A Vingança Silenciosa de Nick Prescott: Uma Resenha de Com as Próprias Mãos 3: Vingança Solitária
Em 2007, Com as Próprias Mãos 3: Vingança Solitária chegou às prateleiras, um filme que, olhando em retrospectiva de 2025, se posiciona como um curioso exemplar do gênero ação/thriller. Para mim, este longa-metragem de Tripp Reed não é apenas um filme de ação genérico; é um estudo de caso sobre a construção de um herói cansado, um homem buscando paz, mas encontrando apenas mais violência em seu caminho. A sinopse, sem grandes revelações, resume a trama: Nick Prescott, aposentado xerife, tenta encontrar a tranquilidade ao lado de sua namorada Kate, uma agente do FBI, em Dallas. Mas o destino, na forma de um implacável traficante, tem outros planos, forçando Nick a retomar o seu papel como justiceiro.
Direção, Roteiro e Atuações: Um Trio Imbatível? Nem Tanto.
Tripp Reed tenta equilibrar as sequências de ação frenéticas com momentos de introspecção de Nick, e em alguns momentos consegue. As cenas de ação, embora não sejam revolucionárias, são eficientes e funcionam dentro das limitações do orçamento. O roteiro de Joe Halpin, por outro lado, é onde o filme encontra seus maiores obstáculos. A trama, apesar de simples, apresenta alguns buracos de roteiro e conveniências narrativas que, francamente, gritam “filme de ação direto para vídeo”. Os diálogos também são, em sua maior parte, genéricos e previsíveis. No entanto, o elenco faz o que pode com o material disponível. Kevin Sorbo, conhecido por sua participação em “Hercules”, entrega uma performance competente como o herói cansado. Yvette Nipar, como Kate, oferece um contraponto interessante, representando a força feminina e a lei, enquanto Rodrigo De la Rosa rouba algumas cenas como o vilão Octavio Perez. O resto do elenco cumpre seu papel, mas sem grande destaque.
Forças e Fraquezas: Um Equilíbrio Precário
Um dos maiores pontos fortes de “Com as Próprias Mãos 3” reside em sua simplicidade. É um filme fácil de assistir, sem grandes pretensões artísticas. Não exige muito do espectador, oferecendo uma experiência de ação direta e sem rodeios. A dinâmica entre Nick e Kate, apesar da previsibilidade da relação, funciona bem, adicionando um elemento humano ao relato. Porém, a fragilidade do roteiro, como já mencionei, é um obstáculo intransponível. A construção da vilania é superficial, e os personagens secundários são descartáveis. O filme também sofre de uma certa previsibilidade, o que reduz o impacto dramático de algumas cenas.
Atributo | Detalhe |
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Diretor | Tripp Reed |
Roteirista | Joe Halpin |
Produtor | Andrew Stevens |
Elenco Principal | Kevin Sorbo, Yvette Nipar, Elizabeth Barondes, Haley Ramm, Rodrigo De la Rosa |
Gênero | Ação, Thriller, Crime, Drama |
Ano de Lançamento | 2007 |
Produtoras | Andrew Stevens Entertainment, Sony Pictures Home Entertainment |
Temas e Mensagens: A Justiça Particular e a Busca pela Paz
A trama explora a temática da justiça, particularmente a justiça por conta própria, tão recorrente no cinema. Nick, cansado da violência, busca refúgio, mas é puxado de volta para o mundo que tentou deixar para trás. O filme questiona até que ponto a lei é capaz de lidar com a criminalidade e se a violência, em alguns casos, é a única resposta. No entanto, a mensagem é apresentada de forma simplista, sem aprofundar em debates éticos complexos.
Conclusão: Um Filme para Desligar o Cérebro
Com as Próprias Mãos 3: Vingança Solitária não é um filme para cinéfilos exigentes. Não espere grandes inovações narrativas ou performances memoráveis. No entanto, se você está procurando um filme de ação direto e sem enrolações para assistir em uma tarde despretensiosa em alguma plataforma de streaming, ele cumpre seu papel. É um filme de ação B eficiente que entrega o prometido, sem grandes pretensões. Se você é fã de filmes do gênero e não se incomoda com roteiros previsíveis, pode dar uma chance. Porém, para aqueles que buscam um filme com maior profundidade narrativa ou reflexões complexas, este provavelmente não será o melhor investimento do seu tempo. Em resumo, é um entretenimento mediano que, para mim, funciona mais como uma cápsula do tempo, lembrando um tipo específico de produção de ação do final dos anos 2000.