Dupla Explosiva: Uma Comédia de Ação que Explodiu (em 2017) – Mas Vale a Pena Revisitar?
Em 2017, o mundo do cinema recebeu uma injeção de adrenalina e humor com Dupla Explosiva. Oito anos depois, assistindo novamente, me peguei pensando se o filme resistiu ao teste do tempo ou se é apenas mais uma comédia de ação descartável. A resposta, para minha surpresa, é mais complexa do que eu imaginava.
A trama acompanha Michael Bryce, o melhor guarda-costas do mundo, que recebe a missão aparentemente impossível de proteger Darius Kincaid, um assassino de aluguel que precisa depor na Corte Internacional de Justiça. Imaginem a dinâmica: dois homens que se odeiam, forçados a trabalhar juntos sob ameaça constante. A premissa é simples, mas funciona como uma mola propulsora para um turbilhão de tiroteios, perseguições e – claro – muita comédia. Não espere profundidade narrativa, mas sim um entretenimento frenético do início ao fim.
Patrick Hughes, na direção, entrega exatamente o que se propõe: ação sem parar. As cenas de luta são coreografadas de forma eficaz, sem se perder em excesso de CGI. O ritmo é ágil, mantendo o espectador engajado. O roteiro de Tom O’Connor, apesar de previsível em alguns momentos, sabe navegar com maestria pela linha tênue entre o absurdo e o verossímil, construindo uma química explosiva – literalmente – entre os protagonistas.
| Atributo | Detalhe |
|---|---|
| Diretor | Patrick Hughes |
| Roteirista | Tom O'Connor |
| Produtores | David Ellison, Les Weldon |
| Elenco Principal | Ryan Reynolds, Samuel L. Jackson, Gary Oldman, Salma Hayek Pinault, Elodie Yung |
| Gênero | Ação, Comédia, Crime, Thriller |
| Ano de Lançamento | 2017 |
| Produtoras | Campbell Grobman Films, East Light Media, Nu Boyana Film Studios, Tom de Mol Productions, Summit Entertainment, Millennium Media, Davis Films, Cristal Pictures, Lionsgate, TIK Films |
E falando em protagonistas, Ryan Reynolds e Samuel L. Jackson são a alma do filme. Reynolds, com seu sarcasmo peculiar e timing cômico impecável, contracena perfeitamente com a energia explosiva e o humor ácido de Jackson. A dinâmica entre os dois é o coração da película, e sua química transcende a tela. Salma Hayek Pinault, como a esposa explosiva de Kincaid, Sonia, acrescenta uma camada extra de humor e caos, enquanto Gary Oldman, como o vilão Vladislav Dukhovich, interpreta o antagonista com maestria. Elodie Yung como Amelia Roussel, embora com um papel menor, também adiciona impacto.
O filme tem seus defeitos. Alguns diálogos parecem forçados, e o enredo, como mencionei, carece de profundidade. A previsibilidade da trama em alguns pontos é perceptível, o que pode desapontar alguns espectadores que buscam tramas mais complexas. Contudo, Dupla Explosiva não se leva a sério demais, e é exatamente essa falta de pretensão que o torna tão divertido.
A mensagem subjacente é, a meu ver, uma interessante abordagem sobre a ideia de “opostos se atraem”. Apesar da rivalidade inicial, Bryce e Kincaid são forçados a superar suas diferenças para sobreviver, estabelecendo uma improvável – e hilária – amizade. Há uma leve crítica social implícita em torno da justiça e das instituições internacionais, porém sem ser didática ou moralista.
Em 2025, olhando para trás, Dupla Explosiva não se destaca como uma obra-prima cinematográfica, nem como um filme revolucionário. Porém, ainda se mantém como uma opção válida para uma sessão de entretenimento descomprometido. É um filme que você assiste para desligar o cérebro, rir e se divertir com a química imbatível de Reynolds e Jackson. Se você busca ação frenética, diálogos sarcásticos e uma boa dose de risadas, procure Dupla Explosiva nas plataformas digitais. Mesmo oito anos após sua estreia em 31 de agosto de 2017, ele ainda consegue entreter. Recomendo fortemente, especialmente se você curte comédias de ação sem frescuras. A cena pós-créditos, aliás, é imperdível.
