John Candy: Eu Me Amo

Ah, John Candy. Só de ouvir esse nome, uma pequena parte de mim já se curva num sorriso, e talvez uma lágrima discreta se forme no canto do olho. É por isso, sabe? Por essa mistura agridoce de gargalhadas e saudade, que eu me sentei para assistir John Candy: Eu Me Amo. Eu precisava ver essa homenagem. Precisava entender um pouco mais sobre o gigante gentil que preencheu tantas salas de estar, tantos cinemas e, francamente, tantos corações, inclusive o meu, com um tipo de calor que é raro de encontrar. Não é apenas mais um documentário; para quem cresceu vendo John nos apresentar o que era ser genuinamente engraçado e, ao mesmo tempo, profundamente humano, é quase uma peregrinação.

E o que a equipe de Colin Hanks – sob a batuta de produção de Ryan Reynolds e seu time – nos entregou é algo que transcende a simples biografia. É uma tapeçaria emocional que usa como fios não apenas o óbvio talento de John, mas também a intimidade e o carinho daqueles que o conheceram de perto. Ver Tom Hanks, Steve Martin, Martin Short e Eugene Levy falando sobre ele não é só ouvir um depoimento; é como ser convidado para a mesa da família, onde as histórias são contadas com um brilho nos olhos que só a verdadeira afeição consegue produzir. É uma experiência visceral, eu garanto.

O filme se desenrola não como uma lista cronológica de feitos, mas como uma conversa afetuosa. Colin Hanks tem uma sensibilidade quase cirúrgica ao escolher quais momentos e quais vozes darão forma a essa narrativa. Ele não apenas nos mostra “imagens raras”, ele as contextualiza de tal forma que nos sentimos ali, no set de um dos seus filmes, ou nos bastidores de um show. As risadas de John, suas pausas cômicas, o jeito como ele conseguia transformar uma frase simples em uma joia do humor – tudo isso volta à tona com uma força que me fez sentir como se o tempo não tivesse passado. E as entrevistas… ah, as entrevistas! É como se cada um dos amigos e colegas de John – e que amigos, não é? – estivesse sussurrando segredos preciosos sobre a alma do ator. O riso meio embargado de Martin Short ao lembrar de alguma piada interna, a admiração clara na voz de Tom Hanks, a reverência de Steve Martin. Não é só sobre um ator; é sobre um homem que tocou profundamente a vida de outros homens.

O que mais me pegou, no entanto, é a forma como o documentário aborda a dualidade de John Candy. Ele era um vulcão de alegria na tela, um mestre da comédia física e da improvisação, mas por trás daquele sorriso expansivo, havia camadas. O título “Eu Me Amo” pode soar como uma afirmação ousada, quase uma piada que ele mesmo faria, mas o filme o desdobra com uma nuance que evita o clichê. Não é sobre ego, é sobre a busca por aceitação, pela paz interior, talvez pelo reconhecimento do seu próprio valor, algo que muitos artistas talentosos lutam para encontrar. O filme nos permite vislumbrar a pressão, as inseguranças, os desafios que ele enfrentava longe dos holofotes, sem nunca cair no sensacionalismo. É um retrato honesto, que celebra a luz sem ignorar as sombras sutis.

Atributo Detalhe
Diretor Colin Hanks
Produtores Ryan Reynolds, Colin Hanks, Sean M. Stuart, Glen Zipper, George Dewey, Johnny Pariseau, Shane Reid
Elenco Principal John Candy, Tom Hanks, Steve Martin, Martin Short, Eugene Levy
Gênero Documentário
Ano de Lançamento 2025
Produtoras Company Name, Maximum Effort, Zipper Bros Films

E aqui, eu preciso tirar o chapéu para Ryan Reynolds e sua Maximum Effort. Há uma qualidade na produção que fala de respeito. Não há atalhos, não há momentos baratos. Cada fragmento de arquivo, cada corte, cada trilha sonora é meticulosamente escolhido para servir à história e ao legado de John. É o tipo de produção que você só consegue quando há uma paixão genuína por aquilo que está sendo criado, uma reverência pela pessoa que está sendo homenageada. Não é só um produto, é um gesto de carinho.

Quando os créditos subiram e a sala ficou um pouco mais silenciosa, eu me peguei pensando não apenas nas risadas que John Candy me deu ao longo dos anos, mas na beleza da sua humanidade. Ele nos mostrou que era possível ser vulnerável e forte, hilário e sensível, tudo ao mesmo tempo. John Candy: Eu Me Amo não é apenas um filme; é um abraço apertado, uma memória carinhosa reanimada com vida nova. É o tipo de documentário que te lembra por que você se apaixonou por cinema e, mais importante, por que certas pessoas permanecem para sempre gravadas em nossa memória, não apenas pelo que fizeram na tela, mas pelo que elas eram como seres humanos. E, que homem ele era. Que sorte a nossa de ter tido John Candy. E que sorte termos agora este tributo tão merecido.

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