Boone: O Caçador de Recompensas – Uma Caçada à Justiça (ou à Fama?)
Oito anos se passaram desde que Boone: O Caçador de Recompensas estreou em 2017, e a memória do filme, admito, estava um tanto nebulosa na minha mente. Revisitar essa produção, estrelada por John Hennigan como o próprio Boone, foi uma experiência… peculiar. A sinopse resume bem o enredo: Boone, um caçador de recompensas, se envolve na derrubada de um barão das drogas, mas a jornada revela que a justiça é bem mais complexa do que o valor da recompensa. Parece simples, certo? Mas, como muitos filmes de ação, a execução é que conta a história.
Ação Direta, Roteiro Contorcido
Robert Kirbyson na direção optou por uma abordagem direta e pragmática, sem muitos floreios estéticos. A ação, embora presente, não é inovadora, mas cumpre seu papel. O problema reside no roteiro, assinado por John Hennigan, Jonathan Perkins e Franco Movsesian. Ele se arrasta em certos momentos, com diálogos previsíveis e personagens pouco desenvolvidos além da função narrativa básica que desempenham. A trama tenta abordar temas de moralidade e justiça, mas falha em aprofundá-los de maneira convincente, optando por uma abordagem superficial que se perde em clichês do gênero.
Elenco com Pedaços de Brilho
O elenco é um misto de nomes conhecidos e menos conhecidos. John Hennigan carrega o filme nas costas, mas seu Boone, embora esforçado, carece de nuances. Richard Tyson, como Cole, e Spencer Grammer, como Kat, conseguem alguns momentos de brilho, mas seus papéis são limitados pelas falhas do roteiro. Quinton “Rampage” Jackson e Kevin Sorbo, por sua vez, são quase figurantes de luxo, pouco aproveitados em suas participações. A química entre os atores não é ruim, mas não chega a ser memorável.
| Atributo | Detalhe |
|---|---|
| Diretor | Robert Kirbyson |
| Roteiristas | John Hennigan, Jonathan Perkins, Franco Movsesian |
| Produtores | Jonathan Lee Smith, Brady Romberg |
| Elenco Principal | John Hennigan, Richard Tyson, Spencer Grammer, Quinton 'Rampage' Jackson, Kevin Sorbo |
| Gênero | Ação |
| Ano de Lançamento | 2017 |
| Produtoras | Killion Street, Hoplite Entertainment |
Pontos Fortes e Fracos: Uma Balança Desequilibrada
O filme apresenta alguns pontos positivos. A fotografia, apesar da simplicidade, captura bem a atmosfera tensa e claustrofóbica de algumas cenas. A ação, como dito, apesar de não revolucionária, funciona e consegue prender a atenção. Porém, os pontos fracos são mais numerosos e mais significativos. A lentidão do ritmo, a previsibilidade da trama e o desenvolvimento raso dos personagens, culminam em uma experiência cinematográfica mediana. A tentativa de explorar temas mais profundos fica superficial e inacabada, resultando num filme que não consegue se destacar no oceano de produções de ação. A busca pela fama em um contexto de “justiça” por parte do protagonista, apesar de ser um tema interessante, não é bem explorado e fica pouco consistente.
Uma Mensagem Perdida na Ação
Boone: O Caçador de Recompensas tenta, de forma desajeitada, explorar o dilema moral de um homem que busca justiça, mas se encontra dividido entre seus próprios interesses e a busca de algo maior. A jornada de Boone parece mais focada na busca por reconhecimento do que na própria busca por justiça. Esta temática se perdeu no meio da confusão da trama, deixando ao final uma sensação de oportunidade perdida.
Conclusão: Assista com Cautela
Em suma, Boone: O Caçador de Recompensas é um filme de ação mediano, que não se destaca pela originalidade ou pela profundidade. Se você busca uma experiência cinematográfica envolvente e memorável, este não é o filme ideal. No entanto, se a sua procura é por algo leve, com algumas cenas de ação e sem pretensão de grande complexidade, pode ser uma opção para uma sessão casual em uma plataforma digital. Não espere grandes revelações, atuações memoráveis ou uma trama inovadora. A recomendação é: assista apenas se estiver com pouco a fazer e se a expectativa for baixa. Não se deixe enganar pelas participações especiais – a experiência geral não vai te surpreender.
