O Homem de Aço

O Homem de Aço: Um Super-Herói para o Século XXI? (ou não?)

Doze anos se passaram desde que o mundo foi apresentado à visão de Zack Snyder para o Superman, e olhando para trás, em 2025, a experiência continua tão complexa e polarizadora como em 2013. O longa-metragem, uma reinicialização do icônico herói da DC, prometeu uma abordagem mais sombria e realista, e entregou… algo. Algo que, para mim, permanece fascinante em sua ambição, mesmo com suas falhas gritantes.

A trama acompanha a jornada de Kal-El, um alienígena de Krypton, desde sua chegada à Terra até seu desenvolvimento como o Homem de Aço. Sem entrar em spoilers, digamos que o filme explora a busca pela identidade, o peso do destino e a difícil escolha entre ser um salvador ou um destruidor. É uma história de origem clássica, com o peso extra da grandiosidade visual e do tom sério que Snyder impôs.

Visão, Atuações e Roteiro: Uma Mistura Explosiva (mas Nem Sempre Boa)

A direção de Zack Snyder é inegável. A estética visual é imponente, a fotografia é deslumbrante e as cenas de ação, embora às vezes confusas, são grandiosas e memoráveis. A batalha final, por exemplo, é um espetáculo visual de tirar o fôlego, mesmo que a narrativa sofra com a enxurrada de efeitos especiais. Contudo, a obscuridade exagerada em alguns momentos, a câmera lenta excessiva e uma certa falta de sutileza acabam por prejudicar a experiência.

AtributoDetalhe
DiretorZack Snyder
RoteiristaDavid S. Goyer
ProdutoresChristopher Nolan, Charles Roven, Emma Thomas, Deborah Snyder
Elenco PrincipalHenry Cavill, Amy Adams, Russell Crowe, Michael Shannon, Kevin Costner
GêneroAção, Aventura, Ficção científica
Ano de Lançamento2013
ProdutorasDC Entertainment, Syncopy, Peters Entertainment, Warner Bros. Pictures

Quanto ao roteiro de David S. Goyer, posso dizer que é funcional. Ele cumpre o propósito de contar a história de origem, mas carece de nuances em certos aspectos. Concordo com alguns críticos que acharam que a exploração do lado amoroso e altruísta do Superman ficou aquém do esperado. O foco na ação e no conflito, muitas vezes, ofusca os momentos de humanidade que poderiam tornar o filme mais cativante.

O elenco, no entanto, é impecável. Henry Cavill, desde 2013, incorpora a força física e a melancolia interior de Clark Kent com uma convicção admirável. Russell Crowe como Jor-El é poderoso e imponente, enquanto Amy Adams, apesar de alguns questionarem sua interpretação, entrega uma Lois Lane decidida e curiosa. As atuações estão, em sua maioria, excelentes, elevando um roteiro que, por si só, não seria tão memorável. A atuação de Michael Shannon como General Zod é memorável, quase roubando o show do próprio Superman.

Pontos Fortes, Pontos Fracos e o Peso da Esperança

A força de O Homem de Aço reside em sua escala épica e em seu tom mais realista, em comparação com adaptações anteriores. Snyder ousou reimaginar o Superman, apresentando-o não como um herói infalível, mas como um ser em constante luta consigo mesmo, lutando contra suas próprias dúvidas e os seus poderes devastadores. A exploração da relação entre Clark e seus pais terrestres, Jonathan (Kevin Costner) e Martha Kent, também é um ponto alto, ainda que breve.

Por outro lado, a trama sofre de ritmo irregular, com momentos de tédio intercalados com longas sequências de ação. A busca pela origem de Superman, em Krypton, embora visualmente deslumbrante, é um pouco extensa, em detrimento do desenvolvimento de outros aspectos da narrativa. O tom excessivamente sombrio, apesar de justificável em certos pontos, também contribui para um certo distanciamento emocional com o herói. A cena final, de salvação, por exemplo, poderia ter sido mais emotiva.

Um Legado Contestado (e uma Recomendação Cautelosa)

O Homem de Aço é um filme divisivo. Lançado em 2013, ele tentou estabelecer um novo tom para as adaptações de super-heróis, o que gerou discussões acaloradas entre o público e a crítica. A sua recepção foi mista, com alguns elogiando sua ambição visual e outros criticando seu roteiro e tom.

Apesar de suas falhas, a obra demonstra uma tentativa de criar um universo cinematográfico rico e complexo. A visão de Snyder, mesmo que nem sempre bem executada, é algo admirável. Em 2025, posso dizer que o filme envelheceu de forma desigual, mas ainda possui um certo charme e impacto, principalmente para aqueles que apreciam o visual e a ação grandiosa. Eu o recomendaria com a ressalva de que não se trata de uma obra-prima, mas sim um experimento interessante e, em momentos, espetacular, do gênero de super-heróis. A experiência final vai depender muito das expectativas do espectador. Vale a pena ver, mas com uma pitada de ceticismo e um copo de água para as cenas excessivamente longas em câmera lenta.

Trailer

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