A Fraternidade: Uma Comédia que Merece Mais do que uma Olhadinha Rápida
Nove anos se passaram desde que A Fraternidade chegou às telas, em 2016, e, analisando-o agora, em 2025, me pego pensando se a comédia, protagonizada por Justin Deeley, mereceu o relativo esquecimento em que caiu. A sinopse é simples: a fraternidade de Charlie Martin é expulsa do campus e, três anos depois, ele encontra uma brecha nas regras para conseguir sua reintegração. Claro, recrutar novos membros e resgatar a glória perdida é tarefa hercúlea, e aí reside a premissa central do filme.
Direção, Roteiro e Atuações: Uma Mistura de Acertos e Erros
Warren P. Sonoda, na direção, opta por uma estética visual bastante tradicional para o gênero comédia universitária. Nada de excessos visuais ou experimentações narrativas. A câmera acompanha a ação de forma eficiente, sem grandes destaques ou defeitos. Já o roteiro, assinado por Stephen Fromkin e Sacha Pavlovic, é onde o filme se divide. Há momentos genuinamente engraçados, tirados da dinâmica entre os personagens e situações cotidianas do universo universitário, mas também há um certo previsiblismo que pesa. Certos clichês do gênero se repetem com uma frequência que chega a ser cansativa.
O elenco, apesar de algumas atuações um tanto quanto genéricas, segura a onda. Justin Deeley, no papel de Charlie Martin, carrega com certo carisma a responsabilidade de liderar a trama, e Tom Green como o Dean Kravitz apresenta uma interpretação caricata, mas eficaz, para o papel do decano. Nick Bateman, Rebecca Dalton e Ann Pirvu, no entanto, ficam relegados a papeis de suporte, com pouco espaço para desenvolvimento. O potencial da química entre os atores não é explorado tão profundamente quanto poderia.
| Atributo | Detalhe |
|---|---|
| Diretor | Warren P. Sonoda |
| Roteiristas | Stephen Fromkin, Sacha Pavlovic |
| Elenco Principal | Justin Deeley, Tom Green, Nick Bateman, Rebecca Dalton, Ann Pirvu |
| Gênero | Comédia |
| Ano de Lançamento | 2016 |
Pontos Fortes e Fracos: O Equilíbrio Delicado da Comédia
Um dos pontos fortes de A Fraternidade é, sem dúvida, a premissa. A ideia de uma fraternidade decadente lutando para se reerguer tem um apelo inerente que funciona como um gancho para o público. A dinâmica entre os personagens, mesmo com suas falhas, consegue criar alguns momentos memoráveis e hilários. Mas a previsibilidade da narrativa e a falta de profundidade nos personagens secundários comprometem significativamente a experiência. O filme se perde em algumas piadas forçadas e situações previsíveis, impedindo que alcance todo o seu potencial cômico.
Temas e Mensagens: Mais do que uma Festa de Fraternidade
Embora pareça, a princípio, uma simples comédia universitária focada em festas e rivalidades entre fraternidades – e, sim, há bastante disso no filme! –, A Fraternidade tenta, em momentos pontuais, abordar temas como amizade, lealdade e a importância de perseverança para alcançar objetivos. Essas mensagens, no entanto, são tratadas de forma superficial, servindo mais como um pano de fundo para as piadas do que como um tema central explorado com profundidade.
Conclusão: Uma Comédia Divertida, Mas Esquecível
A Fraternidade é uma comédia divertida que cumpre o seu objetivo principal: entreter. Mas não espere um filme inovador ou que provoque reflexões profundas. O filme apresenta boas atuações em alguns momentos, mas sofre com um roteiro previsível e o desenvolvimento superficial dos personagens. Se você busca uma comédia leve para passar o tempo, sem grandes pretensões, A Fraternidade pode te divertir em uma noite tranquila de streaming. No entanto, não se espante se você já tiver esquecido a trama poucas horas depois dos créditos finais. Não é um filme ruim, apenas mediano e um tanto esquecível. Minha recomendação? Assista se encontrar no catálogo de alguma plataforma digital e estiver procurando por algo leve e despretensioso. Afinal, há coisas muito piores no oceano infinito do streaming.




