Terror em Shelby Oaks

Chega um momento na vida de qualquer fã de terror em que a gente pensa: “Será que ainda tem algo que realmente me assuste?”. Pois bem, eu achei que sabia a resposta, até que a fita enigmática de Terror em Shelby Oaks começou a girar. Este não é só mais um filme na vasta floresta do horror, sabe? É uma experiência que se infiltra sob a pele, arranha a sanidade e, quando você menos espera, te puxa para um abismo de mistério e desespero que me deixou sem fôlego. E olha que nem estreou oficialmente aqui no Brasil ainda, mas a prévia… ah, a prévia já me assombra.

O que me atraiu a escrever sobre Terror em Shelby Oaks antes mesmo do dia 30 de outubro, quando ele finalmente chega às salas de cinema brasileiras, é a forma como ele pega uma premissa que parece familiar e a retorce até ela se tornar algo visceralmente novo. Não é só a história de Mia (uma Camille Sullivan que entrega uma performance de cair o queixo, transbordando angústia em cada frame) em sua busca desesperada pela irmã desaparecida, Riley – uma daquelas youtubers destemidas que se jogam em investigações paranormais. Não, o cerne da questão é como essa busca se transforma em uma obsessão pessoal, alimentada por uma fita misteriosa que sussurra a possibilidade de Riley ainda estar viva.

E é aí que o filme, dirigido e roteirizado pelo mesmo Chris Stuckmann, que a gente conhece dos vídeos analíticos sobre cinema, realmente brilha. Stuckmann não se limita a nos contar uma história; ele nos força a vivenciá-la. A câmera, muitas vezes, é como um olho em pânico, capturando a espiral descendente de Mia. É a velha técnica do found footage, sim, mas usada aqui com uma inteligência e um domínio que a elevam. A gente não vê a história, a gente sente a textura granulada da fita, o frio da noite nos bosques de Ohio, a sensação de que algo invisível está sempre por perto, espreitando. Os bosques, que deveriam ser um refúgio da natureza, tornam-se um labirinto sufocante, onde a luz do dia parece nunca penetrar completamente.

Camille Sullivan, como Mia, não interpreta a personagem, ela se torna a personagem. Você sente o peso das noites em claro dela, a pontada de esperança que se mistura com o pavor a cada nova pista. Não é só a voz dela que treme de medo, mas a maneira como ela agarra o aparelho de VHS, como se a fita pudesse se desfazer em suas mãos a qualquer momento, levando consigo a última esperança de encontrar Riley. E o elenco de apoio? Brendan Sexton III como Robert, Michael Beach como o Detetive Burke, e a presença imponente de Keith David como Morton Jacobson e Robin Bartlett como Norma. Cada um adiciona camadas de mistério e uma sensação de que nem tudo é o que parece, criando uma tapeçaria de personagens que parecem esconder segredos tão profundos quanto os de Shelby Oaks. Keith David, em particular, tem uma habilidade assombrosa de dizer mais com um olhar do que a maioria com um monólogo.

AtributoDetalhe
DiretorChris Stuckmann
RoteiristaChris Stuckmann
ProdutoresAaron B. Koontz, Ashleigh Snead, Chris Stuckmann, Cameron Burns
Elenco PrincipalCamille Sullivan, Brendan Sexton III, Michael Beach, Keith David, Robin Bartlett
GêneroTerror, Mistério
Ano de Lançamento2025
ProdutorasPaper Street Pictures, Intrepid Pictures

Terror em Shelby Oaks não busca o susto fácil. Ele constrói uma atmosfera de terror sobrenatural que é quase palpável. A cada revelação perturbadora, a cada indício de um mal desconhecido, o ar na sala de cinema – ou na minha sala, na pré-estreia – pareceu rarear. É um suspense que se arrasta, que se delicia em nos fazer duvidar da nossa própria percepção, misturando a realidade da busca de Mia com o sobrenatural que Riley tanto investigava.

A produção da Paper Street Pictures e Intrepid Pictures, com Aaron B. Koontz, Ashleigh Snead, o próprio Chris Stuckmann e Cameron Burns à frente, demonstra um cuidado meticuloso em cada detalhe, desde o design de som que te faz ouvir coisas no escuro até a fotografia que transforma os cenários naturais de Ohio em paisagens de pesadelo. É um filme que não tem medo de mergulhar na escuridão, de questionar os limites da sanidade humana quando confrontada com o inexplicável.

Este filme não é para quem busca um terror previsível, com monstros saltando da sombra a cada cinco minutos. É para quem aprecia um bom mistério que se desdobra lentamente, para quem gosta de sentir um calafrio na espinha que não vem de um grito alto, mas de uma sensação crescente de desamparo e horror. É uma prova de que, sim, ainda existem histórias de terror que podem nos surpreender, nos inquietar e nos fazer olhar para o escuro com um pouco mais de receio.

E você, que tipo de horror te tira o sono? Está preparado para mergulhar nos segredos de Shelby Oaks quando o filme estrear? Conte pra gente nos comentários!

Trailer

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