G.I. Joe: Retaliação – Uma Explosão de Ação que Merece uma Segunda Olhada (ou Terceira?)
Doze anos se passaram desde que G.I. Joe: Retaliação explodiu nas telonas em 29 de março de 2013, e, olhando para trás, a experiência ainda me deixa com uma sensação estranha – uma mistura de nostalgia por filmes de ação grandiosos e a estranha sensação de que o longa-metragem foi injustamente tratado pela crítica da época. Afinal, será que Retaliação é apenas um filme de ação esquecível, como muitos classificaram, ou algo mais? Vamos mergulhar fundo nesse universo de explosões e conspirações.
A trama gira em torno de uma conspiração global envolvendo a organização Cobra e a manipulação de líderes mundiais. Os G.I. Joe, acusados de traição, precisam lutar para provar sua inocência e deter um plano que ameaça a existência do mundo. É um enredo básico, mas que funciona como uma engrenagem perfeita para a quantidade absurda de ação que se segue. Não esperem profundidade shakespeariana, mas sim diversão pura e simples.
Jon M. Chu assume a direção, e aqui reside uma parte importante do filme. Embora não seja o cineasta mais aclamado, Chu entrega exatamente o que se espera: uma sequência ágil e visualmente interessante, com cenas de ação coreografadas com energia e uma estética visualmente marcante. A direção não é sutil, não precisa ser, e as cenas de luta são visivelmente mais elaboradas e criativas do que no primeiro filme. Talvez o maior mérito dele tenha sido entregar uma sequência tão visualmente distinta, o que mostra o cuidado com a produção.
Atributo | Detalhe |
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Diretor | Jon M. Chu |
Roteiristas | Rhett Reese, Paul Wernick |
Produtores | Lorenzo di Bonaventura, Brian Goldner |
Elenco Principal | Dwayne Johnson, Bruce Willis, Jonathan Pryce, Adrianne Palicki, Ray Park |
Gênero | Ação, Ficção científica, Aventura, Thriller |
Ano de Lançamento | 2013 |
Produtoras | Paramount Pictures, Hasbro, di Bonaventura Pictures, Saints LA, Metro-Goldwyn-Mayer, Skydance Media |
O roteiro de Rhett Reese e Paul Wernick apresenta diálogos que, vamos ser honestos, não são para o Oscar. Mas, em um filme de ação, a prioridade não é a sutileza da escrita. A narrativa é eficiente, conduzindo a trama com rapidez e sem deixar o espectador perdido em detalhes desnecessários. A trama, apesar de simples, consegue criar uma tensão crescente que funciona perfeitamente dentro da proposta.
O elenco, no entanto, é um trunfo. Dwayne “The Rock” Johnson entrega uma performance sólida como Roadblock, transmitindo força e carisma. Bruce Willis, como o veterano Joe Colton, adiciona uma camada de experiência e sabedoria ao grupo, que precisa de toda experiência possível! Adrianne Palicki como Lady Jaye também se destaca. Ray Park, como Snake Eyes, continua a ser um ícone visual do filme, mesmo com o tempo. A presença de Jonathan Pryce como o Presidente americano é outro ponto positivo, mostrando a seriedade de toda a situação que a trama coloca.
Os pontos fortes de G.I. Joe: Retaliação são inegáveis: a ação frenética, a estética visual e o carisma do elenco principal. O filme sabe o que é e não tenta ser algo que não é. Por outro lado, o roteiro sofre de alguns clichês e o desenvolvimento dos personagens secundários deixa a desejar, alguns são introduzidos para serem esquecidos após uma rápida aparição, o que prejudica o desenvolvimento do universo criado.
Em termos de temas e mensagens, o filme não se aprofunda muito. É uma ode à ação sem muita preocupação com complexidades políticas ou reflexões morais profundas. É um filme de puro entretenimento e cumpre bem essa função. E, honestamente, depois de um dia estressante em 2025, às vezes é exatamente o que precisamos.
Em suma, G.I. Joe: Retaliação não é um clássico do cinema, nem um filme que irá revolucionar o gênero de ação. Porém, é uma experiência divertida e satisfatória para quem busca uma dose de adrenalina e explosões sem compromisso. Recomendo para os amantes de filmes de ação que não buscam um longa-metragem intelectual. Se você já assistiu e teve uma experiência ruim, talvez seja hora de rever, com o olhar mais complacente. As plataformas digitais estão cheias de opções, e um filme de ação leve para um fim de tarde, às vezes, faz toda a diferença.