Gotham

Gotham: Uma imersão sombria no nascimento de um mito

Onze anos se passaram desde que a série Gotham invadiu nossas telas, prometendo uma exploração sombria do universo Batman antes do surgimento do próprio Cavaleiro das Trevas. E, olhando para trás, a série, criada por Bruno Heller, se revela uma experiência complexa, fascinante e, por vezes, frustrante – uma montanha-russa emocional que deixa uma marca duradoura.

A sinopse oficial nos apresenta o tenente James Gordon, recém-chegado a Gotham, ansioso por combater a corrupção que apodrece a cidade. Sua jornada começa com a investigação do assassinato dos pais de Bruce Wayne, um evento que moldará para sempre o destino do jovem órfão e, consequentemente, o futuro sombrio de Gotham. Mas a série é muito mais do que isso. É a história da formação de vilões icônicos, uma galeria de rostos grotescos e memoráveis que povoam os becos escuros e as sombras da cidade.

A direção de Gotham é, em sua maior parte, impecável. A atmosfera opressora e gótica é capturada com maestria, utilizando a fotografia e a direção de arte para criar uma Gotham visualmente impactante, um personagem à parte na narrativa. A série se permite mergulhar no lado mais grotesco e visceral de seus personagens, sem jamais perder o equilíbrio entre a violência gráfica e a construção narrativa.

AtributoDetalhe
CriadorBruno Heller
Elenco PrincipalBen McKenzie, Donal Logue, David Mazouz, Sean Pertwee, Robin Lord Taylor
GêneroDrama, Crime, Ficção Científica e Fantasia
Ano de Lançamento2014
ProdutorasDC Entertainment, Primrose Hill Productions, Warner Bros. Television, DC

No entanto, o roteiro é onde a série encontra seus maiores desafios. A trama, por vezes, se perde em subplots complexos e prolongados, desviando o foco da narrativa principal. Há momentos de puro brilho, com arcos narrativos surpreendentes e reviravoltas impactantes, mas também há episódios que se arrastam, sem adicionar valor à jornada geral.

As atuações são, sem dúvida, um dos pontos mais altos de Gotham. Ben McKenzie entrega uma interpretação convincente de Jim Gordon, um homem lutando contra a maré em uma cidade tomada pela corrupção. Donal Logue, como o sarcástico e leal Harvey Bullock, rouba a cena em diversos momentos, e a trajetória de David Mazouz como um jovem Bruce Wayne, se tornando um vigilante em formação, é verdadeiramente cativante. Robin Lord Taylor como o Pinguim, e Sean Pertwee como Alfred Pennyworth, fornecem performances magistrais, com uma química perfeita. A construção de seus personagens, particularmente a do Pinguim, é um dos maiores acertos da série.

Os temas explorados em Gotham são diversos e profundos. A corrupção sistêmica, a busca pela justiça, a natureza dual da moralidade e a formação de um herói e seus vilões são apenas alguns dos assuntos que a série aborda. A série, por vezes, se aproxima de uma alegoria sobre a fragilidade da sociedade e a tentação do poder, criando debates interessantes sobre a responsabilidade individual frente ao caos.

Um dos pontos fracos mais notórios é, talvez, a inconsistência. A série, às vezes brilhante e inovadora, em outros momentos se torna previsível e até mesmo repetitiva. Mas este defeito nunca é capaz de ofuscar o seu lado mais criativo.

Em resumo, Gotham é uma série que divide opiniões. Apesar de seus defeitos, é difícil negar seu impacto cultural e o sucesso em apresentar uma versão única e sombria do universo Batman. Para os fãs ávidos do gênero, vale a pena a maratona; para os mais hesitantes, a experiência pode ser bastante polarizadora. A recomendação é: assista com a mente aberta, pronto para a montanha-russa de emoções que a série oferece. A recompensa, no fim das contas, pode valer a pena.

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