Olá, você aí do outro lado da tela! Hoje eu me peguei pensando em como a cultura pop, especialmente a animação japonesa, tem essa capacidade incrível de nos jogar em cenários que, convenhamos, nunca passaríamos na vida real. E, por vezes, esses cenários são tão absurdos que acabam sendo fascinantes, um verdadeiro espelho distorcido das nossas próprias ansiedades e desejos. É por isso que, por mais que eu tente me fazer de desentendido, Modaete yo, Adam-kun me fisgou. Sim, o nome já é um convite à curiosidade, não é? “Modaete yo” pode ser traduzido como “Gemam, Adão-kun”, e olha, se você já leu a sinopse, sabe que o título entrega exatamente a que veio.
Sério, quem diaberia que um dia estaríamos discutindo um anime que tem como premissa central uma pandemia global de… disfunção erétil? Pois é, você leu certo. Em um mundo onde os homens perderam sua “virilidade”, nosso protagonista, Kazuki, surge como um farol de esperança, ou melhor, de desejo, porque ele, por uma capriciosa ironia do destino (ou do roteirista, né?), é imune a essa tal “doença”. Pensa comigo: de repente, no meio de uma crise existencial masculina, aparece um garoto comum que, sem querer, se torna o “Adão” de um novo (e bastante sedento) Éden. A ideia é tão audaciosa que chega a ser genial, no seu próprio nicho, claro.
E é aí que a coisa esquenta de verdade. Kazuki, que provavelmente só queria passar despercebido e tirar notas boas, vira o centro das atenções de um harém peculiar e, digamos, muito motivado. Não estamos falando de um bando de garotinhas tímidas. Não, senhor! A lista é de tirar o fôlego e, francamente, me fez rir com a audácia. Temos a senpai gentil, que provavelmente esconde um lado mais… direto. Depois, a professora pervertida – um arquétipo clássico que aqui ganha uma camada extra de “urgência”. A garota bonita e popular da escola, que agora tem um objetivo bem específico na vida. E, para coroar, a herdeira de um poderoso conglomerado, que, você já pode imaginar, tem recursos ilimitados para conseguir o que quer. É um prato cheio para o caos, o humor e, sim, o erotismo.
A série, produzida pelos estúdios HōKIBOSHI, Suiseisha e WWWave, que a lançaram em 2024, não se preocupa em esconder sua natureza. Ela abraça a premissa com uma energia contagiante. O elenco de vozes é parte fundamental para dar vida a essa comédia-romântica-ecchi-com-um-toque-de-apocalipse-masculino. 空賀花, como Akari Himeno, Shizuka Ito, como Kaede Shiina, 桐村まり, como Aki Kokonoe, e 澁谷果歩, como Yui Kurumizawa, não apenas interpretam suas personagens; elas encarnam a mistura de desespero, astúcia e, por que não, um charme um tanto quanto questionável que as mulheres dessa realidade distópica precisam ter para se aproximar de Kazuki. Shinnosuke Tachibana, no papel de Kumazawa, deve ser o alívio cômico ou o contraponto masculino que, imagino, compartilha da aflição geral, ou talvez sirva como um mentor atrapalhado para nosso “Adão” relutante. Acredito que a escolha de cada seiyuu foi feita para acentuar as nuances dessas personalidades tão díspares, mas unidas por um objetivo comum.
Atributo | Detalhe |
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Elenco Principal | 空賀花, Shizuka Ito, 桐村まり, 澁谷果歩, Shinnosuke Tachibana |
Gênero | Animação |
Ano de Lançamento | 2024 |
Produtoras | studio HōKIBOSHI, Suiseisha, WWWave |
A beleza de Modaete yo, Adam-kun não está na profundidade filosófica ou na crítica social (embora possamos, com um pouco de esforço, extrair algo sobre a pressão masculina ou a inversão de papéis de gênero). Não, sua força reside em sua honestidade descarada e na forma como ele se permite ser pura fantasia de desejo. A animação, imagino, é fluida o suficiente para transmitir as expressões de anseio e os momentos mais… íntimos sem cair no vulgar gratuito, mas sem deixar de ser explícita sobre o que quer comunicar. Ela sabe exatamente quem é seu público e entrega sem rodeios.
Desde seu lançamento no ano passado, em 2024, a série tem provocado conversas, risadas constrangidas e, provavelmente, um ou outro “Será que assisto?”. E a minha resposta é: se você está procurando algo diferente, que não tem medo de ser ousado e que propõe uma situação tão hilária quanto… embaraçosa, então sim, dê uma chance a Modaete yo, Adam-kun. É um pedaço de cultura pop que, para mim, representa a liberdade criativa de levar uma ideia maluca até suas últimas consequências, e isso, por si só, já é algo a se admirar. É o tipo de série que nos lembra que, às vezes, a arte mais humana e apaixonada surge dos lugares mais inesperados e das premissas mais surreais. E, vamos ser sinceros, é divertido demais ver a confusão se desenrolar!