A Pequena Sereia: A História de Ariel

A Pequena Sereia: A História de Ariel – Uma Pré-Quela que Encanta e Deixa a Desejar

Há 17 anos, em 26 de agosto de 2008, chegava aos cinemas brasileiros A Pequena Sereia: A História de Ariel, um filme que se propunha a expandir o universo da icônica princesa Disney, mostrando-nos sua infância e os eventos que antecederam seu encontro com o Príncipe Eric. E, enquanto revisitava esse longa-metragem para esta resenha, em setembro de 2025, me vi dividido entre a nostalgia e uma avaliação mais crítica.

Um Vislumbre da Jovem Ariel

A sinopse não mente: o filme nos apresenta uma Ariel pré-Eric, em um reino submarino de Atlântica onde a música foi proibida pelo Rei Tritão. A jovem princesa, apaixonada pela melodia, luta contra as restrições impostas e precisa escolher entre o dever familiar e seu amor pela arte. Com a ajuda de Sebastião, Linguado e suas seis irmãs, ela embarca em uma aventura musical para restabelecer a harmonia no reino. A trama, embora simples, é eficaz em construir a personagem e seu mundo, plantando as sementes da Ariel que conhecemos e amamos. Não espere reviravoltas épicas, mas sim uma história encantadora e familiar para o público mais jovem.

Direção, Roteiro e Atuações: Uma Orquestra com Notas Desarmônicas

Peggy Holmes dirige com competência, mantendo um ritmo agradável e uma estética visual que, apesar de datada pelos padrões atuais, ainda consegue encantar. A animação, feita pelo DisneyToon Studios, é vibrante e colorida, especialmente nas cenas subaquáticas. Porém, o roteiro, assinado por Evan Spiliotopoulos e Robert Reece, peca por vezes em uma previsibilidade excessiva. A jornada de Ariel se torna um tanto linear, sem grandes desafios ou momentos de verdadeira tensão dramática. Apesar disso, as atuações de voz são impecáveis. Jodi Benson reprisa seu papel como Ariel, entregando uma performance tão cativante quanto a original. Samuel E. Wright e Jim Cummings também retornam como Sebastião e o Rei Tritão, respectivamente, com a mesma maestria de sempre. A adição de novos personagens, como as irmãs de Ariel, agrega charme e dinamismo à narrativa.

Atributo Detalhe
Diretora Peggy Holmes
Roteiristas Evan Spiliotopoulos, Robert Reece
Elenco Principal Jodi Benson, Samuel E. Wright, Jim Cummings, Sally Field, Tara Strong
Gênero Família, Animação
Ano de Lançamento 2008
Produtora DisneyToon Studios

Pontos Fortes e Fracos: Uma Balança Delicada

Entre os pontos fortes, destaco a trilha sonora original, com canções cativantes que, embora não atinjam a mesma grandeza das canções do filme original, adicionam um toque mágico à história. A exploração da relação de Ariel com suas irmãs e com o pai também é um ponto positivo, mostrando uma faceta mais humana e complexa da personagem. Já os pontos fracos residem na falta de originalidade em certos aspectos da narrativa. A resolução dos conflitos é previsível e pouco desafiadora, e alguns personagens secundários poderiam ter sido mais bem desenvolvidos. A sensação geral é de que o filme se contenta em tocar em notas seguras, sem ousar arriscar em novas direções narrativas.

Temas e Mensagens: Uma Lição de Música e Família

A mensagem principal do filme é uma celebração da música e da família, transmitindo a importância da harmonia entre as pessoas e a persistência em busca dos seus sonhos. A jornada de Ariel reforça a necessidade de equilibrar as obrigações familiares com as próprias paixões e ambições. Embora não seja uma mensagem original, é uma mensagem relevante e bem executada, especialmente para o público infantil.

Conclusão: Um Filme para a Família, com Reservas

A Pequena Sereia: A História de Ariel é um filme agradável para a família, especialmente para aqueles que apreciam o universo da Pequena Sereia. Ele funciona como uma expansão carinhosa do mundo da personagem, mas não consegue se destacar como uma obra prima. Sua previsibilidade e falta de originalidade em certos pontos o impedem de atingir o mesmo nível de excelência do filme original. Recomendo sua exibição em família, especialmente para crianças e fãs de longa data da princesa Ariel, mas com a expectativa de uma produção simpática, porém não revolucionária. Se está disponível em plataformas digitais ou streaming, vale a pena uma olhada. Se não, não se sinta pressionado a buscar uma cópia. Há muito mais maravilhas em águas profundas do catálogo da Disney a serem exploradas.

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