Jogos Mortais: Jigsaw

Jigsaw: Um Retorno Sangrento e Surpreendentemente Satisfatório?

Oito anos se passaram desde que, em 2017, a franquia Jogos Mortais retornou às telas com Jigsaw. Na época, a expectativa era, no mínimo, cautelosa. A série, após alguns filmes que deixaram muito a desejar, parecia ter esgotado a sua criatividade, transformando-se numa repetitiva e cansativa fórmula de tortura e armadilhas. Mas, olhando para trás, a partir de 19/09/2025, consigo ver que Jigsaw, apesar de seus defeitos, ocupou um lugar interessante na cronologia da saga, e até mesmo funcionou melhor do que muitos esperavam. A trama gira em torno de uma nova série de assassinatos que remetem à assinatura do lendário John Kramer, o Jigsaw. A investigação, no entanto, revela que as coisas não são tão simples quanto parecem, mergulhando os detetives numa teia de mistérios e revelações chocantes sobre o legado do assassino.

Direção, Roteiro e Atuações: Uma Mistura de Familiaridade e Novidade

Os irmãos Spierig, na direção, demonstram um entendimento respeitoso da estética da franquia, mantendo a atmosfera claustrofóbica e tensa que tornou Jogos Mortais tão icônica. A fotografia é eficaz em criar suspense, e as armadilhas, apesar de algumas repetições, ainda conseguem causar certo desconforto. O roteiro de Josh Stolberg e Pete Goldfinger, porém, é onde residem tanto os pontos fortes quanto os fracos do filme. Ele apresenta uma interessante reviravolta na narrativa, que tenta atualizar a fórmula clássica, sem sucumbir totalmente à previsibilidade. Em termos de atuações, Tobin Bell, como sempre, é impecável como John Kramer, transmitindo a frieza e a inteligência perversa do personagem com maestria. O restante do elenco, embora não seja memorável, cumpre seu papel com competência, oferecendo suporte para o peso dramático da trama.

Pontos Fortes e Fracos: A Linha tênue entre a Inovação e a Repetição

A principal força de Jigsaw está na sua capacidade de surpreender. A reviravolta final, como já mencionei, é bastante satisfatória, mesmo que, olhando retrospectivamente, alguns elementos previsíveis pontuem a construção da trama. Em contraponto, a semelhança com Saw V (como apontado em algumas críticas da época do lançamento), é inegável. Muitas das armadilhas e o tom geral lembram muito aquele filme, o que, para alguns espectadores, pode gerar uma sensação de déjà vu incômoda. A exploração do legado de Jigsaw, aliás, é talvez a melhor parte do filme; a abordagem para lidar com a complexidade e a ambiguidade do legado do assassino é um ponto alto. A tentativa de manter os elementos chocantes e sangrentos, sem cair num excesso gratuito, é algo a ser elogiado.

AtributoDetalhe
DiretoresMichael Spierig, Peter Spierig
RoteiristasJosh Stolberg, Pete Goldfinger
ProdutoresOren Koules, Gregg Hoffman
Elenco PrincipalMatt Passmore, Tobin Bell, Callum Keith Rennie, Hannah Emily Anderson, Clé Bennett
GêneroTerror, Mistério
Ano de Lançamento2017
ProdutorasTwisted Pictures, A Bigger Boat, Serendipity Productions, Lionsgate

Temas e Mensagens: A Morte, o Sofrimento, e a Busca por Redenção

Tal como os seus antecessores, Jigsaw explora temas complexos sobre a vida, a morte e a culpa. A linha tênue entre o sadismo e a redenção é trabalhada de forma quase filosófica, questionando o que realmente significa dar valor à vida e a justificativa para infligir sofrimento para conseguir regeneração. O filme não oferece respostas fáceis, e isso, de certa forma, contribui para a sua profundidade. No entanto, a abordagem pode ser vista como um tanto superficial por alguns, pois a complexidade moral do protagonista é apresentada de forma um tanto apressada.

Conclusão: Uma Adição Perturbadora (e Surpreendente) à Franquia

Em suma, Jigsaw é um filme que divide opiniões. Apesar de carregar o fardo de ser um filme de Jogos Mortais, ele tenta se libertar um pouco da fórmula desgastada, oferecendo uma trama com reviravoltas interessantes e personagens, por mais que estereotipados, suficientemente convincentes. Eu o recomendaria para os fãs de terror que apreciam suspense psicológico e armadilhas sangrentas, mas não para aqueles que buscam uma experiência inovadora e livre das pegadas dos filmes anteriores. Se você busca um filme de Jogos Mortais que pelo menos tenta romper com a monotonia da franquia, vale a pena conferir. Se, porém, você já está saturado com a série, talvez seja melhor pular este. Ainda hoje, em 2025, a experiência continua a ser um passeio tenso e perturbador, especialmente para os fãs de longa data da franquia.

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