Monster High: Eletrizante – Um choque de diversão que poderia ter sido mais potente
Oito anos. Oito anos se passaram desde que assisti, pela primeira vez, as garotas monstruosas de Monster High conquistarem a tela (e os meus corações) em 2017, com “Eletrizante”. Revisitando o longa agora, em setembro de 2025, me peguei dividido entre a nostalgia e uma avaliação mais crítica. Em resumo, “Eletrizante” é uma aventura divertida, perfeita para uma tarde com a família, mas que peca por não explorar todo o seu potencial criativo. A trama gira em torno de Clawdeen, que sonha em abrir um salão de beleza inclusivo para monstros e humanos, com a ajuda de Frankie e suas amigas. Mas a ambiciosa Moanica trama um plano para sabotar seus esforços, criando uma situação caótica que só a esperta Twyla, filha do Bicho-Papão, pode resolver.
A direção de Jun Falkenstein e Avgousta Zourelidi é competente, mantendo o ritmo adequado para o público-alvo. A animação, apesar de não ser visualmente impressionante comparada aos padrões atuais de animação 3D, cumpre seu propósito: é vibrante e expressiva, capturando a energia característica das Monster High. O roteiro de Keith Wagner, porém, é onde a película patina. Ele se apega a uma fórmula previsível, com os conflitos e resoluções sendo bastante óbvios. A ameaça de Moanica, apesar de bem intencionada, falta impacto, e a resolução final parece um pouco apressada.
As atuações de voz, principalmente de Debi Derryberry como Draculaura e Salli Saffioti como Clawdeen e Cleo, são excelentes. Elas capturam a personalidade de cada personagem com precisão e carisma. A escolha de dubladores consistentes com a linha principal de produções anteriores também adiciona um toque familiar e nostálgico.
Atributo | Detalhe |
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Diretores | Jun Falkenstein, Avgousta Zourelidi |
Roteirista | Keith Wagner |
Elenco Principal | Debi Derryberry, Cassandra Lee Morris, Salli Saffioti, Larissa Gallagher, Cristina Milizia |
Gênero | Família, Animação |
Ano de Lançamento | 2017 |
Produtoras | Mattel Creations, Mattel |
Um dos pontos altos do filme é, sem dúvida, a mensagem de inclusão e amizade. “Eletrizante” reforça a ideia de que a beleza está na diversidade e que a amizade verdadeira supera as diferenças. É uma mensagem importante, especialmente para crianças, e é entregue de forma leve e divertida. Porém, sinto que a narrativa poderia ter se aprofundado um pouco mais nas nuances dessas relações, desenvolvendo os personagens e seus dilemas com mais profundidade.
O filme apresenta alguns problemas. A história, apesar de divertida, é superficial. A trama se resolve com muita facilidade, e os desafios enfrentados pelas protagonistas parecem pouco significativos, em comparação com outros filmes da franquia. A ausência de grandes momentos memoráveis de suspense também é sentida, prejudicando o engajamento do espectador.
Apesar de suas falhas, Monster High: Eletrizante é uma produção familiar que oferece uma dose saudável de humor e amizade. A nostalgia ligada à franquia, somada à sua mensagem positiva, garantirão uma boa recepção, especialmente junto a um público que cresceu com as personagens. O filme poderia ter sido melhor explorado, e o impacto final é menor do que se esperaria, mas ainda assim ele entrega o que promete: diversão leve e colorida. Se você procura um filme animado para assistir com crianças e resgatar uma boa dose de nostalgia, “Eletrizante” ainda pode agradar. Mas, para o fã mais exigente de animações, pode ser uma experiência apenas mediana. Recomendo o filme para jovens e famílias que se divertem com animações mais despretensiosas. Para quem já se considera um cinéfilo mais experiente, talvez haja outras produções mais ricas em conteúdo e execução.