Dançando no Natal

Dançando no Natal: Um doce com um toque amargo?

Confesso, quando me deparo com filmes natalinos para a resenha, uma pontinha de cansaço me atinge. Quase quatro anos depois de seu lançamento em 2021, Dançando no Natal chegou às minhas mãos como uma brisa suave em um mar de açúcar de confeiteiro – previsível, mas nem por isso desinteressante. A sinopse já entrega boa parte do pacote: pai solteiro encantador (Colin Lawrence, sempre competente), professora de dança sonhadora (uma AnnaLynne McCord que, convenhamos, continua radiante), filha apaixonada pelo “Quebra-Nozes”… tudo embalado em uma comédia romântica familiar, temperada com um toque de drama. Mas, como um bom vinho, a experiência transcende a etiqueta.

Um olhar sobre a coreografia do filme

A direção de Paul Shapiro é eficiente, sem grandes arroubos de genialidade, mas competente o suficiente para conduzir a narrativa de forma fluida. Nada de inovações revolucionárias na linguagem cinematográfica, mas o filme cumpre o seu papel: nos transportar para o clima festivo e nos envolver na história. O roteiro de Adam Rockoff, por outro lado, é o ponto que mais me dividiu. Ele entrega exatamente o que se espera de um filme como este: diálogos previsíveis, algumas piadas que funcionam, outras que caem no vazio, e um desenvolvimento romântico que segue os trilhos bem batidos do gênero. Porém, há uma tentativa, ainda que tímida, de explorar a fragilidade de Michael e a busca por Olivia por reconhecimento profissional, que me surpreendeu positivamente, evitando que o filme se perdesse completamente na fórmula.

As atuações são, em geral, sólidas. Colin Lawrence entrega o charme necessário para o papel do pai dedicado, e AnnaLynne McCord equilibra a doçura com uma pitada de independência. Bianca Lawrence, como Lily, a filha, é adorável, evitando cair nos estereótipos da criança inconveniente demais ou perfeita demais. O restante do elenco preenche seus papéis de forma competente, sem grandes destaques.

AtributoDetalhe
DiretorPaul Shapiro
RoteiristaAdam Rockoff
ProdutorRichard Greenhalgh
Elenco PrincipalAnnaLynne McCord, Colin Lawrence, Bianca Lawrence, Deborah Finkel, Kheon Clarke
GêneroCinema TV, Comédia, Romance, Família, Drama
Ano de Lançamento2021
ProdutorasCMW Winter Productions, Reel One Entertainment, Champlain Media

Pontos Altos e Baixos de um Filme Natalino

O principal ponto forte de Dançando no Natal reside em sua capacidade de nos envolver no clima festivo. A trilha sonora, a fotografia aconchegante, e a própria atmosfera natalina permeiam o filme, criando um ambiente agradável e familiar, ideal para uma sessão de cinema aconchegante em uma noite fria de setembro de 2025 – quem diria, ainda me pego assistindo filmes de Natal em setembro! A química entre os protagonistas também é um ponto positivo, embora a previsibilidade da trama seja um obstáculo que, infelizmente, o filme não consegue transpor totalmente.

A previsibilidade, aliás, é o seu calcanhar de Aquiles. Sabemos para onde a história está caminhando desde o primeiro ato, e isso pode ser frustrante para espectadores que buscam algo mais original. Algumas subtramas poderiam ter sido melhor exploradas, dando mais profundidade aos personagens. O roteiro, embora funcional, peca pela falta de originalidade, apostando demais em clichês conhecidos.

Um tema familiar com toques modernos

O filme aborda temas familiares como a importância da família, a busca pela felicidade pessoal e profissional, e a superação de desafios. Apesar de não reinventar a roda, Dançando no Natal trata esses temas com sensibilidade, transmitindo uma mensagem otimista e positiva, ideal para o período natalino. Há, inclusive, uma abordagem interessante sobre a pressão social em cima das mulheres para se dedicarem exclusivamente a vida familiar em detrimento da carreira profissional, um detalhe interessante, se colocado em contraste com o estereótipo de “comédia romântica natalina”.

Conclusão: Um filme para o espírito natalino

No fim das contas, Dançando no Natal é um filme leve, agradável, e perfeitamente adequado para quem busca uma sessão de cinema despretensiosa, embalada por um clima natalino, ideal para uma maratona de filmes de fim de ano, mesmo fora de época. Não espere inovação ou grandes surpresas, mas se você procura um filme para aquecer o coração, sem exigir grandes esforços cerebrais, esta produção pode te agradar. Recomendo especialmente para quem gosta de filmes natalinos leves e familiares. Não espere um filme que entre para a história do cinema, mas sim uma boa opção para uma noite tranquila e aconchegante. Talvez, até mesmo, ideal para assistir em família.

Trailer

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