LEGO DC Super Hero Girls: Escola de Super Vilãs – Uma Surpresa Positiva (ou Quase Isso)
Sete anos depois de seu lançamento em 2018, revisitar LEGO DC Super Hero Girls: Escola de Super Vilãs me trouxe uma experiência… complexa. É um filme de animação que, admito, chega com a expectativa baixa. Afinal, estamos falando de um produto direcionado a um público infantil, com a franquia LEGO como carro chefe. Mas, para minha surpresa, descobri um longa-metragem que, apesar de suas falhas gritantes, possui um charme peculiar e um nível de diversão que ultrapassa o esperado.
A sinopse é simples: uma nova escola, sinistra e misteriosa, surge na vizinhança da Super Hero High, colocando nossas heroínas favoritas em alerta máximo. Mulher-Maravilha, Supergirl, Batgirl e as outras precisam conciliar os estudos com a tarefa de impedir uma ameaça que pode colocar a civilização em perigo. Sem muitos spoilers, posso dizer que a trama segue o caminho previsível dos filmes de super-heróis, mas a dinâmica entre as personagens e o humor leve garantem um entretenimento aceitável.
A direção de Elsa Garagarza, embora sem grande originalidade, cumpre seu papel com eficácia. A animação, típica da LEGO, é colorida e vibrante, adequada ao público-alvo. A trilha sonora, discreta, não incomoda, e em certos momentos acompanha a ação de forma eficaz. No entanto, o roteiro de Jeremy Adams peca pela previsibilidade e falta de profundidade. Os diálogos, muitas vezes forçados, demonstram uma clara preocupação em atingir o público infantil, em detrimento de uma narrativa mais rica e complexa.
Atributo | Detalhe |
---|---|
Diretora | Elsa Garagarza |
Roteirista | Jeremy Adams |
Produtor | Rick Morales |
Elenco Principal | Yvette Nicole Brown, Greg Cipes, Romi Dames, John DiMaggio, Teala Dunn |
Gênero | Animação, Ação, Família |
Ano de Lançamento | 2018 |
Produtoras | Warner Bros. Animation, DC Entertainment, LEGO |
O elenco de voz, embora composto por nomes como Yvette Nicole Brown, Greg Cipes e John DiMaggio, não brilha. As atuações são corretas, cumprindo seu propósito, mas sem grande destaque. Nenhuma performance se destaca de forma memorável, o que se justifica em parte pela simplicidade do roteiro.
Os pontos fortes residem, principalmente, no humor leve e na diversão que a estética LEGO proporciona. As crianças, sem dúvida, se identificarão com a energia e a estética da animação. Por outro lado, os pontos fracos são evidentes: a narrativa superficial, a previsibilidade e a falta de profundidade nos personagens. A sensação é a de que o filme poderia ter explorado muito mais o universo DC e as possibilidades narrativas inerentes ao tema “escola de super vilãs”.
A mensagem principal, embora implícita, é a importância da amizade, da colaboração e da luta contra o mal. Temas clássicos que funcionam como um pano de fundo para a ação frenética e o humor pastelão.
Em resumo, LEGO DC Super Hero Girls: Escola de Super Vilãs não é um filme memorável, mas não chega a ser um desastre completo. Compartilho, em parte, da opinião de outras críticas que o consideram uma melhora em relação a seus antecessores, embora ainda longe de atingir a excelência. Recomendo-o, sem hesitação, para crianças, principalmente as fãs do universo LEGO e das Super Hero Girls. Para adultos, a experiência pode ser tolerável, desde que se esteja disposto a apreciar o filme por seu valor de entretenimento leve e despretensioso. Na minha avaliação pessoal, lhe dou duas estrelas e meia, reconhecendo seu valor como um filme infantil palatável, mas sem grandes ambições cinematográficas. Se você pretende assisti-lo em 2025, encontrará-o facilmente em plataformas de streaming digitais.