Monster High: O Filme – Uma Mordida de Diversidade e Amizade em um Mundo Monstruoso
Três anos se passaram desde a estreia de Monster High: O Filme, e ainda sinto o eco daquela trilha sonora peculiar e a vibração peculiar dos personagens em minhas veias. Não foi uma obra-prima cinematográfica, longe disso, mas conseguiu algo mais valioso: me transportou para um mundo de aceitação e autodescoberta, algo que, francamente, é raríssimo em produções voltadas para um público jovem.
A trama acompanha Clawdeen Wolf, uma estudante metade humana, metade lobisomem, que chega à Monster High e encontra, pela primeira vez, um lugar onde pode ser ela mesma. A amizade com Frankie Stein e Draculaura, ícones da cultura pop monstruosa, forma o coração do filme. Mas a felicidade é ameaçada por uma conspiração que pode expor sua natureza híbrida, forçando-a a abraçar sua verdadeira identidade e salvar a escola. Essa premissa, embora previsível, serve como um trampolim para uma exploração mais profunda dos temas de identidade e pertencimento.
Todd Holland, na direção, optou por uma estética vibrante e colorida, que reflete perfeitamente o espírito da franquia. A fotografia, embora não seja revolucionária, é eficiente em criar um mundo fantasioso e divertido. No entanto, o roteiro peca em alguns momentos por uma previsibilidade excessiva. Certos conflitos são resolvidos de forma apressada, sacrificando a profundidade emocional em prol da agilidade narrativa.
| Atributo | Detalhe |
|---|---|
| Diretor | Todd Holland |
| Produtor | David Magee |
| Elenco Principal | Miia Harris, Ceci Balagot, Nayah Damasen, Jy Prishkulnik, Case Walker |
| Gênero | Família, Fantasia, Comédia, Aventura |
| Ano de Lançamento | 2022 |
| Produtoras | Mattel Television, Brightlight Pictures, Nickelodeon Productions, Lighthouse Pictures, Mattel |
O elenco mirim se sai muito bem, principalmente Miia Harris como Clawdeen Wolf. Sua performance transmite a insegurança e a força da personagem de forma convincente. Ceci Balagot e Nayah Damasen, como Frankie Stein e Draculaura, também entregam atuações sólidas, construindo uma dinâmica de amizade crível e envolvente. A química entre o trio carrega o filme em muitos momentos de roteiro mais fracos.
Um dos pontos altos de Monster High: O Filme é, sem dúvida, a sua mensagem subjacente. Embora seja uma comédia familiar, o longa aborda temas relevantes como a aceitação da diferença, o combate ao preconceito e a importância da autoconfiança. É uma mensagem que ressoa, particularmente, em um mundo que ainda luta contra a marginalização e a intolerância. O filme se destaca por apresentar personagens monstruosos que são, acima de tudo, humanos em suas emoções e vulnerabilidades.
Por outro lado, a música, apesar de se encaixar no gênero musical, não se destaca como memorável. Apesar da energia, as canções carecem de um gancho que as tornem verdadeiramente cativantes. Esta é, provavelmente, a fraqueza mais evidente do filme.
Em suma, Monster High: O Filme é uma produção divertida e leve que cumpre sua proposta de entreter. Embora possua falhas em seu roteiro e trilha sonora, a força do elenco, a direção eficiente e a mensagem positiva compensam as deficiências. Recomendo o filme para famílias com crianças e adolescentes que apreciam filmes com temática fantasiosa, personagens carismáticos e uma mensagem positiva sobre a inclusão e a aceitação. É um filme que, apesar de suas imperfeições, deixa uma mensagem duradoura e importante.
