Natal em Harmonia

Um Natal em Harmony Springs: Doce, previsível, e… necessário?

Confesso: Natal em Harmonia não me surpreendeu. Sabia, desde o trailer, que estava diante de um filme leve, daqueles para se assistir embrulhado em um cobertor, com uma caneca de chocolate quente ao lado. E, em 2022, quando o assisti pela primeira vez, era exatamente o que eu precisava. Três anos depois, revisitar Gail Travers e Harmony Springs me trouxe uma sensação nostálgica, misturada a uma pitada de… bem, vamos dizer, desejo por mais originalidade.

O filme acompanha a jornada da talentosa Gail, uma cantora que busca o estrelato e acaba presa em Harmony Springs, Oklahoma, após imprevistos em sua viagem. Lá, ela encontra não apenas uma comunidade acolhedora, mas também o amor, em meio às luzes e ao espírito natalino da pequena cidade. A sinopse, simples e eficiente, entrega a promessa de um romance natalino sem grandes pretensões. E, para ser justo, ela cumpre sua promessa.

A direção de Shaun Paul Piccinino é competente, mas não inovadora. Ele conduz a narrativa de forma segura, sem arriscar em experimentos visuais ou narrativos. A fotografia é charmosa, com a beleza pitoresca de Harmony Springs servindo como um personagem em si. Já o roteiro, assinado por Christopher James Harvill e Lauren Swickard (que também atua no filme), peca pela previsibilidade. A trajetória de Gail é tão linear e esperada que, em certos momentos, senti-me como se estivesse assistindo a uma receita de bolo de Natal: cada passo é conhecido, o resultado é delicioso, mas não há surpresa.

AtributoDetalhe
DiretorShaun Paul Piccinino
RoteiristasChristopher James Harvill, Lauren Swickard
ProdutoresLauren Swickard, Daniel Aspromonte, Ali Afshar
Elenco PrincipalAnnelise Cepero, Jeremy Sumpter, Brooke Shields, Carla Jimenez, Lauren Swickard
GêneroRomance, Comédia, Música, Cinema TV
Ano de Lançamento2022
ProdutorasESX Entertainment, Lila Lane Pictures

As atuações, no entanto, salvam a produção. Annelise Cepero como Gail é doce e carismática, transmitindo a vulnerabilidade e a força da personagem com naturalidade. Jeremy Sumpter, como Jeremy Crawford, contracena com charme, construindo uma química palatável com Cepero. Brooke Shields, mesmo com um papel menor, adiciona um toque de elegância e experiência. A presença da experiente Carla Jimenez e a encantadora Lauren Swickard também contribuem para um elenco coeso e agradável.

O ponto forte de Natal em Harmonia reside, sem dúvida, em sua atmosfera acolhedora. Em um mundo cada vez mais frenético e tecnológico, o filme evoca uma nostalgia por tempos mais simples, por comunidades unidas e por valores tradicionais. É uma mensagem reconfortante, especialmente no período natalino. No entanto, a previsibilidade da trama e a falta de profundidade em alguns personagens constituem seus maiores pontos fracos. A história é funcional, mas não memorável.

Apesar de suas falhas, Natal em Harmonia conseguiu atingir seu objetivo: proporcionar um entretenimento leve e agradável. Não espere grandes reviravoltas ou reflexões profundas. Mas se você procura um filme para relaxar, curtir o clima natalino e se deixar envolver por uma história romântica sem grandes pretensões, esse longa-metragem cumpre o papel com eficiência. Acho que sua recepção em 2022 foi justificadamente positiva para o público-alvo.

Minha recomendação? Assista se você gosta de filmes natalinos clássicos, sem esperar uma obra-prima. Para aqueles que buscam algo mais ousado ou complexo, talvez seja melhor procurar outras opções. Para mim, em 2025, ele é uma lembrança doce, um conforto familiar, um copo de chocolate quente em uma noite fria. E, em última análise, isso já é bastante.

Trailer

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