LEGO DC Comics Super Heróis: Liga da Justiça vs Liga Bizarro

LEGO DC Comics Super Heróis: Liga da Justiça vs. Liga Bizarro – Uma Festa de Tiririca que Deixa Saudade

Dez anos se passaram desde que, lá em 10 de fevereiro de 2015, a Liga da Justiça se viu frente a frente com suas versões bizarras em um filme de animação LEGO que, até hoje, me arranca sorrisos. Revisitando “Liga da Justiça vs. Liga Bizarro” em 2025, é inegável a nostalgia que a produção da Warner Bros. Animation evoca, e não apenas pela saudade dos bons tempos. A aventura, que coloca Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Cyborg e Guy Gardner contra seus clones bizarros em uma batalha contra Darkseid, é uma ode ao nonsense, uma celebração colorida e vibrante daquilo que faz os filmes LEGO tão especiais: a deliciosa combinação de ação, humor e um toque de cinismo.

A sinopse, sem entrar em spoilers, apresenta a premissa básica: Bizarro, o clone mal-feito do Super-Homem, retorna à Terra para criar uma Liga Bizarra, e a Liga da Justiça precisa unir forças com seus peculiares oponentes para deter um plano maligno. Simples, eficaz e direto ao ponto. É a desculpa perfeita para uma avalanche de tiradas engraçadas e cenas de ação frenéticas, característica inerente ao universo LEGO.

Brandon Vietti, na direção, entrega exatamente o que se espera de um longa-metragem LEGO: animação fluida e expressiva, com um visual chamativo e divertido que captura a essência dos famosos tijolos. A estética LEGO é, por si só, um personagem coadjuvante fundamental, com a sua estética única a conferir um toque de irreverência inigualável. Michael Jelenic, no roteiro, acerta na dose de humor, sem nunca sacrificar a trama. A narrativa, embora simples, é bem construída, com um ritmo ágil que prende a atenção do público de todas as idades.

E o elenco de dubladores? Um time de peso! Nolan North, Troy Baker, Diedrich Bader, Khary Payton e James Arnold Taylor entregam performances impecáveis, imprimindo personalidade única a cada personagem, tanto os originais quanto seus equivalentes “bizarros”. A química entre os dubladores é palpável, e a performance de voz é crucial para a construção da comédia. A interação entre os personagens, sejam eles heroicos ou suas versões desengonçadas, faz a graça do filme.

Um dos pontos fortes é, sem dúvida, a capacidade do filme de equilibrar ação e humor. As sequências de luta são dinâmicas e bem coreografadas, e o humor, que frequentemente extrapola os limites da lógica, é um deleite para adultos e crianças. A referência à mitologia dos quadrinhos da DC é sutil e respeitosa, criando uma experiência agradável tanto para fãs quanto para aqueles que não estão tão familiarizados com os personagens.

Por outro lado, alguns podem argumentar que a trama é previsível demais, e, de fato, não há grandes reviravoltas narrativas. A simplicidade da trama, no entanto, funciona a seu favor, permitindo que o filme se concentre em entregar a diversão sem grandes complicações. A ausência de uma profundidade excessiva não é, aqui, um ponto negativo, pois o longa não se propõe a ser um épico de proporções cinematográficas.

O filme transmite mensagens sutis, porém importantes, sobre amizade, trabalho em equipe e a importância de aceitar as diferenças. A Liga da Justiça e a Liga Bizarro, apesar de suas diferenças, demonstram que mesmo os mais diferentes indivíduos podem se unir para alcançar um objetivo comum.

Em conclusão, “LEGO DC Comics Super Heróis: Liga da Justiça vs. Liga Bizarro” é um filme familiar que cumpre brilhantemente o que promete: diversão pura e simples. Recomendado para quem busca uma animação leve e divertida para assistir em família, revisitá-lo em 2025, dez anos após seu lançamento, reforça a minha impressão inicial. É uma produção que, mesmo sem grandes pretensões, conquistou seu espaço no meu coração e certamente permanecerá como uma ótima opção de entretenimento para futuras gerações. Um verdadeiro clássico instantâneo do universo LEGO.