Legião dos Super-Heróis: Uma Viagem no Tempo que Decola (e às vezes, tomba)
Confesso: cheguei a Legião dos Super-Heróis com altas expectativas. A sinopse, com Supergirl viajando para o futuro e encontrando a icônica Legião, era pura nostalgia para um fã de quadrinhos como eu. Lançado em 23 de fevereiro de 2023, o longa de animação da Warner Bros. Animation, que assisti em 2025, prometeu uma aventura espacial e uma abordagem fresca para a já extensa mitologia DC. Cumpriu? Em partes.
O filme acompanha Kara Zor-El, a Supergirl, lidando com o luto pela perda de Krypton e a dificuldade de se adaptar à vida na Terra. Seu primo, o Superman, a aconselha a se juntar à Academia da Legião, no século 31, uma decisão que a coloca em meio a novas amizades e a um inimigo formidável: Brainiac 5. Essa premissa, por si só, já era um gancho irresistível para mim.
Jeff Wamester, na direção, entrega uma animação competente, com um visual vibrante que captura bem a estética futurista e a energia dos personagens. Existem momentos de real brilho visual, especialmente nas sequências de ação, que são dinâmicas e cheias de imaginação. Entretanto, em alguns momentos, a animação perde um pouco de fôlego, com algumas cenas menos detalhadas do que outras, um problema que, em 2025, já tinha sido comentado em vários fóruns online.
Atributo | Detalhe |
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Diretor | Jeff Wamester |
Roteirista | Josie Campbell |
Produtores | Kimberly S. Moreau, James Krieg |
Elenco Principal | Meg Donnelly, Harry Shum Jr., Jensen Ackles, Gideon Adlon, Matt Bomer |
Gênero | Animação, Ação, Ficção científica |
Ano de Lançamento | 2023 |
Produtoras | Warner Bros. Animation, DC Entertainment |
O roteiro de Josie Campbell, por outro lado, é um ponto mais delicado. Enquanto a premissa é fantástica, a execução, em minha opinião, peca por tentar abarcar muito em pouco tempo. A introdução de diversos personagens da Legião, embora necessária, torna o enredo um tanto atropelado. Senti falta de um desenvolvimento mais profundo dos laços entre Kara e seus novos companheiros, especialmente com a Phantom Girl, interpretada com graça por Gideon Adlon. A construção da vilania de Brainiac 5, por mais que tenha alguns momentos interessantes, também não é tão efetiva quanto poderia ser. A interpretação de Harry Shum Jr. como o vilão é ótima, mas sofre com o roteiro apressado.
A atuação de voz, em geral, é um ponto alto do filme. Meg Donnelly como Supergirl demonstra a vulnerabilidade e a força da personagem de forma convincente. A presença de Jensen Ackles como Batman, mesmo que breve, é um deleite para os fãs e Matt Bomer como Flash entrega a energia esperada do personagem.
Os pontos fortes de Legião dos Super-Heróis residem, sem dúvida, em sua premissa criativa, na estética visual vibrante, e nas excelentes performances de voz do elenco. Por outro lado, o roteiro apressado e o desenvolvimento superficial dos personagens, particularmente da Legião em si, são os seus pontos fracos mais notáveis. A falta de profundidade afeta diretamente os temas abordados, que são o luto, a resiliência e a importância da amizade, deixando-os um pouco subdesenvolvidos, o que é uma pena.
Em resumo, Legião dos Super-Heróis é um filme de animação divertido e visualmente atraente, que irá agradar os fãs de Supergirl e da Legião. Porém, aqueles que procuram uma narrativa mais complexa e desenvolvida podem ficar um pouco decepcionados. Não é um trabalho memorável, mas não se trata de um fracasso completo. Recomendo a sua visualização se você curte animações de super-heróis, mas com as expectativas bem ajustadas. A recepção crítica mista no ano de seu lançamento (2023) parece ter sido acertada, na minha opinião. Vale a pena, especialmente por causa da performance vocal brilhante do elenco e do seu valor nostálgico, mas não espere uma obra-prima.