My Happy Ending: Uma Comédia Amarga-Doce que Nos Toca a Alma
Confesso, cheguei a My Happy Ending com certa reserva. Mais um filme sobre a amizade entre mulheres na meia-idade? Já vi tantos… Mas, meus caros cinéfilos, preparem-se para uma surpresa. Lançado em 2023, este longa-metragem, dirigido pela dupla Tal Granit e Sharon Maymon, transcende o clichê e se firma como uma obra deliciosamente amarga-doce, capaz de arrancar sorrisos e lágrimas em igual medida.
A trama acompanha Julia, uma mulher que busca um recomeço em um hospital de Londres, encontrando ali um grupo peculiar e inusitado de amigas. Sem revelar muito para não estragar a surpresa, posso dizer que a jornada dessas mulheres, tão diferentes entre si, é repleta de humor sutil, reflexões profundas e momentos de comovente vulnerabilidade. A sinopse oficial, aliás, descreve bem a essência da história: drama e comédia se misturam numa trama sobre amizades, segredos e descobertas em uma jornada inesquecível.
Andie MacDowell, como Julia, entrega uma performance brilhante. Sua capacidade de transmitir fragilidade e força simultaneamente é simplesmente cativante. Mas o elenco inteiro brilha. Miriam Margolyes, Sally Phillips e Rakhee Thakrar são peças fundamentais no quebra-cabeça, construindo personagens complexos e realistas, cada uma com suas nuances e seus próprios segredos. A química entre as atrizes é palpável, criando uma dinâmica que nos faz acreditar em sua irmandade.
Atributo | Detalhe |
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Diretores | Tal Granit, שרון מימון |
Roteiristas | Rona Tamir |
Produtores | Daisy Allsop, Osnat Handelsman-Keren, Talia Kleinhendler, Hannah Leader |
Elenco Principal | Andie MacDowell, Miriam Margolyes, Sally Phillips, Rakhee Thakrar, Tom Cullen |
Gênero | Drama, Comédia |
Ano de Lançamento | 2023 |
Produtoras | Pie Films, Media Finance Capital, United King Films, Archface Films, Roadside Attractions, BBM Productions |
A direção de Granit e Maymon é precisa e sensível. A câmera, em momentos, se torna quase uma convidada discreta em suas conversas íntimas, enquanto em outros, acompanha a vibração peculiar do humor inglês que permeia todo o filme. O roteiro de Rona Tamir, por sua vez, é uma joia. Ele equilibra o tom com maestria, alternando entre momentos de hilaridade e momentos profundamente emocionantes, sem nunca perder o foco na construção dos personagens e no desenvolvimento da trama.
Apesar dos seus méritos, My Happy Ending não está isento de falhas. Algumas subtramas poderiam ter sido mais exploradas, e alguns diálogos, embora bem escritos, poderiam ter um ritmo mais ágil. Mas, francamente, essas pequenas imperfeições são facilmente perdoáveis diante da potência emocional que o filme consegue atingir.
A mensagem central do filme, acredito, reside na importância da conexão humana, da busca pela aceitação e do poder transformador da amizade, mesmo nos momentos mais difíceis da vida. É um filme sobre segunda chances, sobre encontrar a felicidade nos lugares mais inesperados e sobre a beleza da imperfeição, tanto individual como coletiva. Considerando a data de hoje, 15/09/2025, posso dizer que My Happy Ending permanece como um filme que, mesmo após algum tempo do seu lançamento, continua a ressoar em mim.
Em resumo, My Happy Ending é uma grata surpresa, um filme que me tocou profundamente. Não é uma obra-prima cinematográfica, mas sim um filme honesto, inteligente e profundamente humano, que recomendo a todos que buscam uma experiência cinematográfica que vá além da simples diversão, e que, especialmente, busca um toque de comédia que lhe lembre que a vida é um presente, mesmo com os seus inúmeros impasses. Se você aprecia histórias sobre amizades e reflexões sobre a vida, certamente vai se apaixonar por essa jornada como eu me apaixonei. Vale a pena assistir, mesmo que seja apenas para admirar a incrível atuação de Miriam Margolyes, que rouba a cena a cada aparição.