Não Adianta Fugir

Não Adianta Fugir: Um Terror que Gruda na Pele – 16 Anos Depois

Olha, vamos ser francos. Em 2009, quando Não Adianta Fugir (Run, You’ll Never Hide) chegou aos cinemas, eu estava mais preocupado com a minha prova de física do que com filmes de terror. Mas 16 anos depois, em 18/09/2025, revisitar essa produção me fez pensar: aquele filme de baixo orçamento sobre uma estudante envolvida em um atropelamento e fuga tinha algo a mais do que uma simples premissa clichê.

A história acompanha Mary Murdock (Laura Breckenridge), uma jovem que, após uma noite de festa, se envolve em um acidente e toma uma decisão terrível: enterrar o corpo da vítima. O que se segue é uma angustiante corrida contra o tempo, onde o espectro do passado retorna para assombrá-la, com um toque de vingança que beira o sobrenatural. Não vou estragar o final, mas a premissa é simples e eficaz, jogando com a culpa e o medo inerentes à situação.

A direção de Enda McCallion é, digamos, competente. Ela não reinventa a roda, mas entrega exatamente o que se espera de um filme de terror independente: atmosfera tensa, cenários sombrios e uma trilha sonora que sabe usar o silêncio como arma. O roteiro de Diane Doniol-Valcroze e Arthur K. Flam é funcional, mas peca por alguns clichês previsíveis. A trama não se aventura muito além do básico, mas compensa com o suspense crescente e a crescente sensação de claustrofobia que cerca Mary.

AtributoDetalhe
DiretorEnda McCallion
RoteiristasDiane Doniol-Valcroze, Arthur K. Flam
ProdutoresBraxton Pope, Brent Emery, Mark Morgan, Andrew Weiner
Elenco PrincipalLaura Breckenridge, Kevin Corrigan, Christopher Shand, Megan Anderson, Nitin Adsul
GêneroTerror
Ano de Lançamento2009
ProdutorasThats Hollywood, Maverick Films, Ithaka Entertainment, Metro-Goldwyn-Mayer

Laura Breckenridge carrega o filme nas costas. Ela transmite bem a fragilidade e o desespero de Mary, sem cair em estereótipos. O resto do elenco cumpre seu papel com eficiência, sem grandes destaques. Kevin Corrigan como o homem que Mary atropela, embora com tempo de tela limitado, deixa uma marca forte.

Um dos pontos fortes do longa é, sem dúvida, a construção da tensão. A sensação de pavor que acompanha Mary em cada cena é palpável. A câmera, em muitos momentos, utiliza-se de ângulos inteligentes que amplificam a sensação de perseguição e vulnerabilidade. Por outro lado, alguns artifícios narrativos são bastante previsíveis, e o ritmo oscila entre momentos de alta tensão e outros um tanto arrastados. O final, apesar de funcionar em termos de resolução, poderia ter sido mais elaborado.

Não Adianta Fugir explora temas universais: as consequências das escolhas, a culpa, o peso da consciência. Não espere grandes reflexões filosóficas, mas a história funciona como um estudo de caso sobre como uma decisão impulsiva pode mudar uma vida para sempre.

No geral, Não Adianta Fugir, apesar de suas imperfeições, é uma experiência cinematográfica razoável dentro do seu gênero. Ele não pretende ser uma obra-prima, mas cumpre o seu objetivo principal: entreter e provocar sustos. Em 2009, talvez tenha passado despercebido no meio da avalanche de lançamentos de Hollywood; em 2025, se você procura um filme de terror para uma noite tranquila em casa, assistindo em plataformas digitais, ele pode ser uma boa escolha. Recomendo-o, principalmente para aqueles que apreciam filmes de suspense com um toque de sobrenatural e uma protagonista feminina bem desenvolvida. Só não vá esperar o terror psicológico de um “O Iluminado” ou o requinte visual de um “Hereditário”. Ele ocupa um lugar diferente, mas digno, no hall da fama dos filmes de terror B.

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