Negação

Negando a Negacionista: Uma Resenha de Negação (2016)

Oito anos se passaram desde que assisti pela primeira vez a Negação, e a memória daquela experiência permanece vívida, incisiva. Não se trata apenas de um filme; é uma aula magistral de como a arte pode – e deve – confrontar a história, a memória e a negação pura e simples do mal. A trama gira em torno do julgamento de David Irving, um renomado negacionista do Holocausto, que processa a historiadora Deborah E. Lipstadt por difamação. A acusação de Irving? Lipstadt, em seu livro, o descreveu como um negacionista. A partir daí, assistimos a uma batalha épica, não apenas no tribunal, mas no campo das ideias.

Um Tribunal de Palavras e Memórias

A direção de Mick Jackson, longe de ser fria e impessoal, cria uma atmosfera tensa e claustrofóbica dentro da sala do tribunal. O roteiro de David Hare, baseado no livro de Lipstadt, é impecável. Ele equilibra a complexidade do caso legal com a narrativa pessoal da historiadora, mostrando a imensa pressão e a responsabilidade que recaem sobre seus ombros. Não se trata de uma simples disputa jurídica; é uma luta pela memória, pela verdade contra a mentira organizada, contra uma distorção da história que busca apagar o sofrimento de milhões.

As atuações são soberbas. Rachel Weisz está simplesmente brilhante como Deborah Lipstadt, transmitindo com maestria a determinação, a inteligência e a fragilidade da historiadora. Timothy Spall, por sua vez, interpreta David Irving com uma frieza perturbadora, revelando a face sombria do negacionismo. O restante do elenco, incluindo Tom Wilkinson e Andrew Scott, contribui com interpretações sólidas, complementando a força dramática do filme.

AtributoDetalhe
DiretorMick Jackson
RoteiristaDavid Hare
ProdutoresGary Foster, Russ Krasnoff, Marta Habior
Elenco PrincipalRachel Weisz, Tom Wilkinson, Timothy Spall, Andrew Scott, Jack Lowden
GêneroDrama, História
Ano de Lançamento2016
ProdutorasBBC Film, Participant, Krasnoff / Foster Entertainment, Shoebox Films

Pontos Fortes e Pontos a Ponderar

Um dos pontos fortes de Negação é sua capacidade de humanizar os personagens. Não romantiza Deborah Lipstadt, nem demoniza David Irving; simplesmente os apresenta como figuras complexas, com motivações e vulnerabilidades próprias. Essa nuance é crucial para a construção da narrativa. A forma como o filme explora o impacto psicológico e emocional da luta contra o negacionismo é verdadeiramente comovente. Porém, em momentos específicos, a complexidade legal, inerente ao caso, pode tornar o ritmo ligeiramente lento para alguns espectadores.

A Mensagem Duradoura

Negação não é apenas um drama jurídico; é um grito de alerta contra a manipulação da história, contra a perigosa banalização do Holocausto. O filme serve como um lembrete constante da importância da preservação da memória e da luta contra o revisionismo histórico. A mensagem é clara: a negação do Holocausto não é apenas uma ofensa às vítimas, mas um ataque à própria verdade, um atentado contra a civilização. É um filme que ecoa fortemente oito anos depois, ainda mais relevante num mundo que parece cada vez mais suscetível à disseminação de desinformação.

Conclusão: Um Filme Essencial

Em 2025, posso afirmar com convicção: Negação é um filme essencial. Sim, pode haver momentos em que o ritmo se torna um pouco lento, mas a força da sua mensagem e a qualidade da sua execução superam em muito qualquer possível defeito. Recomendo fortemente sua exibição, especialmente para aqueles que se interessam por história, justiça e o combate incessante à mentira. É uma experiência cinematográfica impactante e profundamente necessária, disponível em diversas plataformas digitais. Se você não o assistiu, corra para mudar isso. É uma obrigação moral.

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