Cálculo Mortal

Cálculo Mortal: Um Estudo de Gênios e Pecados, Visto em 2025

O ano é 2025. Já se passaram mais de duas décadas desde que Barbet Schroeder nos presenteou com Cálculo Mortal, um thriller psicológico que, mesmo após todo esse tempo, continua a me assombrar e a me fazer refletir. Não se trata de um filme perfeito, longe disso, mas é uma obra que pulsa com uma energia obscura e fascinante, principalmente pela ousadia de sua proposta e pela química explosiva de seu elenco principal.

O filme acompanha Justin e Richard, dois estudantes brilhantes que planejam e executam um crime perfeito. A investigação fica a cargo da detetive Cassie Mayweather e seu parceiro, Sam Kennedy, que mergulham em um mundo de inteligência, privilégio e escuridão para desvendar a verdade por trás dos assassinatos. Sem revelar muito, posso dizer que a trama se desenvolve em um ritmo tenso, explorando a psique dos jovens assassinos e o impacto psicológico em seus atos naqueles que os investigam.

A direção de Schroeder é impecável. Ele constrói uma atmosfera de suspense crescente com maestria, utilizando com sabedoria os recursos visuais e sonoros para criar uma sensação de claustrofobia e paranoia. A fotografia, escura e elegante, reflete a natureza sombria da história, enquanto a trilha sonora contribui para a tensão crescente. Não é um filme de ação explosiva, mas a tensão e a atmosfera são palpáveis em cada cena.

AtributoDetalhe
DiretorBarbet Schroeder
RoteiristaTony Gayton
ProdutoresBarbet Schroeder, Susan Hoffman
Elenco PrincipalSandra Bullock, Ben Chaplin, Ryan Gosling, Michael Pitt, Agnes Bruckner
GêneroCrime, Drama, Thriller
Ano de Lançamento2002
ProdutorasCastle Rock Entertainment, Schroeder Hoffman Productions

O roteiro de Tony Gayton, por sua vez, apresenta um enredo inteligente, embora um pouco previsível em seus momentos finais. Apesar disso, a exploração da mente de jovens inteligentes capazes de tamanha atrocidade é o ponto forte do filme. Ele questiona a natureza do mal, explorando como a genialidade pode se tornar uma ferramenta para a destruição, e como o privilégio e a impunidade podem corromper mentes brilhantes.

E que elenco! Sandra Bullock entrega uma performance poderosa, mostrando uma mulher complexa, carregada de traumas, lutando contra seus próprios demônios enquanto tenta trazer à justiça dois jovens perturbadores. Ryan Gosling, em um de seus primeiros papéis de destaque (lançado em 2002, era apenas o seu quinto filme, segundo me lembro), demonstra uma frieza inquietante como Richard, enquanto Michael Pitt oferece uma contrapartida fascinante como Justin, revelando uma fragilidade por trás da fachada intelectual. A sinergia entre esses três é simplesmente eletrizante.

Os pontos fracos, no entanto, são inegáveis. Algumas das reviravoltas previsíveis e alguns aspectos da trama podem parecer um pouco forçados, prejudicando em certos momentos a verossimilhança. Mas o filme compensa isso com sua atmosfera claustrofóbica, a beleza estética e a interpretação soberba dos atores.

Em última análise, Cálculo Mortal é um thriller psicológico inteligente, que nos deixa pensando em temas como justiça, moralidade e a complexa natureza humana. Aquele senso de ambiguidade moral me incomoda ainda hoje, mais de duas décadas depois. É um filme que, apesar de suas falhas, deixa uma marca duradoura. Ele não é uma obra-prima, mas se você é fã do gênero, é imperdível. Recomendo a todos que o procurem em plataformas digitais para uma experiência fascinante – e desconfortável. Afinal, alguns filmes nos marcam não pela perfeição, mas pela capacidade de nos inquietar.

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