Monstros S.A.: Um Clássico da Pixar que Continua a Assombrar (Positivamente) Nossos Corações
Em 23 de setembro de 2025, olhando para trás para o ano de 2001, é difícil não sentir uma pontada de nostalgia ao lembrar de Monstros S.A. Mais de duas décadas depois de sua estreia, o filme continua a ser um marco da animação, um testemunho da genialidade da Pixar e de sua capacidade de criar narrativas complexas e emocionantes, mesmo em um universo aparentemente simples de monstros peludos e crianças gritonas. A sinopse, sem spoilers, é simples: numa cidade onde o rugido das crianças alimenta a cidade, dois monstros, o assustador Sulley e o esperto Mike, se veem em uma situação inusitada quando uma menininha entra em seu mundo. A partir daí, uma aventura hilária e comovente se desenrola.
A direção de Pete Docter é impecável. A construção de Monstrópolis é brilhante, um universo detalhado e coerente que pulsa com vida própria. Cada personagem, cada canto da fábrica, respira criatividade e um cuidado meticuloso com o design, algo que a Pixar sempre soube dominar. Docter conduz a narrativa com maestria, equilibrando perfeitamente o humor escrachado com momentos genuinamente tocantes. O roteiro, assinado por Andrew Stanton e Daniel Gerson, é um primor. A construção dos personagens é impecável, e a inversão de expectativas em relação aos monstros e às crianças é uma sacada brilhante, que mantém o espectador envolvido do começo ao fim.
As atuações de voz, principalmente as lendárias performances de John Goodman como Sulley e Billy Crystal como Mike, são inesquecíveis. A dinâmica entre os dois é o coração do filme, uma amizade improvável e cativante que transcende a tela. A pequena Mary Gibbs, como Boo, rouba a cena com sua espontaneidade e inocência, criando um contraponto perfeito à atmosfera monstruosa. Mesmo os personagens secundários, como o vilão Randall e o ambicioso Waternoose, são memoráveis, construídos com uma profundidade surpreendente.
Atributo | Detalhe |
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Diretor | Pete Docter |
Roteiristas | Andrew Stanton, Daniel Gerson |
Produtora | Darla K. Anderson |
Elenco Principal | John Goodman, Billy Crystal, Mary Gibbs, Steve Buscemi, James Coburn |
Gênero | Animação, Comédia, Família |
Ano de Lançamento | 2001 |
Produtora | Pixar |
Um dos pontos fortes de Monstros S.A. é a sua capacidade de subverter expectativas. Inicialmente, o filme parece ser uma comédia leve, mas à medida que a história se desenrola, temas mais profundos emergem, como a amizade, a importância da família e a quebra de preconceitos. A revelação sobre a verdadeira fonte de energia da cidade é uma reviravolta inteligente, que adiciona uma camada de complexidade à trama.
Claro que, como todo filme, Monstros S.A. tem seus pontos fracos. Algumas piadas podem não funcionar tão bem para o público mais jovem de 2025, e o ritmo, em alguns momentos, pode ser um pouco lento para aqueles acostumados aos filmes de ação frenética atuais. Mas esses são detalhes menores que não diminuem o impacto geral do filme.
A mensagem do filme é poderosa e atemporal: o medo muitas vezes é baseado em preconceitos e desinformação, e a verdadeira força está no amor e na amizade. A relação entre Sulley e Boo é a personificação dessa mensagem, mostrando uma afeição pura e desinteressada que transcende as diferenças entre monstros e humanos.
Em resumo, Monstros S.A. é uma obra-prima da animação, um filme que continua a cativar gerações. Em 2025, ainda consegue nos fazer rir, chorar e refletir sobre a importância da amizade e da superação de medos. Recomendo fortemente a assistir ou rever este clássico da Pixar, disponível em diversas plataformas digitais. É uma experiência que vale a pena, para crianças e adultos. A revisitação em 2025 me fez apreciar ainda mais os detalhes da direção, o brilhantismo do roteiro e a magia atemporal da animação. A prisão do vilão no final foi uma satisfação extra! E a cena pós-créditos? Um acerto de mestre.