Sabe aquela sensação de que, não importa o quanto você tente se encaixar em uma caixa, o universo insiste em te empurrar para algo completamente diferente? Pois é, essa é a vibe que me pegou em cheio quando comecei a mergulhar em My Status as an Assassin Obviously Exceeds the Hero’s. E, olha, já vou logo dizendo, essa série recém-lançada – chegou pra gente este ano de 2025, e a Crunchyroll já está a todo vapor com a distribuição – não é só mais um isekai na multidão. Ela tem um coração pulsante, uma raiva guardada e uma inteligência que me fez prender a respiração mais de uma vez.
Por que eu tô te falando isso agora? Porque, honestamente, depois de tantos “heróis escolhidos”, “mundos de fantasia” e “protagonistas com poderes ocultos”, a gente acaba criando uma barreira de ceticismo. Mas Akira Oda, o nosso protagonista, conseguiu quebrar a minha.
Pensa comigo: um grupo de adolescentes é subitamente arrancado da sua rotina escolar e jogado em um reino de espadas e magia. A galera toda ganha habilidades de parar o tráfego, tipo “Cavaleiro Sagrado”, “Mago Arcano”, sabe? E o coitado do Akira? Ele só consegue a classe de “Assassino”. E não um assassino fodão de primeira, não. A descrição é “medíocre”. Imagina a frustração. É como você se preparar para uma maratona e só conseguir correr cem metros. A expectativa de um poder esmagador, um toque divino… e ele recebe o que parece ser um mero sussurro.
Mas a genialidade começa aí. A série nos convida a questionar o que realmente significa ser um “herói”. Em um mundo onde o rei, que supostamente é a autoridade máxima e o guia para esses jovens perdidos, te eleva ao status mais cobiçado, o de “Herói”, mas logo depois te acusa de um crime que você não cometeu e te força a fugir? Ah, meu amigo, isso é um prato cheio para quem gosta de ver as camadas de cinza da natureza humana. Não é simplesmente “vilão malvado versus herói bondoso”. Aqui, a linha é tênue, borrada pela política, pela desconfiança e pela pura e simples sobrevivência. O próprio Akira se vê num labirinto onde a honra é uma moeda falsa.
Atributo | Detalhe |
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Elenco Principal | Takeo Otsuka, Saku Mizuno, Junichi Suwabe, Sanae Kobayashi, 田村好 |
Gênero | Animação, Action & Adventure, Ficção Científica e Fantasia |
Ano de Lançamento | 2025 |
Produtoras | SUNRISE, TMS Entertainment, Sony Pictures, Kanon, Crunchyroll, OVERLAP, TV Tokyo Medianet, Animax Broadcast Japan, Warner Music Japan, CTW, Docomo Anime Store, BS Fuji |
A produção dessa série, encabeçada por nomes de peso como SUNRISE e TMS Entertainment, com a Sony Pictures e a Crunchyroll na retaguarda, já me deu um calorzinho no coração desde o anúncio. E, olha, eles não decepcionaram. As cenas de ação são fluidas, a animação é detalhada – você consegue sentir a poeira que se levanta durante um combate ou o brilho gélido da lâmina de Akira. Quando ele se move, não é a força bruta de um guerreiro que vemos, mas a precisão calculada, o silêncio mortal, a inteligência de quem tem que superar as próprias limitações para sobreviver. É um balé letal que se desenrola na tela, e você se pega vibrando com cada movimento estratégico, cada desvio milimétrico.
E as vozes, gente! Takeo Otsuka, dando vida ao Akira Oda, não entrega apenas falas, ele transmite a angústia, a astúcia e a determinação de um jovem que foi de “ninguém” a “herói” e, em seguida, a “fugitivo” em tempo recorde. Você ouve a dúvida na voz dele, a faísca de inteligência que o faz ver além das cortinas do rei. Saku Mizuno como Amelia Rosequartz, Junichi Suwabe como Saran Mithray, Sanae Kobayashi como Yoru, e 田村好 como Lia Lagoon – cada um adiciona uma camada de complexidade ao enredo, com performances que elevam o material, tornando cada interação, cada revelação, crível e impactante. Não são só personagens que recitam roteiros; são almas lutando em um mundo hostil.
O que me prendeu em My Status as an Assassin Obviously Exceeds the Hero’s é a sua honestidade brutal. Ela não tenta pintar um quadro cor-de-rosa de outro mundo. Pelo contrário, mostra que o perigo pode vir de quem menos esperamos, e que a verdadeira força não está em ter os poderes mais chamativos, mas em como você usa o que tem, em como você pensa, em como você se adapta quando tudo dá errado. É uma ficção científica e fantasia que não tem medo de sujar as mãos com temas como traição, justiça e a busca por um lugar no mundo quando o seu status oficial é o de inimigo público número um.
Se você, assim como eu, estava procurando algo que virasse o clichê isekai de cabeça para baixo, que te fizesse questionar as verdadeiras motivações por trás dos “grandes feitos” e dos “salvadores”, então essa série é um presente. Ela não é apenas uma aventura de ação; é um estudo sobre identidade, sobre o peso das expectativas e sobre a coragem de forjar o próprio caminho quando o destino tenta te empurrar para um papel que não te serve mais. E, para mim, isso é muito mais heroico do que qualquer título ou habilidade mágica poderia ser. Dá uma chance. Você não vai se arrepender de embarcar nessa jornada cheia de reviravoltas.