Contagem Regressiva: Uma Bomba-Relógio de Tédio?
Lançada em 2025, Contagem Regressiva chegou às plataformas digitais prometendo um thriller policial de tirar o fôlego, com Jensen Ackles liderando o elenco. A premissa é simples, mas eficaz: a morte de um agente do Departamento de Segurança Nacional desencadeia uma investigação que revela uma conspiração de proporções aterradoras. Um detetive de Los Angeles se junta a uma força-tarefa de agentes infiltrados, numa corrida contra o tempo para evitar uma catástrofe. Até aí, tudo bem. Mas a execução… ah, a execução é onde a série se perde.
Um elenco de peso em um roteiro aquém
Confesso que a presença de Jensen Ackles me deixou animada. Gosto do carisma dele, daquela aura um pouco irônica e relaxada que ele consegue transmitir. Mas, infelizmente, mesmo Ackles não consegue salvar Contagem Regressiva de seu destino: a mediocridade. Ele entrega uma performance competente, como sempre, mas o roteiro o limita a um personagem previsível e, francamente, sem graça. O mesmo pode ser dito para o resto do elenco, que apesar de contar com nomes como Jessica Camacho, Eric Dane e Violett Beane, parece preso em diálogos insossos e clichês. A química entre os atores é inexistente, e a série falha em criar personagens memoráveis ou relacionamentos convincentes.
Direção e roteiro: um desastre previsível
A direção, sem grandes destaques, opta por uma estética genérica e sem vida, que não consegue criar suspense ou atmosfera. A fotografia é plana, e a edição, embora funcional, não consegue elevar o material. O roteiro, este sim um desastre, é a principal culpada. A trama, inicialmente promissora, é repleta de reviravoltas previsíveis e diálogos que parecem ter saído diretamente de um manual de roteiro de thriller policial para iniciantes. A sensação é a de que já vimos tudo aquilo antes, inúmeras vezes, e de forma muito melhor.
Atributo | Detalhe |
---|---|
Criador | Derek Haas |
Produtor | Mike Ganzman |
Elenco Principal | Jensen Ackles, Jessica Camacho, Eric Dane, Violett Beane, Uli Latukefu |
Gênero | Drama, Crime, Mistério |
Ano de Lançamento | 2025 |
Produtoras | Amazon MGM Studios, Derek Haas Productions, Jax Media |
Pontos Fortes (e os fracos, que são muitos)
Um dos poucos pontos positivos de Contagem Regressiva é a tentativa de abordar temas complexos, como o terrorismo e a corrupção governamental. No entanto, a série não consegue explorar esses temas com a profundidade necessária, tornando-os superficiais e pouco impactantes. A ausência de uma identidade visual própria, a falta de suspense real, e principalmente, o roteiro previsível e fraco são os grandes vilões. A série se arrasta, com uma narrativa lenta e sem ritmo. O final, aliás, é tão anti-climático quanto o resto da temporada.
A crítica não se enganou
Li algumas críticas antes de começar a assistir Contagem Regressiva, e tenho que concordar com a maioria delas. A série é “beige e boring”, como um crítico bem disse. A previsibilidade da trama, a falta de química entre os atores e a direção sem inspiração contribuem para uma experiência de visualização frustrante. É uma pena, porque o elenco tem potencial, e a ideia inicial era interessante. Mas a falta de cuidado com o roteiro e com a execução geral da série a transformam em mais uma produção genérica de streaming.
Conclusão: Fuja desta contagem regressiva
A não ser que você seja um fã incondicional de Jensen Ackles disposto a ver qualquer coisa com ele, eu recomendo fortemente que você pule Contagem Regressiva. Há outras séries de thriller policial muito melhores disponíveis, e seu tempo de visualização será melhor investido em qualquer uma delas. A série não apresenta nada de novo, não oferece reviravoltas surpreendentes e não consegue prender a atenção do espectador. É uma oportunidade perdida, e um exemplo de como um bom elenco pode ser completamente desperdiçado por um roteiro e uma direção fracos. Para mim, Contagem Regressiva é mais uma contagem regressiva para o tédio.