Baaghi 4: Uma Dança Perigosa entre Ação e Emoção?
Finalmente chegou! Depois de meses de expectativa (e alguns vazamentos estratégicos que me deixaram mordendo as unhas até 13 de setembro de 2025), assisti a Baaghi 4, a mais nova empreitada da franquia de ação que consolidou Tiger Shroff como um ícone do gênero na Índia. E posso dizer, com um misto de admiração e decepção, que a experiência foi… complexa.
A sinopse oficial, sem spoilers, é simples: Ranveer Pratap Singh, interpretado por um sempre impecável Tiger Shroff, se vê envolvido em mais uma trama explosiva, repleta de ação frenética e reviravoltas emocionantes. Ao seu lado, temos um elenco estelar, incluindo o sempre carismático Sanjay Dutt em um papel ainda misterioso, a radiante Sonam Bajwa como Pratishtha e a bela Harnaaz Kaur Sandhu no papel de Alisha. A promessa de um thriller de tirar o fôlego estava lá, pulsando na tela. Mas a execução… aí é que reside a questão.
A direção de A. Harsha é competente. As cenas de ação são coreografadas com precisão e um dinamismo admirável. Tiger Shroff, como sempre, entrega acrobacias de tirar o fôlego. A câmera se move com energia, capturando a adrenalina das lutas com maestria. No entanto, senti falta de uma assinatura mais forte do diretor, uma identidade visual mais marcante que elegesse Baaghi 4 acima de outros filmes de ação genéricos. Há momentos de brilhantismo visual, sim, mas eles são interrompido por sequências que, apesar de bem feitas, carecem de impacto real.
Atributo | Detalhe |
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Diretor | A. Harsha |
Roteiristas | Sajid Nadiadwala, Rajat Arora |
Produtor | Sajid Nadiadwala |
Elenco Principal | Tiger Shroff, Sanjay Dutt, ਸੋਨਮ ਬਾਜਵਾ, Harnaaz Kaur Sandhu, Shabbir Ahluwalia |
Gênero | Ação, Thriller |
Ano de Lançamento | 2025 |
Produtora | Nadiadwala Grandson Entertainment |
O roteiro de Sajid Nadiadwala e Rajat Arora é onde a obra vacila. A trama, embora prometedora, se perde em subplots que, francamente, poderiam ter sido eliminados. A tentativa de mergulhar na profundidade emocional dos personagens é louvável, mas a execução é desajeitada, resultando em diálogos previsíveis e momentos dramáticos pouco convincentes. Em alguns momentos, senti que a narrativa priorizava a ação em detrimento do desenvolvimento da história, criando uma espécie de dissociação entre a grandiosidade das lutas e a fragilidade do enredo. A inclusão de Shabbir Ahluwalia na versão estendida, de acordo com os bastidores, visava enriquecer a trama, mas não consigo deixar de pensar se tal decisão foi eficaz, dado os resultados.
As atuações são um ponto alto, em sua maioria. Tiger Shroff está no seu elemento, dominando as cenas de ação com sua habitual destreza física. Sanjay Dutt adiciona peso ao filme com sua presença magnética, embora seu papel tenha ficado um pouco aquém do potencial. Sonam Bajwa e Harnaaz Kaur Sandhu entregam performances sólidas, mas seus personagens poderiam ter sido melhor explorados. Sinto que o roteiro não lhes deu a oportunidade de brilhar além de suas funções narrativas predefinidas.
Os pontos fortes de Baaghi 4, portanto, residem em sua sequência de ação de cair o queixo e o carisma inegável de seu elenco principal. Por outro lado, a trama pouco inspirada e o desenvolvimento superficial dos personagens são seus maiores entraves. O filme busca explorar temas de lealdade, amor e sacrifício, mas falha em aprofundá-los com a sutileza e profundidade necessárias.
No fim das contas, Baaghi 4 é um filme divertido, mas inconsistente. É uma montanha-russa de ação que te prende por alguns momentos, mas te deixa um pouco insatisfeito ao final da jornada. Recomendo para fãs de ação pura e simples que buscam uma experiência visualmente estimulante, mas não esperem uma obra-prima cinematográfica ou uma narrativa excepcionalmente profunda. Para mim, foi uma boa sessão de entretenimento, mas não esperem que eu coloque na minha lista de favoritos. Três estrelas de cinco. Poderia ser muito melhor, mas ainda assim, cumpre o seu objetivo principal de entreter.