Buzz Lightyear

Buzz Lightyear: Uma Aventura Espacial que Decola, Mas Não Chega às Estrelas

Três anos se passaram desde que a Pixar nos presenteou com Buzz Lightyear, e confesso que a memória da experiência ainda me acompanha, misturando admiração com uma pontinha de frustração. Era uma aposta ousada: um filme de origem para um personagem icônico, mas não como um filme sobre o brinquedo, e sim como o longa que inspirou o brinquedo amado por Andy em “Toy Story”. Uma ideia brilhante no papel, que, na prática, decolou, mas não alcançou a órbita de seus antecessores.

A sinopse, sem spoilers, é simples: acompanhamos Buzz Lightyear em sua primeira missão espacial, repleta de perigos, dilemas morais e a descoberta de um inimigo implacável. É uma história clássica de redenção e superação, ambientada em um universo visualmente deslumbrante, com cenários e designs de naves que, isoladamente, são primorosos.

Angus MacLane, na direção, demonstra um talento inegável para criar sequências de ação vibrantes e visualmente impressionantes. As batalhas espaciais são frenéticas e repletas de criatividade, um banquete para os olhos. No entanto, o roteiro, escrito por ele mesmo e Jason Headley, sofre de um problema crônico: a falta de originalidade na trama. A história, por mais bem executada visualmente, se move em trilhos já bem desgastados no gênero ficção científica. Senti falta daquela chispa da Pixar que nos cativou em filmes anteriores, uma pitada de originalidade na narrativa que elevava o filme além do previsível.

AtributoDetalhe
DiretorAngus MacLane
RoteiristasJason Headley, Angus MacLane
ProdutoraGalyn Susman
Elenco PrincipalChris Evans, Keke Palmer, Peter Sohn, Taika Waititi, Dale Soules
GêneroAnimação, Ficção científica, Família, Aventura
Ano de Lançamento2022
ProdutoraPixar

As atuações de voz são, em sua maioria, impecáveis. Chris Evans empresta sua voz grave e determinada a Buzz, conseguindo capturar a essência do personagem sem se perder em imitações do timbre de Tim Allen. Keke Palmer como Izzy Hawthorne e Taika Waititi como Mo Morrison adicionam energia e humor necessários para equilibrar a seriedade da trama. Peter Sohn como o adorável robô SOX rouba a cena em cada aparição.

O maior ponto forte de Buzz Lightyear é, sem dúvidas, sua animação. A Pixar mais uma vez se supera, entregando uma qualidade gráfica de tirar o fôlego. A atenção aos detalhes, a fluidez dos movimentos e a riqueza dos cenários são impecáveis. Porém, a beleza visual não consegue compensar a fragilidade do roteiro, que, apesar de possuir momentos de genuína emoção, peca pela previsibilidade e falta de um gancho emocional profundo com o público. O filme se perde em um mar de ação e explosões, esquecendo-se, por vezes, da construção de personagens mais complexos e de arcos narrativos mais impactantes.

O filme busca explorar temas como a responsabilidade, a superação de erros e o peso da jornada, mas a abordagem superficial impede que essas reflexões ganhem profundidade. O vilão, por exemplo, embora visualmente ameaçador, carece de motivação e desenvolvimento, tornando-se um antagonista pouco memorável.

Em resumo, Buzz Lightyear é um filme visualmente espetacular, com momentos de ação impressionantes e boas atuações de voz. No entanto, a trama previsível e a falta de originalidade impedem que ele se destaque como um trabalho memorável da Pixar. Foi uma experiência agradável, mas não uma experiência inesquecível. Se você busca um filme de animação visualmente impactante, Buzz Lightyear pode te agradar. Mas se você espera uma narrativa inovadora e emocionalmente rica, talvez seja melhor revisitar os clássicos da franquia “Toy Story”. Recomendo-o com ressalvas, mais para uma tarde de entretenimento familiar do que como uma experiência cinematográfica transformadora. A recepção mista pela crítica em 2022 parece ter se confirmado ao longo destes três anos.

Trailer Oficial

Capa do trailer de Buzz Lightyear
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