Fight Another Day

É engraçado como certos filmes encontram seu caminho até a gente, não é? Às vezes, a gente topa com uma superprodução que dominou todos os cinemas, e outras vezes, é um sussurro, um comentário numa lista esquecida, que te leva a uma joia que passou voando, quase despercebida. Foi exatamente assim com Fight Another Day, que celebrou seu primeiro aniversário em outubro do ano passado, no dia 9, e que, curiosamente, parece ter feito uma rota mais discreta para os espectadores brasileiros, quase como um segredo bem guardado. E, olha, me peguei pensando: por que a gente fala tanto dos blockbusters, dos filmes que gritam por atenção, e tão pouco desses que chegam de mansinho, mas que têm tanto a oferecer?

Essa foi a minha motivação, o meu “porquê” para sentar e escrever sobre a experiência que foi mergulhar nas quase duas horas de pura ação que o diretor James Mark e o roteirista Matthew Nayman – junto do próprio Mark – nos entregaram. Não é todo dia que você vê um filme que consegue reunir nomes como Jim Belushi, Martin Kove, e lendas do octógono como Chuck Liddell e Michael Bisping, né? E é exatamente essa colcha de retalhos que dá a Fight Another Day uma textura tão particular.

Quando o título Fight Another Day apareceu na tela, a primeira coisa que me veio à mente foi aquele sentimento de “lutar mais um dia”, de persistência, de não desistir, mesmo quando tudo parece estar contra você. E, acredite, o filme incorpora isso com uma intensidade palpável. A narrativa, um prato cheio para quem respira ação, nos joga em um universo onde a linha entre o certo e o errado é mais tênue do que a névoa da manhã. Sem entregar demais da trama – porque a graça está em descobrir os próprios caminhos tortuosos dos personagens –, posso dizer que acompanhamos Ryan Taylor, interpretado por Eric Johnson, em uma jornada que o força a encarar não apenas adversários físicos, mas também os fantasmas de seu próprio passado.

E que time de adversários e aliados ele encontra pelo caminho! O elenco é, por si só, uma declaração de intenções. Martin Kove como Fischer, com aquele olhar de quem já viu de tudo, traz uma gravidade que só um veterano do gênero pode oferecer. Você sente o peso das decisões dele, cada palavra parece vir de uma fonte de experiência quase mística. E o Belushi, gente! Jim Belushi como Duke é uma surpresa agradável, um respiro de carisma e dureza na medida certa. Ele não está ali para piadinhas fáceis; ele é um homem marcado, um mentor relutante ou talvez um antagonista com um coração inesperado. A complexidade que ele injeta em Duke eleva a dinâmica, tirando o filme da vala comum dos clichês de ação.

Atributo Detalhe
Diretor James Mark
Roteiristas James Mark, Matthew Nayman
Produtor Bruno Marino
Elenco Principal Jim Belushi, Martin Kove, Eric Johnson, Ennis Esmer, Chuck Liddell, Ken Kilpatrick, Finn McCager Higgins, Christina Ochoa, Michael Bisping, Nicolas Grimes
Gênero Ação
Ano de Lançamento 2024
Produtoras High Star Entertainment, Kemodo Entertainment

Mas onde Fight Another Day realmente brilha, na minha humilde opinião, é nas suas cenas de combate. E como não brilharia, com Chuck Liddell como Barbarian e Michael Bisping como Arthur Dane? Esses caras não precisam atuar na briga; eles são a briga. A coreografia, liderada por Mark, que tem um histórico notável como coordenador de dublês, é visceral, crua e incrivelmente autêntica. Não há espaço para movimentos limpos demais ou acrobacias que desafiam a física. Cada soco, cada chute, cada queda tem peso, tem impacto. Você quase sente o baque na sua própria costela enquanto assiste, o suor, o cansaço. É como ver uma luta de rua bem orquestrada, onde a técnica se mistura com a fúria bruta, e cada golpe conta uma história de desespero ou determinação.

Os outros nomes no elenco, como Ennis Esmer como Gerrard, Christina Ochoa como Isabell, Ken Kilpatrick como Aztec e Finn McCager Higgins como Blaine Arzure, complementam essa tapeçaria de personagens, cada um adicionando uma camada extra à trama, seja com um toque de humor sombrio, uma dose de inteligência afiada ou simplesmente uma presença que muda o jogo.

A produção, a cargo da High Star Entertainment e Kemodo Entertainment, merece um elogio pela forma como conseguiu criar um universo tão denso e convincente com o que, presumo, não foi o orçamento de um blockbuster. Há uma honestidade na filmagem, um tipo de estética que me remete aos filmes de ação dos anos 80 e 90, mas com uma roupagem moderna. Não é polido demais, não é artificial. É sujo, é real, e isso faz com que você se sinta mais imerso na dureza do mundo que eles construíram.

Fight Another Day não é um filme que tenta reinventar a roda do gênero de ação. Não espere reviravoltas que vão explodir sua mente ou diálogos filosóficos. O que ele entrega é uma experiência robusta e satisfatória para quem aprecia a ação bem feita, com personagens que, apesar de talvez não serem revolucionários, são cativantes em sua humanidade e em suas lutas – literais e figuradas. É um daqueles filmes que você assiste, sente a adrenalina subir, e ao final, pensa: “Que bom que eu dei uma chance para esse aqui.” Às vezes, as melhores descobertas são aquelas que a gente faz quando o barulho da multidão diminui, e a gente consegue escutar a própria voz nos chamando para algo diferente. E este, definitivamente, me chamou.

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