Minions 2: A Origem de Gru

Sabe, tem filmes que a gente assiste e, mesmo passados alguns anos, a energia simplesmente não desvanece. E é exatamente essa sensação que me pegou outro dia enquanto revisitava Minions 2: A Origem de Gru. Me peguei pensando: por que a gente continua rindo com esses pequenos seres amarelos e a sua devoção quase cega a um mal que, bem, é quase sempre adorável? É por isso que resolvi pegar a caneta – ou, vá lá, o teclado – e botar para fora o que sinto sobre essa pérola de 2022 que, para mim, ainda pulsa com uma vida danada.

A gente já conhece a história de Gru adulto, aquele vilão com um coração meio mole que se apaixona por suas filhas adotivas. Mas, poxa, ‘Minions 2’ nos joga de cabeça nos anos 70, numa explosão de cores, gírias e um Gru ainda garoto, com seus onze aninhos, um moleque que sonha em ser um supervilão. Lembro de um trecho de crítica que falava exatamente disso, do pequeno Gru respondendo à professora com convicção: “Um supervilão!”. E quem diria que essa ambição, inicialmente vista com desdém pelos colegas, seria o combustível para uma das franquias de animação mais lucrativas e divertidas que temos?

O cerne da questão, para mim, está em como o filme descomplica a ideia de maldade. É um mal infantil, quase inocente, ainda que destrutivo nos seus próprios termos. E quem está lá para ajudar nosso mini-vilão a realizar esse sonho? Os Minions, claro! Kevin, Stuart e Bob, e todos os outros, estão em sua busca eterna por um líder tirânico. E quando o pequeno Gru surge com seus planos audaciosos e ligeiramente desastrados, eles o veem como a encarnação perfeita de seus ideais. É uma dinâmica hilária e fundamental para entender toda a saga ‘Meu Malvado Favorito’. A Illumination e a Universal Pictures souberam direitinho como amarrar essa ponta solta na história.

A direção do Kyle Balda, com o roteiro do Brian Lynch e Matthew Fogel, nos entrega um filme que, sim, talvez não tenha o enredo mais denso ou complexo do mundo – uma crítica que li uma vez, inclusive, pontuava que o filme é “mais barulhento que seu antecessor” e “carece de um enredo forte”. E, sabe, concordo em parte. Mas o que importa num filme dos Minions? É a trama intrincada ou a anarquia adorável que eles trazem? Para mim, é a segunda opção, disparado. O filme é um banho de cores e piadas visuais, uma ode à comédia pastelão que a gente tanto ama. A gente vê a tela e sente a vibração dos anos 70, a trilha sonora com certeza te faz balançar a cabeça, e o caos é tão bem orquestrado que a gente nem liga para a falta de um plano mirabolante. É diversão pura e simples, para a família toda.

AtributoDetalhe
DiretorKyle Balda
RoteiristasBrian Lynch, Matthew Fogel
ProdutoresJanet Healy, Chris Renaud, Chris Meledandri
Elenco PrincipalSteve Carell, Pierre Coffin, Alan Arkin, Taraji P. Henson, Julie Andrews, Jean-Claude Van Damme, Lucy Lawless, Michelle Yeoh, Dolph Lundgren, Danny Trejo
GêneroFamília, Comédia, Aventura, Animação
Ano de Lançamento2022
ProdutorasUniversal Pictures, Illumination

E o elenco de vozes? Ah, esse é um show à parte. Steve Carell é o Gru, óbvio, e é fascinante ouvir essa versão jovem dele, com aquela voz que a gente já conhece, mas com uma pitada de imaturidade e uma aspiração ainda crua. E Pierre Coffin? Ele é a alma dos Minions, dando vida a Kevin, Stuart, Bob e a toda a horda com aqueles sons indecifráveis que, paradoxalmente, nos contam tudo que precisamos saber. Mas a cereja do bolo, para mim, é a galeria de vilões adicionais: a Belle Bottom da Taraji P. Henson, o Wild Knuckles do Alan Arkin, a mãe do Gru pela voz da Julie Andrews… e até Jean-Claude Van Damme, Lucy Lawless, Michelle Yeoh, Dolph Lundgren e Danny Trejo emprestando suas vozes para a gangue de supervilões. É uma constelação que eleva a comédia a um outro patamar, mostrando que mesmo os “malvados” podem ser incrivelmente engraçados e charmosos.

Quando penso nos detalhes, penso naquela cena pós-créditos, o famoso ‘duringcreditsstinger’, que nos lembra que a jornada de Gru e seus Minions está longe de terminar, e nos deixa com um sorriso bobo no rosto. É a promessa de mais aventuras, mais caos e mais “banana!” que nos mantém conectados a esse universo.

Passados mais de três anos do seu lançamento no Brasil, em junho de 2022, Minions 2: A Origem de Gru continua sendo um lembrete vívido do poder da animação bem-feita. Não é apenas um filme sobre um vilão mirim e seus ajudantes amarelos; é uma celebração da amizade, da busca por um propósito (mesmo que seja o de ser malvado) e, acima de tudo, do riso. E quem, no fundo, não quer um pouquinho de anarquia colorida e um “pobres e bobos” para alegrar o dia, né? É um filme que me faz rir, me faz sentir um carinho pelos personagens e me lembra que, às vezes, a melhor coisa é apenas se deixar levar pela diversão pura e sem pretensão.

Trailer

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