Dog – A Aventura de Uma Vida

Dog: Uma jornada canina para além das expectativas (ou quase isso)

Confesso: cheguei a “Dog – A Aventura de Uma Vida” com as expectativas no chão. Channing Tatum como diretor e protagonista? Um filme sobre um ex-ranger e seu cão militar? Parecia a receita perfeita para um filme mediano, daqueles que você assiste sem prestar muita atenção e esquece na semana seguinte. Mas, para minha surpresa (e talvez decepção de alguns puristas), o longa-metragem de 2022, lançado no Brasil em 19 de maio daquele ano, acabou me conquistando em alguns pontos, enquanto me deixou um tanto indiferente em outros. Três anos depois, revisitar o filme me permite analisar com mais clareza o seu impacto.

Uma dupla improvável em busca de redenção

A sinopse é simples: dois ex-Rangers do Exército, Briggs (Channing Tatum) e Lulu (um belo exemplar de pastor belga malinois, interpretado com maestria canina), são forçados a uma jornada pela costa do Pacífico para o funeral de um companheiro soldado. A viagem, repleta de percalços, serve como um catalisador para a relação entre homem e cão, e também para a própria jornada de autodescoberta de Briggs. A dinâmica entre eles é o coração do filme, e é aqui que reside a sua maior força, embora a trama principal apresente-se de maneira bastante previsível.

Direção, roteiro e atuações: um mix de acertos e erros

A dupla Channing Tatum e Reid Carolin na direção e roteiro, respectivamente, entrega um filme com momentos de brilho e outros de sonolência. A escolha de filmar boa parte da aventura com uma câmera instável, quase documental, às vezes funciona bem, transmitindo a energia e a imprevisibilidade da viagem. Mas em outras, soa como um recurso estético barato, deixando a experiência visual cansativa. O roteiro, por sua vez, apesar de simples, consegue criar momentos genuinamente emocionais, principalmente na segunda metade do filme, como apontam alguns críticos que vi em 2022. O que me surpreendeu, em uma revisita mais recente, foi perceber que a construção da relação entre Briggs e Lulu é mais eficiente do que inicialmente imaginei. No que diz respeito às atuações, Channing Tatum demonstra um comprometimento razoável, embora seu desempenho não seja brilhante. O verdadeiro destaque, é claro, é o elenco canino. A expressividade de Lulu rouba a cena em vários momentos.

AtributoDetalhe
DiretoresChanning Tatum, Reid Carolin
RoteiristaReid Carolin
ProdutoresChanning Tatum, Gregory Jacobs, Brett Rodriguez, Peter Kiernan
Elenco PrincipalChanning Tatum, Aavi Haas, Ryder McLaughlin, Luke Forbes, Darren Keilan
GêneroDrama, Comédia
Ano de Lançamento2022
ProdutorasFilmNation Entertainment, Free Association, Metro-Goldwyn-Mayer

Pontos Fortes e Fracos: um balanço delicado

O maior ponto forte de “Dog” reside na sua capacidade de explorar temas como trauma, luto e a importância da amizade (humano-animal, neste caso). A jornada de Briggs não é apenas geográfica, mas também interior, e esse arco narrativo, apesar de previsível, é emocionalmente envolvente. A relação com Lulu, quase de codependência, é a chave para a redenção do personagem e para o impacto sentimental da narrativa. Por outro lado, o filme peca por ser previsível demais em diversos momentos, faltando originalidade na trama e no desenvolvimento dos personagens secundários. O humor, embora presente, às vezes cai em clichês, e alguns diálogos soam forçados.

Temáticas e mensagens: um olhar sobre o trauma e a cura

“Dog” não se esquiva de abordar temas delicados como a experiência militar e as suas consequências psicológicas. Briggs carrega traumas não verbalizados que são lentamente revelados ao longo da viagem, e a relação com Lulu se torna um processo terapêutico, mostrando a importância do apoio emocional, inclusive através de animais. A mensagem central do filme, de que a cura é um processo lento e individual, é bastante eficiente e capaz de atingir o público que se identifica com esses tipos de narrativas.

Conclusão: vale a pena dar uma chance a essa dupla?

“Dog – A Aventura de Uma Vida” não é um filme excepcional, mas também não é um desperdício de tempo. Trata-se de uma produção sincera, com momentos genuínos de emoção e uma ótima performance canina, que, apesar de alguns tropeços na direção e no roteiro, consegue entregar uma história com um significado palpável. Para quem busca um filme leve, com um bom cão como protagonista e uma mensagem de esperança, “Dog” pode ser uma boa opção para um streaming casual. Eu, em 2025, ainda o recomendaria com algumas ressalvas, mas com uma apreciação maior pela sutileza da mensagem do que tive em 2022.

Trailer

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