Popular e Perigosa: Uma análise implacável de um thriller adolescente que te deixa sem fôlego
Sete anos após seu lançamento em 2018, Popular e Perigosa continua a ecoar em minha memória como um thriller adolescente que, embora não revolucionário, consegue prender a atenção com sua atmosfera claustrofóbica e personagens complexos, mesmo que alguns tropeços no roteiro me deixem com um gostinho amargo. O filme acompanha Julie Taylor, que assume o cargo de professora de matemática em uma escola secundária após a trágica morte de sua amiga. Enquanto tenta reconstruir sua vida ao lado da filha Miya, ela se vê envolvida em uma teia de intrigas e manipulação liderada pela implacável Amy Turner, que está disposta a tudo para se tornar a rainha do baile.
A direção tensa e as atuações que prendem
Philippe Gagnon, na direção, cria uma atmosfera carregada de suspense que funciona impecavelmente. Ele explora com maestria os corredores escuros e os olhares furtivos da escola, transmitindo a sensação de que algo sinistro está sempre prestes a acontecer. A fotografia, escura e um tanto opressora, contribui para esse clima tenso, intensificando o drama e a angústia. O roteiro de Barbara Kymlicka, por sua vez, é o ponto mais fraco. Há momentos de brilho, principalmente na construção da personagem de Amy, mas a narrativa, por vezes, se torna previsível e apela para clichês do gênero.
As atuações, no entanto, são o grande destaque. Zoe McLellan transmite com naturalidade a angústia e a preocupação de Julie, uma mãe lutando para proteger sua filha. Já Allie MacDonald é simplesmente brilhante como Amy Turner. Ela entrega uma performance complexa e cativante, capaz de inspirar tanto fascínio quanto repulsa. Concordei totalmente com o trecho crítico que elogia a interpretação de Nia Roam como Miya, uma jovem em busca de identidade que se vê envolvida em um turbilhão de eventos que ultrapassam sua capacidade de compreensão. Sua vulnerabilidade e a delicadeza com que interpreta as mudanças emocionais de sua personagem são admiráveis.
| Atributo | Detalhe |
|---|---|
| Diretor | Philippe Gagnon |
| Roteirista | Barbara Kymlicka |
| Produtores | Ian Whitehead, Jean Bureau |
| Elenco Principal | Zoe McLellan, Allie MacDonald, Nia Roam, Anana Rydvald, Judith Baribeau |
| Gênero | Thriller, Cinema TV |
| Ano de Lançamento | 2018 |
| Produtora | Incendo Productions |
Pontos fortes e fracos: um equilíbrio delicado
A força de Popular e Perigosa reside na capacidade de explorar temas pertinentes à adolescência, como a pressão social, a busca por aceitação e a manipulação. A trama, apesar de previsível em alguns aspectos, consegue manter o espectador envolvido, principalmente devido à performance poderosa de Allie MacDonald. A relação complexa entre Miya e Amy, que se desenvolve ao longo do filme, é especialmente bem construída e nos faz refletir sobre a influência que algumas amizades podem ter em nossas vidas.
Porém, o filme também apresenta alguns pontos fracos. O roteiro, como já mencionado, sofre com algumas falhas de coerência e previsibilidade, que por vezes diminuem a tensão. Algumas reviravoltas são facilmente antecipadas, e a resolução de certos conflitos se torna superficial.
Uma mensagem subjacente: o perigo da obsessão
A mensagem subjacente de Popular e Perigosa é um alerta sobre o perigo da obsessão e da manipulação, temas que, infelizmente, ainda são muito relevantes na sociedade atual. O filme demonstra como a busca desenfreada por popularidade pode levar indivíduos a tomarem atitudes extremas e prejudiciais a si mesmos e aos outros.
Conclusão: vale a pena assistir?
Popular e Perigosa não é um filme inovador ou revolucionário, mas é um thriller adolescente eficiente que cumpre seu objetivo: entreter e prender a atenção. Se você gosta de filmes do gênero que exploram a psique adolescente e as complexidades das relações humanas, eu recomendo assisti-lo. No entanto, se você procura por uma trama surpreendente e repleta de reviravoltas imprevisíveis, talvez se decepcione um pouco. Apesar dos tropeços narrativos, as atuações e a atmosfera tensa garantem uma experiência cinematográfica razoavelmente satisfatória. Acho que sua disponibilidade em plataformas digitais em 2025 justifica uma segunda chance, principalmente para aqueles que apreciam filmes de suspense com um toque de drama adolescente.
