Deadly Impact: A Vingança – Uma Vingança Que Cai na Mesmice
Quinze anos se passaram desde o lançamento de Deadly Impact: A Vingança em 2010, e revisitar esse thriller de ação me deixou com uma sensação peculiar: a de nostalgia nostálgica e frustração simultâneas. A trama, em poucas palavras, acompanha o policial Thomas Armstrong (Sean Patrick Flanery), que, após um período de recuperação, se junta ao FBI para caçar o assassino que destruiu sua vida. O que começa como uma vingança pessoal se transforma numa ameaça à cidade inteira, elevando as apostas – pelo menos, na teoria.
A direção de Robert Kurtzman, conhecido por seu trabalho em efeitos especiais (e não propriamente pela direção), demonstra uma falta de sutileza gritante. A câmera treme mais do que um bêbado numa balada, e a edição, frenética, parece querer compensar a falta de substância na narrativa com uma avalanche de cortes rápidos e movimentos bruscos. Isso, em vez de criar tensão, gera um cansaço visual que dificulta o engajamento com a história. O roteiro de Alexander Vesha, por sua vez, peca por previsibilidade. A trajetória de Armstrong é um clichê ambulante do gênero, repleto de reviravoltas óbvias e diálogos que soam mais como um guia de como não escrever diálogos tensos e realistas.
No entanto, é preciso dar o mérito às atuações. Sean Patrick Flanery, embora carregue o peso de um papel pouco original, demonstra carisma e consegue transmitir a dor e a raiva de Armstrong com uma certa veracidade. Joe Pantoliano, como sempre, entrega uma performance segura e competente, mesmo com o pouco material que seu personagem recebe. Os demais atores cumprem o papel, mas sem brilhar.
| Atributo | Detalhe |
|---|---|
| Diretor | Robert Kurtzman |
| Roteirista | Alexander Vesha |
| Elenco Principal | Sean Patrick Flanery, Joe Pantoliano, Carmen Serano, Amanda Wyss, Greg Serano |
| Gênero | Drama, Ação, Thriller |
| Ano de Lançamento | 2010 |
| Produtora | Metro-Goldwyn-Mayer |
O filme tenta explorar temas de justiça, vingança e a perda do controle, mas os trata superficialmente. A mensagem, se é que há uma, fica perdida em meio à violência gratuita e à falta de profundidade emocional dos personagens. Deadly Impact: A Vingança não se aprofunda nas consequências das ações de seus personagens, optando por uma resolução fácil e previsível, o que torna a jornada toda menos impactante do que o título sugere.
Os pontos fortes, infelizmente, são escassos. A fotografia, em alguns momentos, apresenta boas composições, e a trilha sonora acompanha a ação de forma funcional, sem se destacar. Porém, isso não é o suficiente para compensar as falhas gritantes do roteiro e da direção. A previsibilidade da trama, a violência desnecessária e a falta de desenvolvimento de personagens são seus pontos fracos mais evidentes.
Em 2025, analisando o filme com o distanciamento que o tempo proporciona, percebo que Deadly Impact: A Vingança se enquadra naquela categoria de filmes de ação B que passam sem deixar rastros. Ele não é péssimo, mas tampouco memorável. É um filme para se assistir numa tarde chuvosa, sem grandes expectativas, e esquecer logo em seguida. Não há uma inovação, uma reviravolta surpreendente ou um desempenho memorável que o salve do esquecimento. Recomendado apenas para os aficionados por filmes de ação sem pretensões artísticas. Se você busca um thriller visceral e inteligente, procure em outro lugar. Se quer algo para passar o tempo sem exigir muito, talvez Deadly Impact: A Vingança te sirva, mas não espere grandes surpresas.




