Ah, Jungle Cruise – A Maldição nos Confins da Selva! Diga-me, você já teve aquela sensação de revisitar algo que te divertiu lá atrás e perceber que a memória ainda estava fresca, sabe? É exatamente o que aconteceu comigo recentemente ao pensar nesse filme, lançado lá em 2021. Três anos se passaram, e ele ainda me arranca um sorriso ao lembrar daquela aventura pela Amazônia.
Minha ligação com o universo Disney é antiga, quase visceral. Quem já pisou num parque sabe que a atração “Jungle Cruise” é um clássico imperdível, um porto seguro de piadas secas e animais animatrônicos surpreendentemente charmosos. Por isso, quando anunciaram um filme baseado nisso, eu, como muitos, fiquei com aquela pulguinha atrás da orelha: será que conseguiriam capturar a essência da atração e ainda entregar uma história que se sustente por conta própria? Bem, senta que lá vem a história da minha viagem.
A trama nos joga diretamente no coração da Amazônia do início do século XX, lá pelos anos 1910. Aqui, somos apresentados ao capitão Frank Wolff, um tipo ranzinza e cheio de tiradas espirituosas, interpretado com um carisma quase impossível de resistir pelo nosso querido Dwayne “The Rock” Johnson. Ele comanda o La Quila, uma embarcação que já viu dias melhores, mas que, sob seu leme, promete (e entrega) mais risadas do que emoção genuína nos perigos da selva.
E quem é a força motriz por trás dessa expedição? Ninguém menos que a Dra. Lily Houghton, uma pesquisadora intrépida e à frente de seu tempo, brilhantemente encarnada por Emily Blunt. A química entre Johnson e Blunt é a verdadeira âncora do filme, gente. É como assistir a um duelo de provocações e olhares carregados de algo mais, que te prende do começo ao fim. Lily está em busca de uma lendária árvore, cujas flores prometem a cura para todas as doenças – um poder que, claro, muitos desejam. E junto dela, para o alívio cômico e a dose de britanicidade, está seu irmão McGregor Houghton, interpretado por Jack Whitehall, cujo desespero elegante é um show à parte.
Atributo | Detalhe |
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Diretor | Jaume Collet-Serra |
Roteiristas | John Requa, Glenn Ficarra, Michael Green |
Produtores | Beau Flynn, Dwayne Johnson, Hiram Garcia, John Davis, John Fox, Dany Garcia |
Elenco Principal | Dwayne Johnson, Emily Blunt, Edgar Ramírez, Jack Whitehall, Jesse Plemons |
Gênero | Fantasia, Aventura |
Ano de Lançamento | 2021 |
Produtoras | Walt Disney Pictures, Seven Bucks Productions, Davis Entertainment, Flynn Picture Company |
O que me agrada em Jungle Cruise é justamente essa mistura que as críticas da época já apontavam. Você sente um eco de Piratas do Caribe na forma como o sobrenatural se entrelaça com a aventura, um tempero de Indiana Jones na busca arqueológica e na ação desenfreada, e uma pitada de A Lenda do Tesouro Perdido no mistério que cerca o objetivo final. Jaume Collet-Serra, o diretor, soube orquestrar essa amálgama de gêneros – fantasia e aventura – com um ritmo que te puxa para dentro da história, mesmo quando você percebe que o filme não se leva tão a sério o tempo todo.
Os perigos, claro, não se limitam à própria selva, com suas piranhas e corredeiras traiçoeiras. Há também os vilões que adicionam camadas de ameaça. Edgar Ramírez, como o amaldiçoado Lope de Aguirre, traz uma intensidade melancólica ao seu personagem, enquanto Jesse Plemons, interpretando o Príncipe Joachim, entrega uma performance deliciosamente exagerada e divertida em sua perseguição à Lily e Frank. Ele é um lembrete vívido de que nem todo antagonista precisa ser pura escuridão; às vezes, um toque de loucura cômica funciona que é uma beleza.
A equipe de roteiristas, John Requa, Glenn Ficarra e Michael Green, conseguiu um feito e tanto: honrar o espírito da atração – as piadas de “pai”, os trocadilhos geográficos – enquanto tecia uma narrativa original, complexa e com reviravoltas que mantêm o interesse. A produção da Walt Disney Pictures, Seven Bucks Productions, Davis Entertainment e Flynn Picture Company investiu pesado na criação de um mundo imersivo, desde os visuais exuberantes da Amazônia até os efeitos especiais que dão vida às forças sobrenaturais.
Olha, não vou dizer que é o filme mais original que você verá na vida. Há momentos em que você sente o caminho já trilhado por outras grandes aventuras. Mas, sabe, a beleza está justamente na forma como ele executa essa jornada familiar. A exploração do rio, as ruínas, a corrida contra o tempo… tudo isso ganha uma roupagem fresca graças à energia dos protagonistas e à sinceridade com que o filme abraça seu próprio espírito de fantasia.
Três anos depois do seu lançamento, em 29 de julho de 2021 no Brasil, o que permanece de Jungle Cruise – A Maldição nos Confins da Selva não é apenas a lembrança de uma tarde divertida, mas a prova de que com o elenco certo, uma direção que entende o tom e uma boa dose de magia Disney, até uma atração de parque pode virar uma aventura cinematográfica das boas. Se você, como eu, precisa de uma dose de escapismo, uma viagem de volta a um mundo de mistério, risadas e um certo tipo de cura – seja para o corpo ou para a alma –, o La Quila está esperando. E, honestamente, quem não gostaria de embarcar nessa?