Ameaça a Bordo

À Deriva em Ameaça a Bordo: Um Thriller que Afunda ou Boia?

Três anos após sua estreia nos cinemas brasileiros, Ameaça a Bordo chega às plataformas digitais, e a pergunta que fica é: vale a pena embarcar nessa aventura? O filme acompanha Bella Denton (Ruby Rose), uma jovem com um passado turbulento que herda um iate de seu pai distante. A alegria da inesperada fortuna logo se transforma em terror quando três ladrões sequestram a embarcação, transformando uma viagem de sonho em uma luta pela sobrevivência. A sinopse é simples, quase clichê, mas a execução é onde Ameaça a Bordo demonstra sua complexidade, ou melhor, sua falta dela.

A direção de Declan Whitebloom é competente, mas sem brilho. A câmera acompanha a ação de forma funcional, sem arriscar em tomadas inovadoras ou sequências de tirar o fôlego. A narrativa se desenrola de maneira linear, sem grandes reviravoltas ou surpresas, o que, para um thriller, é um pecado mortal. O roteiro de Ivan Hayden peca pela previsibilidade. Os personagens são arquétipos pouco explorados, faltando aquela profundidade que tornaria a luta de Bella mais visceral, mais palpável. A dinâmica entre os sequestradores, por exemplo, é superficial, perdendo a oportunidade de criar tensões internas e enriquecer a trama com nuances psicológicas.

As atuações são um ponto ambíguo. Ruby Rose carrega o filme nos ombros, entregando uma performance razoável considerando as limitações do roteiro. Sua Bella, porém, é pouco mais do que uma heroína de ação genérica, sem a complexidade necessária para nos conectar emocionalmente. Patrick Schwarzenegger, Frank Grillo e os irmãos Danny e Scotty Bohnen cumprem seus papéis com eficiência, mas sem deixar uma marca duradoura na memória. São rostos conhecidos em papeis previsíveis que, infelizmente, não elevam o material original.

O filme tem seus momentos de suspense, mas estes são pontuais e, muitas vezes, sacrificados por diálogos previsíveis e situações pouco críveis. Os pontos fortes se resumem à premissa inicial, que consegue gerar uma certa tensão inicial, e à estética visual do iate, que contribui para a ambientação. Entretanto, a falta de profundidade nos personagens e o roteiro previsível comprometem seriamente a experiência como um todo. A falta de uma mensagem consistente também pesa. O filme tenta abordar temas como a superação pessoal e a busca por identidade, mas o faz de forma superficial, sem explorar adequadamente essas nuances.

AtributoDetalhe
DiretorDeclan Whitebloom
RoteiristaIvan Hayden
Elenco PrincipalRuby Rose, Patrick Schwarzenegger, Frank Grillo, Danny Bohnen, Scotty Bohnen
GêneroAção, Mistério, Thriller
Ano de Lançamento2022
ProdutorasVoltage Pictures, Studio507, Identical Pictures, Black Box Management, New Legend Entertainment, Volition Media Partners, Bakrr MGMT

Em resumo, Ameaça a Bordo é um thriller mediano que se perde em seu próprio mar de clichês. Embora tenha potencial, falha em desenvolver seus personagens e entregar uma narrativa envolvente. A direção segura mas sem originalidade, somados a atuações discretas e roteiro fraco, não compensam os poucos momentos de tensão. Recomendo somente para aqueles que buscam um entretenimento leve e despretensioso, sem esperar muito além de uma sessão de ação mediana para um sábado à noite. A escolha é sua: navegar por águas turbulentas ou buscar um porto seguro em outro filme?

Trailer

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