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Casamento à Primeira Vista? Uma Análise de “Marry Me” Três Anos Depois

Em fevereiro de 2022, “Marry Me”, com Jennifer Lopez e Owen Wilson, chegou aos cinemas, prometendo uma comédia romântica leve e divertida. Três anos depois, revisitando o longa, percebo que a minha lembrança dele era mais brilhante do que a realidade. O filme, sobre a superstar Kat Valdez (Lopez) e o professor de matemática Charlie Gilbert (Wilson), que se casam impulsivamente em um evento público, é uma mistura interessante de fórmulas conhecidas e alguns acertos pontuais que não conseguem disfarçar as falhas do roteiro.

Um Conto de Fadas Moderno (Com Algumas Falhas)

A sinopse é simples: uma cantora famosa, prestes a se casar com seu astro pop, decide, em meio a um palco repleto de fãs, se casar com um estranho escolhido aleatoriamente na plateia. A partir daí, acompanhamos o desenvolvimento improvável do relacionamento de Kat e Charlie, dois indivíduos de mundos completamente diferentes, que precisam lidar com as expectativas da mídia e a descoberta de um amor genuíno em meio ao caos. Não espere grandes reviravoltas narrativas – “Marry Me” aposta em uma fórmula previsível, e isso pode ser tanto um ponto positivo quanto negativo, dependendo da sua expectativa.

A Química é Boa, Mas o Roteiro…

Jennifer Lopez, como sempre, brilha na tela. Sua energia e carisma carregam cenas que, de outra forma, poderiam cair no lugar-comum. Owen Wilson, por sua vez, equilibra o exagero de Lopez com sua naturalidade e charme despretensioso. A química entre os dois é palpável, o que salva o filme de algumas tropeçadas narrativas. O elenco de apoio, incluindo Maluma e Sarah Silverman, cumpre seus papeis sem grandes destaques.

AtributoDetalhe
DiretoraKat Coiro
RoteiristasHarper Dill, John Rogers, Tami Sagher
ProdutoresJohn Rogers, Jennifer Lopez, Elaine Goldsmith-Thomas, Benny Medina
Elenco PrincipalJennifer Lopez, Owen Wilson, Maluma, John Bradley, Sarah Silverman
GêneroRomance, Comédia, Música
Ano de Lançamento2022
ProdutorasNuyorican Productions, Perfect World Pictures, Kung Fu Monkey Productions

A direção de Kat Coiro é competente, mas não inovadora. O filme se apoia em uma estética visual já conhecida do gênero, sem arriscar em elementos visuais mais ousados. O roteiro, assinado por Harper Dill, John Rogers e Tami Sagher, peca pela previsibilidade. As piadas são, na sua maioria, previsíveis e, em alguns momentos, até um tanto forçadas. A trama tenta equilibrar o romance com o lado mais dramático da vida de uma celebridade, mas falha em tornar esses dois elementos complementares.

O Que Funciona (e O Que Não Funciona)

Os pontos fortes de “Marry Me” residem, sem dúvida, na atuação central e na trilha sonora. As canções originais são cativantes e refletem a personalidade de Kat Valdez, adicionando uma camada extra de emoção à narrativa. A dinâmica entre Lopez e Wilson funciona tão bem que quase compensa as falhas do roteiro.

Porém, o filme sofre de um roteiro fraco e de um enredo bastante previsível. O desenvolvimento dos personagens secundários é superficial, e a trama se torna repetitiva em diversos momentos. A crítica de 2022 apontou similaridades com outras comédias românticas, e volto a concordar com essa avaliação. A tentativa de explorar temas mais complexos, como a pressão da mídia e a busca por autenticidade em um mundo de aparências, fica superficial e mal explorada.

Uma Lição de Amor (ou Uma Lição de Roteiro?)

“Marry Me” tenta abordar temas relevantes, como a construção da imagem pública e a busca por um amor genuíno, mas acaba simplificando-os demais. A mensagem central é otimista e romântica, o que pode ser apreciado pelo público que busca um filme leve e despretensioso. Mas a falta de profundidade pode decepcionar aqueles que esperam algo mais substancial.

Vale a Pena Assistir?

Em resumo, “Marry Me” é um filme divertido e leve, impulsionado pela ótima química entre Jennifer Lopez e Owen Wilson, e por uma trilha sonora envolvente. Apesar das falhas no roteiro e da previsibilidade da trama, ele cumpre seu papel como um entretenimento agradável para uma noite de sexta-feira. Se você gosta de comédias românticas sem pretensões de complexidade narrativa, “Marry Me” pode te agradar. Mas, se busca um filme que explore seus temas com maior profundidade, talvez seja melhor buscar outras opções em plataformas digitais. Não se trata de um filme ruim, mas sim de uma produção mediana que se beneficia imensamente do talento de seus atores principais. No geral, uma experiência cinematográfica razoável, mas nada memorável, pelo menos para este crítico.

Trailer

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