Godzilla II: Rei dos Monstros

Godzilla II: Rei dos Monstros – Um rugido que ecoa (mas nem sempre impressiona)

Sei que muitos esperavam um estrondo apocalíptico de proporções épicas com Godzilla II: Rei dos Monstros, lançado em 30 de maio de 2019. E, sim, o filme entrega kaijus gigantes, lutas colossais e destruição em larga escala. Mas, seis anos depois de sua estreia, o que resta é uma sensação… ambígua. O filme, dirigido por Michael Dougherty, tenta equilibrar o espetáculo de monstros com uma trama familiar, mas, para mim, ele peca mais em entregar uma experiência memorável do que em simplesmente cumprir seu propósito de pancadaria monstruosa.

A sinopse é simples: uma conspiração coloca a humanidade no meio de uma guerra titânica entre Godzilla, Mothra, Rodan e o terrível King Ghidorah, um monstro de três cabeças com um poder devastador. A agência Monarch, especializada em criaturas gigantes, tenta controlar a situação, mas a ameaça à sobrevivência da humanidade é real. No centro disso tudo está a família Russell – Mark (Kyle Chandler), Emma (Vera Farmiga), e Madison (Millie Bobby Brown) – cada um lidando com a situação à sua maneira, mesclada com as investidas de uma conspiração envolvendo ecoterrorismo e interesses obscuros.

A fotografia é impecável, os efeitos especiais, mesmo em 2025, ainda impressionam. Há momentos em que a câmera dança com a coreografia destas criaturas titânicas, criando cenas de impacto visual real. Dougherty, como diretor, tenta dar uma personalidade distinta para cada monstro, algo que funciona em parte. A Mothra, por exemplo, é uma personagem quase poética em sua beleza e simbolismo. Mas a direção, no geral, se perde em um ritmo inconsistente, alternando entre momentos de intensa ação e longas cenas de diálogo que se arrastam, sem a força necessária para sustentar o interesse do público.

Atributo Detalhe
Diretor Michael Dougherty
Roteiristas Michael Dougherty, Zach Shields
Produtores Brian Rogers, Jon Jashni, Thomas Tull, Mary Parent, Alex Garcia, Julian Fleming
Elenco Principal Kyle Chandler, Vera Farmiga, Millie Bobby Brown, Ken Watanabe, Ziyi Zhang
Gênero Ficção científica, Ação
Ano de Lançamento 2019
Produtoras Legendary Pictures, Huahua Media, TOHO

O roteiro, coescrito por Dougherty e Zach Shields, é onde o filme tropeça mais. A premissa de uma conspiração global e a mensagem ambientalista são bem intencionadas, mas ficam perdidas em um desenvolvimento confuso e cheio de conveniências narrativas. A atuação de Kyle Chandler e Vera Farmiga é competente, mas seus personagens são subdesenvolvidos, presos a arquétipos pouco inspiradores. Millie Bobby Brown, por outro lado, rouba a cena em vários momentos, mostrando uma profundidade de atuação acima da média para sua idade na época do lançamento. Ken Watanabe e Ziyi Zhang entregam performances sólidas, mas ficam limitadas pelo roteiro.

Os pontos fortes são inegáveis: a grandiosidade das cenas de ação, a estética visual impactante e, claro, a presença imponente dos monstros. A nostalgia para os fãs da franquia Godzilla é cuidadosamente trabalhada, com referências e homenagens que aquecem o coração dos saudosistas. Mas os pontos fracos pesam mais: o roteiro fraco, o ritmo irregular e personagens pouco explorados tornam o filme cansativo em diversos momentos, comprometendo a experiência como um todo.

A mensagem sobre a responsabilidade humana em relação ao meio ambiente, embora explícita, é apresentada de forma superficial. O ecoterrorismo, tema central, é explorado de forma rasa, perdendo a chance de uma discussão mais profunda e complexa sobre o impacto da humanidade no planeta e suas consequências. É uma pena, pois o filme tinha potencial para ser mais do que apenas um filme de monstros.

Em retrospecto, seis anos depois, a recepção crítica do filme foi dividida. Lembro de muitas críticas positivas exaltando as cenas de ação e a estética visual, mas também muitas negativas apontando as falhas no roteiro e desenvolvimento dos personagens. Eu me inclino para o segundo grupo. Enquanto apreciei os momentos de puro espetáculo de monstros gigantes, a narrativa maçante e previsível me impediu de abraçar totalmente a experiência. Godzilla II: Rei dos Monstros é um filme mediano, que deixa um gosto de “quase lá”. Recomendaria assistir apenas se você for um fã incondicional de Godzilla ou se busca uma experiência de pura ação com monstros gigantes, sem se importar muito com a trama ou personagens complexos. Para o restante, sugiro procurar outras opções no vasto catálogo de filmes de ficção científica disponíveis no streaming.

Trailer

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