Cine Holliúdy 2: A Chibata Sideral

Cine Holliúdy 2: A Chibata Sideral – Uma Comédia Espacial que Decola (ou Não)

Seis anos se passaram desde que vi pela primeira vez o solitário Francisgleydisson lutando contra a modernidade em “Cine Holliúdy”. Em 2019, acompanhamos sua saga contra a chegada dos videocassetes. Agora, em 2025, o segundo capítulo dessa comédia nordestina, “A Chibata Sideral”, chega às plataformas digitais com a mesma energia caótica e um humor que, embora nem sempre acerte o alvo, mantém um charme peculiar.

A trama, sem grandes spoilers, acompanha Francisgleydisson, agora em crise após o fechamento do seu amado cinema. A solução? Um filme de ficção científica com alienígenas, naturalmente protagonizado pelos rostos mais… inusitados da região. A ideia é tão absurda quanto genial, e é justamente essa a força motriz de “A Chibata Sideral”.

Halder Gomes, na direção, mantém a estética vibrante e o ritmo frenético que caracterizaram o primeiro filme. Há uma clara evolução na produção, percebível na fotografia e nos efeitos especiais (para os padrões de uma comédia nacional de baixo orçamento, diga-se de passagem). No entanto, a direção peca, em alguns momentos, por apostar demais no exagero, comprometendo a construção de alguns personagens e deixando a narrativa um tanto atropelada. Apesar disso, a energia contagiante consegue compensar boa parte dos deslizes.

AtributoDetalhe
DiretorHalder Gomes
RoteiristasL.G. Bayão, Halder Gomes, Edmilson Filho
ProdutoresMayra Lucas, Halder Gomes
Elenco PrincipalEdmilson Filho, Miriam Freeland, Ariclenes Barroso, Roberto Bomtempo, Samantha Schmütz
GêneroComédia
Ano de Lançamento2019
ProdutorasGlaz Entretenimento, Atc Entretenimentos, Globo Filmes, Paramount Pictures Brasil, Telecine, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, Fundo Setorial do Audiovisual, Agência Nacional do Cinema – ANCINE

O roteiro, assinado por L.G. Bayão, Halder Gomes e Edmilson Filho, é uma montanha-russa de piadas, algumas brilhantemente engraçadas, outras que se perdem em gags repetitivas. A dinâmica entre os personagens, no entanto, é o grande trunfo. A química entre Edmilson Filho, como o sempre genial Francisgleydisson (e o hilário Pastor Esmeraldo), e Miriam Freeland, como Maria das Graças, é inegável. Ariclenes Barroso e Roberto Bomtempo também entregam boas atuações, cada um com sua dose de peculiaridade. Samantha Schmütz, como sempre, rouba a cena.

O grande acerto de “A Chibata Sideral” está em sua capacidade de abraçar a sua própria bizarrice. É um filme que não se leva a sério, que se diverte com a sua própria improbabilidade. Apesar disso, ele toca em temas importantes, como a luta pela sobrevivência em um cenário de mudanças econômicas e a importância da família. A narrativa, apesar de toda a loucura, transmite uma mensagem de esperança e perseverança, que reside na força da comunidade e na capacidade de encontrar humor até nas situações mais adversas.

Mas a comédia não é isenta de falhas. A trama se perde em alguns momentos, o ritmo fica inconsistente e algumas piadas são facilmente previsíveis. O excesso de personagens, embora crie uma galeria divertida, também pode ser um entrave à narrativa. E, sinceramente, alguns efeitos especiais poderiam ter sido um pouco mais… convincentes.

No geral, Cine Holliúdy 2: A Chibata Sideral é uma experiência divertida e leve. Não é uma obra-prima do cinema, mas é um filme que cumpre o seu propósito: entreter. Se você procura uma comédia despretensiosa para relaxar e dar boas risadas, essa produção brasileira é uma excelente pedida. Recomendo fortemente, principalmente para quem já apreciou o primeiro filme e se encantou com a energia e o humor peculiar do universo de Francisgleydisson. A nostalgia, por si só, já vale a sessão. Afinal, quem não se lembra das peripécias desse herói nordestino?

Ofertas Imperdíveis na Shopee

Que tal uma pausa? Confira as melhores ofertas do dia na Shopee!

Aproveite cupons de desconto e frete grátis* em milhares de produtos. (*Consulte as condições no site).

Ver Ofertas na Shopee