupção abrupta da história, deixando um gostinho amargo de “por que parou aqui?”. Acho que essa sensação de incompletude é a grande marca registrada do filme.

O elenco, por sua vez, brilha. Dylan O’Brien como Thomas carrega a narrativa com sua vulnerabilidade e determinação. Kaya Scodelario, como Teresa, adiciona uma camada de mistério e intriga à trama, embora seu desenvolvimento pudesse ser mais profundo. Aml Ameen, Thomas Brodie-Sangster e Ki Hong Lee compõem um elenco coeso, representando a diversidade e hierarquia que se formam dentro do labirinto. As atuações são genuínas e convencem, mesmo diante de um roteiro que, às vezes, limita seu potencial.

AtributoDetalhe
DiretorWes Ball
RoteiristasGrant Pierce Myers, Noah Oppenheim, T.S. Nowlin
ProdutoresLindsay Williams, Marty Bowen, Ellen Goldsmith-Vein, Lee Stollman, Wyck Godfrey
Elenco PrincipalDylan O'Brien, Kaya Scodelario, Aml Ameen, Thomas Brodie-Sangster, Ki Hong Lee
GêneroAção, Mistério, Ficção científica, Thriller
Ano de Lançamento2014
ProdutorasIngenious Media, The Gotham Group, Dayday Films, Temple Hill Entertainment, TSG Entertainment, 20th Century Fox

Em 2014, Maze Runner se encaixava perfeitamente no contexto de sucesso de franquias jovens adultas distópicas. Era um derivativo, sim, um reflexo do sucesso de Jogos Vorazes e Divergente, e isso não é necessariamente ruim. Mas, ao comparar o filme com seus contemporâneos, fica claro que ele não se destacou tanto pela originalidade quanto pela execução. Sua força estava na atmosfera tensa e na química do elenco. Mas sua fraqueza reside justamente no tratamento superficial do mistério central, e num desfecho que, para muitos, pareceu apressado. O filme se concentra na fuga física, deixando de lado a exploração dos traumas psicológicos que os personagens carregam.

O filme explora temas de amizade, traição e busca por liberdade, a necessidade de descobrir a verdade em um mundo onde a memória é manipulada. No entanto, esses temas são tratados de forma superficial, sem muita profundidade. Isso compromete o impacto emocional da narrativa, deixando uma sensação de oportunidade perdida. A falta de desenvolvimento adequado de alguns personagens secundários também contribui para essa impressão.

Em suma, Maze Runner: Correr ou Morrer é um filme que funciona como uma experiência de entretenimento razoável. Ele entrega adrenalina e suspense, sustentado por um elenco talentoso. Mas, infelizmente, não consegue escapar da armadilha de ser apenas mais uma engrenagem na máquina de produções distópicas para jovens adultos. Sua conclusão incompleta e o desenvolvimento superficial dos temas impedem que ele se torne uma obra memorável. Recomendo assisti-lo caso queira uma sessão de ação com boa qualidade técnica, mas não espere uma obra-prima cinematográfica, e prepare-se para a frustração de um final abrupto. A experiência, apesar de tudo, te deixa intrigado para ver como a história vai se desenrolar na sequência. Disponível em várias plataformas de streaming, vale a pena pelo menos dar uma olhada, se você ainda não o fez, por puro entretenimento – mas não crie expectativas muito altas.

Trailer

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