Danger Force: Uma explosão de energia, nem sempre controlada
Cinco anos se passaram desde que a Danger Force estreou em 2020, e olhando para trás, percebo que minha relação com essa série da Nickelodeon foi, digamos, complexa. Começou com uma expectativa divertida, alimentada pela nostalgia de Henry Danger, e evoluiu para algo… diferente. A premissa é simples: o Capitão Man precisa de uma nova equipe, e Schwoz, com sua genialidade (e seus incontáveis gadgets maluco), cria uma escola disfarçada para treinar jovens com superpoderes incontroláveis.
A sinopse não entrega muito, e é proposital. Danger Force é uma série que se sustenta na energia frenética de seus personagens e no humor, muitas vezes, absurdamente exagerado. Há uma certa delicadeza no caos, uma fórmula que funciona, mesmo quando beira o ridículo. E acreditem, ela beira o ridículo com frequência.
O que mais me chamou atenção, inicialmente, foram as atuações. Cooper Barnes, como o Capitão Man, consegue manter a aura de herói bonachão que o consagrou em Henry Danger. Michael D. Cohen, como o sempre excêntrico Schwoz, é um roubo de cena constante. Já os jovens atores, Dana Heath, Luca Luhan e Havan Flores, demonstram uma química notável. Eles conseguem vender o absurdo das situações com convicção, algo essencial para uma série voltada para o público infanto-juvenil, mas que, surpreendentemente, diverte também os adultos.
| Atributo | Detalhe |
|---|---|
| Criador | Christopher J. Nowak |
| Elenco Principal | Cooper Barnes, Michael D. Cohen, Dana Heath, Luca Luhan, Havan Flores |
| Gênero | Comédia, Família, Ficção Científica e Fantasia |
| Ano de Lançamento | 2020 |
| Produtora | Nickelodeon Productions |
A direção, por outro lado, é bem regular. A série se apoia em cortes rápidos e uma estética vibrante e saturada, que pode se tornar cansativa em longas maratonas. O roteiro, apesar da premissa promissora, vacila em alguns momentos. Há uma certa previsibilidade nos arcos de história, e o humor, embora funcione na maior parte do tempo, às vezes cai no lugar-comum. A série demonstra uma certa preguiça em explorar o potencial dos poderes dos personagens de forma criativa, optando por soluções mais óbvias e menos imaginativas ao longo das temporadas.
Os pontos fortes da Danger Force são inegáveis: a energia contagiante, o elenco carismático e a química impecável entre os atores. A série entrega uma boa dose de diversão despretensiosa, perfeita para relaxar e desligar o cérebro. No entanto, a previsibilidade e a falta de originalidade em alguns aspectos do roteiro, bem como a direção frenética em alguns momentos, constituem os seus pontos fracos.
A mensagem principal da série, se houver uma, é sobre a importância da amizade, da família e do trabalho em equipe. Os personagens aprendem a lidar com suas diferenças e a superar seus desafios juntos, transmitindo uma mensagem positiva, embora às vezes um pouco superficial.
Em resumo, Danger Force é uma série que eu recomendaria para quem busca uma diversão leve e divertida, principalmente para famílias com crianças. É uma experiência que pode agradar, mas também pode deixar um gosto de “poderia ter sido melhor”. A série não é revolucionária, mas cumpre seu papel de entreter e arrancar algumas risadas. Considerando que a série já encerrou suas exibições no ano de 2025, sugiro procurar por ela em plataformas digitais de streaming. Se você procura uma comédia familiar leve e despretensiosa, vale a pena dar uma chance. Mas não espere encontrar a próxima obra-prima da televisão.




