Branca de Neve: Um conto de fadas para a era moderna? Um olhar crítico
O lançamento de Branca de Neve em março de 2025 gerou expectativas e, como toda adaptação de um clássico, dividiu opiniões. A versão de 2025, dirigida por Marc Webb e estrelada por Rachel Zegler e Gal Gadot, promete uma releitura do conto de fadas, mas será que consegue se destacar do peso da história original e das outras adaptações?
A sinopse, resumidamente, acompanha a fuga de Branca de Neve após uma ameaça de morte por parte de sua madrasta, a Rainha Má. Encontrando refúgio com sete anões amigáveis, ela se vê, contudo, diante de mais um perigo: uma maçã envenenada. Essa descrição, embora simples, já sugere a base familiar da trama, mantendo a essência da história conhecida por todos. Entretanto, o sucesso do filme reside na execução, e é aqui que as coisas se tornam mais complexas.
A direção de Marc Webb parece se esforçar para encontrar um equilíbrio entre a fidelidade ao material original e a necessidade de inovação. Há momentos de delicadeza e outros de exagerada grandiosidade, uma mistura que, infelizmente, não sempre funciona. O roteiro de Erin Cressida Wilson apresenta uma abordagem diferente, o que, segundo alguns críticos, se distancia bastante do conto original. Essa tomada de decisão acarreta pontos positivos e negativos, gerando uma recepção polarizada.
Atributo | Detalhe |
---|---|
Diretor | Marc Webb |
Roteirista | Erin Cressida Wilson |
Produtores | Marc Platt, Jared LeBoff |
Elenco Principal | Rachel Zegler, Gal Gadot, Andrew Burnap, Andrew Barth Feldman, Jeremy Swift |
Gênero | Família, Fantasia |
Ano de Lançamento | 2025 |
Produtoras | Walt Disney Pictures, Marc Platt Productions |
Gal Gadot como a Rainha Má se apresenta como uma força imponente, transmitindo com maestria a maldade e a inveja que definem a personagem. Rachel Zegler, como Branca de Neve, demonstra talento e carisma, embora sua interpretação, em alguns momentos, pareça um tanto contida. Os atores que dublam os sete anões acrescentam uma pitada de humor ao filme.
O que funciona em Branca de Neve são as excelentes performances do elenco principal. A química entre Gal Gadot e Rachel Zegler sustenta uma grande parte da narrativa. A estética visual, embora muitas vezes buscando um tom mais sombrio do que se espera de um conto de fadas, é impecável e contribui para a atmosfera.
Por outro lado, a narrativa se perde em alguns momentos, com um ritmo irregular e um desenvolvimento de personagens que poderia ser mais profundo. A reinvenção do conto, embora audaciosa, não convence totalmente. A tentativa de se diferenciar da animação original de 1937, citada em algumas críticas, parece ter criado um desequilíbrio que prejudica o apelo universal da história. A fórmula de um musical, apesar de bem-intencionada, não se integra perfeitamente à narrativa.
Branca de Neve não é uma obra-prima, mas tampouco um fracasso total. Seu sucesso ou fracasso depende, em grande medida, das expectativas do espectador. Se você busca uma releitura fiel do conto de fadas, este filme pode decepcionar. No entanto, se você está aberto a uma nova interpretação, com algumas escolhas arriscadas, encontrará momentos de entretenimento e atuações convincentes. Recomendo-o com ressalvas, principalmente para aqueles que buscam um conto de fadas com nuances e um toque moderno, sem grandes pretensões.