Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore

Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore – Uma Magia Contraditória

Três anos se passaram desde o lançamento de Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald, e em 24 de setembro de 2025, ainda me pego refletindo sobre essa franquia que, apesar de sua ambição, parece andar em círculos. Os Segredos de Dumbledore, terceiro capítulo da saga derivada do universo Harry Potter, chegou em 14 de abril de 2022 com a promessa de clareza e ação, mas entregou algo… complicado. A sinopse oficial já nos coloca no clima: Alvo Dumbledore, sabendo do plano de Gellert Grindelwald para dominar o mundo mágico, recruta Newt Scamander para uma missão perigosa, repleta de criaturas fantásticas e um conflito crescente com os seguidores do mago das trevas. Simples, certo? Mas a execução, ah, a execução…

Direção, Roteiro e Atuações: Uma Orquestra Desafinada

David Yates, diretor experiente da saga Harry Potter, continua à frente das câmeras, e sua mão firme é perceptível na estética visual. A fotografia é impecável, a ambientação na década de 1930 em Berlim e em outros cenários internacionais é detalhada e imersiva, transportando o espectador para um mundo mágico cheio de encantos. No entanto, o roteiro, assinado por Steve Kloves e J.K. Rowling, é onde o filme esbarra em seus maiores problemas. A narrativa se arrasta, com diálogos excessivamente longos e pouco impactantes, privilegiando a exposição sobre a ação. Há um claro esforço para avançar a trama principal, a luta entre Dumbledore e Grindelwald, mas o roteiro parece tão preso a resolver pontas soltas dos filmes anteriores que esquece de criar uma experiência coesa e envolvente por si só.

As atuações, por outro lado, são um ponto alto. Eddie Redmayne continua a ser um Newt Scamander adorável, e Jude Law traz sua elegância e complexidade ao jovem Dumbledore. Mads Mikkelsen substitui Johnny Depp como Grindelwald, e, embora não consiga replicar a aura singular de Depp, entrega uma performance sólida e convincente. Ezra Miller, como Credence, consegue momentos de real impacto emocional, apesar do roteiro nem sempre lhe dar o suporte necessário. Dan Fogler, como o adorável Jacob Kowalski, continua sendo um respiro de humor em meio à gravidade da trama.

AtributoDetalhe
DiretorDavid Yates
RoteiristasSteve Kloves, J.K. Rowling
ProdutoresDavid Heyman, J.K. Rowling, Steve Kloves, Lionel Wigram, Tim Lewis
Elenco PrincipalEddie Redmayne, Jude Law, Mads Mikkelsen, Ezra Miller, Dan Fogler
GêneroFantasia, Aventura
Ano de Lançamento2022
ProdutorasWarner Bros. Pictures, Heyday Films

Pontos Fortes e Fracos: Um Balanço Delicado

O filme brilha em sua capacidade de criar um mundo visualmente rico e imersivo, com criaturas fantásticas magníficas e cenários que transportam o espectador para outro tempo e lugar. A inclusão de novos animais fantásticos é sempre bem-vinda, adicionando uma camada extra de encantamento ao universo mágico. O desenvolvimento de certos personagens, como o próprio Dumbledore e até mesmo o Jacob Kowalski, apresenta-se promissor, embora muitas vezes se perca na pressa narrativa.

Porém, o ritmo lento e o roteiro fragmentado são seus calcanhares de Aquiles. O excesso de diálogos expositivos prejudica o fluxo narrativo, e a trama central fica ofuscada por subplots que não agregam muito à história principal. A resolução de alguns conflitos parece apressada e pouco satisfatória, deixando um gosto de “coisas inacabadas”.

Temas e Mensagens: Um Enigma Envolto em Magia

O filme aborda temas relevantes, como a luta contra o fascismo, a importância da resistência e a aceitação da diversidade sexual, com a relação entre Dumbledore e Grindelwald servindo como metáfora complexa e, para muitos, sutil. No entanto, esses temas são tratados com uma sutileza que beira a subestimação, ficando muitas vezes perdidos em meio à trama central. É uma pena, pois esses elementos, se melhor desenvolvidos, poderiam adicionar uma camada significativa de profundidade ao filme.

Conclusão: Um Feitiço que Não Pegou Completamente

Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore é um filme que deixa uma sensação ambígua. Há momentos brilhantes, com atuações sólidas e efeitos visuais impecáveis, mas o roteiro fraco e o ritmo lento comprometem a experiência como um todo. Em 2025, o filme pode ser encontrado em plataformas de streaming, e eu recomendaria assisti-lo apenas se você for um fã dedicado do universo Harry Potter, pois o filme não se sustenta sozinho. Não é um filme ruim, mas também não é uma experiência mágica memorável. O seu valor está, talvez, mais na preparação para próximos capítulos do que em sua realização propriamente dita. A magia está lá, mas precisa de muito polimento para brilhar.

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