A Lista Terminal

A Lista Terminal: Vingança, Trauma e a Busca por Justiça em 8 Episódios

Lançada em 2022, A Lista Terminal, adaptação do romance best-seller de Jack Carr, chegou às plataformas digitais prometendo uma dose intensa de ação e suspense. A série acompanha James Reece, um Navy SEAL que retorna para casa após uma missão desastrosa, atormentado por lembranças fragmentadas e dúvidas sobre sua própria responsabilidade na morte de seus companheiros. Enquanto luta para lidar com o trauma, novas evidências surgem, revelando uma conspiração que o coloca em uma perigosa jornada de vingança, numa luta contra forças poderosas e implacáveis. A trama, embora linear em sua estrutura central de busca por justiça, mantém o telespectador em suspense com reviravoltas que, apesar de previsíveis em alguns momentos, garantem o entretenimento.

Ação Explosiva e Performances Convincentes

Chris Pratt, longe do carismático Andy Dwyer de Parks and Recreation, entrega uma performance surpreendentemente sombria e contida como Reece. Ele consegue transmitir a fragilidade interna do personagem, o peso do trauma e a crescente fúria que o consome, sem cair em estereótipos. O elenco de apoio também se destaca, com atuações sólidas de Taylor Kitsch, Jeanne Tripplehorn e Constance Wu, que adicionam camadas de complexidade e moralidade ambígua à narrativa. Apesar da trama ser, em certos momentos, um pouco preguiçosa na construção dos conflitos, o trabalho de direção consegue manter a tensão, utilizando com maestria a linguagem cinematográfica para equilibrar as cenas de ação explosivas com os momentos mais introspectivos do protagonista.

Um Roteiro Que Ama as Explosivos, Mas Não Se Arrisca

Aqui reside o maior ponto de discórdia da série. Enquanto a ação é impecavelmente coreografada e filmada, o roteiro, em sua tentativa de construir um thriller de conspiração, peca pela previsibilidade e falta de originalidade. A trama se sustenta em tropos conhecidos do gênero, e o ritmo, em alguns episódios, torna-se arrastado, prejudicando a experiência como um todo. Apesar do elenco talentoso, o diálogo em certos momentos cai no clichê, perdendo a oportunidade de explorar a complexidade dos personagens e seus dilemas morais com maior profundidade. A crítica de que a série “leva uma eternidade para ir a lugar algum interessante” em certos momentos encontra eco na minha experiência, a sensação de “já ter visto isso antes” permeia alguns arcos narrativos.

AtributoDetalhe
CriadorDavid DiGilio
ProdutoresMax Adams, Kat Samick, Ron Cosmo Vecchiarelli
Elenco PrincipalChris Pratt, Jeanne Tripplehorn, Riley Keough, Taylor Kitsch, Constance Wu
GêneroAction & Adventure, Drama
Ano de Lançamento2022
ProdutorasAmazon Studios, Civic Center Media, MRC, Fuqua Films, Indivisible Productions, DiGilio Films

Forças e Fraquezas: Um Equilíbrio Delicado

O ponto forte de A Lista Terminal reside na construção da atmosfera tensa e na performance central de Chris Pratt. A série consegue criar uma empatia visceral com o protagonista, mesmo com a sua jornada de vingança, às vezes, questionável. Porém, essa força é comprometida pela previsibilidade do roteiro e pelo ritmo irregular. A série se apoia muito na ação física, deixando em segundo plano a exploração psicológica do trauma de guerra e das consequências das ações de Reece. A moralidade ambígua, elemento presente em alguns pontos da trama, fica em segundo plano em prol da ação, o que poderia ter sido explorado com mais profundidade.

Temas e Mensagens: Entre a Vingança e a Busca por Justiça

A série explora temas relevantes como o trauma de guerra, a desilusão com o sistema e a complexidade da busca por justiça. A jornada de Reece questiona as linhas tênues entre vingança e justiça, explorando as consequências devastadoras da violência e seus efeitos em longo prazo. Embora não seja uma obra revolucionária em termos temáticos, A Lista Terminal consegue tocar em pontos sensíveis com certa maestria, mesmo que essa reflexão fique muitas vezes submersa na avalanche de explosões e tiroteios.

Conclusão: Um Divertimento Culposo, com Reservas

Em 2025, olhando retrospectivamente para A Lista Terminal, posso dizer que se trata de uma experiência de entretenimento válida, porém com algumas ressalvas. A série entrega ação de alta qualidade e boas atuações, mas peca por não explorar o potencial narrativo de seu enredo. Se você busca uma série com muita ação e um protagonista carismático, A Lista Terminal pode te entreter. Entretanto, se você procura uma obra mais complexa e original em termos de roteiro, talvez seja melhor procurar outras opções no catálogo do streaming. A recomendação é, portanto, condicional, especialmente para aqueles que não se importam com o predomínio da ação sobre a profundidade narrativa.

Trailer Oficial

Capa do trailer de A Lista Terminal
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