Norm e os Invencíveis – Uma Aventura nas Férias: Uma Comédia Familiar que Encontra o Seu Caminho
Cinco anos se passaram desde que o Rei Norm e sua família divertiram (ou não) o público em 2020. Revisitando “Norm e os Invencíveis – Uma Aventura nas Férias” em 2025, é preciso admitir: a nostalgia não consegue disfarçar completamente as falhas do longa. A animação, que acompanha o desastrado rei urso polar em uma jornada para recuperar sua coroa roubada, enquanto tenta equilibrar as responsabilidades reais com o desejo de férias em família, se apresenta como um produto mediano, um daqueles filmes que você assiste sem grandes expectativas e sai com a sensação de dever cumprido, mas sem grandes emoções.
Uma Coroa Roubada, uma Família Desorganizada
A sinopse é simples: o Rei Norm, sobrecarregado pelo reino, precisa lidar com o desaparecimento de sua coroa e, ao mesmo tempo, encontrar um tempo para as férias com a família. A trama se desenrola em uma aventura que o leva por Harbin, na China, onde ele encontra uma variedade de personagens coloridos e situações hilárias, tudo salpicado com a boa dose de humor físico esperado em animações deste gênero. A premissa é divertida, mas a execução peca por uma certa previsibilidade. A jornada, por mais pitoresca que seja, não consegue surpreender; a resolução dos conflitos é, digamos, um tanto óbvia.
A Direção, o Roteiro, e as Vozes que Não Encantam
Anthony Bell, na direção, não demonstra uma assinatura muito marcante. A animação é competente, mas não excepcional. Há momentos em que a qualidade visual oscila, e a direção de arte, embora simpática, não se destaca. O roteiro de Elie Choufany, por sua vez, se apoia muito na comédia física e em piadas previsíveis. Embora haja momentos de genuína diversão, a maior parte do humor se esgota rapidamente. O elenco de dublagem, com Andrew Toth como Norm, Lisa Durupt, Jonathan Holmes, Paul Dobson e Cole Howard, faz o que pode com o material que tem em mãos, mas mesmo a boa performance vocal não consegue salvar um roteiro que carece de profundidade.
Atributo | Detalhe |
---|---|
Diretor | Anthony Bell |
Roteirista | Elie Choufany |
Elenco Principal | Andrew Toth, Lisa Durupt, Jonathan Holmes, Paul Dobson, Cole Howard |
Gênero | Animação, Comédia, Família |
Ano de Lançamento | 2020 |
Produtoras | Splash Entertainment, Lionsgate, Dream Factory Group, Telegael, Assemblage Entertainment, Discreet Arts Productions, Mandate International, Yang Yang Pictures |
Pontos Fortes e Fracos: Um Equilíbrio Precário
O filme tem seus momentos brilhantes. A relação entre Norm e sua família, apesar de ser um arquétipo familiar, funciona como um ponto de identificação para o público. A viagem a Harbin, com seus cenários e cultura, proporciona alguns momentos visualmente agradáveis. Por outro lado, a trama se arrasta em alguns momentos, e o ritmo irregular prejudica a experiência. A construção de alguns personagens secundários é superficial, e a resolução dos conflitos, como já mencionei, carece de originalidade e impacto emocional.
Temas e Mensagens: Férias e a Busca pelo Equilíbrio
A mensagem central do filme gira em torno da importância do equilíbrio entre a vida profissional e a vida familiar. Norm, representando muitos pais ocupados, precisa aprender a dar prioridade à família, e essa mensagem ressoa, apesar da forma simplória como é apresentada. Ainda assim, o filme falha em explorar a profundidade desse tema, optando por um tratamento superficial que se concentra mais na aventura do que na reflexão.
Conclusão: Uma Opção Discreta para uma Tarde em Família
“Norm e os Invencíveis – Uma Aventura nas Férias” é um filme que, apesar de não ser ruim, não se destaca em nenhum aspecto. É uma animação familiar mediana, com alguns momentos divertidos, mas que carece de originalidade e profundidade. Se você busca uma animação para entreter crianças em uma tarde tranquila, pode ser uma opção aceitável. Mas se espera algo que o surpreenda ou o emocione profundamente, talvez seja melhor buscar outras opções em plataformas de streaming. A recepção do filme em 2020 foi morna, e olhando para trás, cinco anos depois, essa avaliação parece persistir. Recomendo-o com ressalvas, principalmente para famílias com crianças menores, que podem se divertir com a aventura do urso polar.