O Assassino: O Primeiro Alvo

American Assassin: Uma Vingança Sem Graça?

Oito anos se passaram desde o lançamento de American Assassin (2017), e revisitar esse filme de ação me deixou com uma sensação… peculiar. Não é exatamente um filme ruim, mas também não é exatamente bom. É como um prato de comida saboroso, mas sem alma, uma experiência que te deixa satisfeito momentaneamente, mas sem deixar nenhum resquício duradouro. A premissa é tentadora: Mitch Rapp (Dylan O”Brien), devastado pela morte da noiva em um ataque terrorista, busca vingança e acaba recrutado pela CIA para um treinamento brutal sob a tutela do implacável Stan Hurley (Michael Keaton).

A sinopse vende uma jornada de vingança crua e visceral, e, em partes, ela cumpre essa promessa. As cenas de ação são bem coreografadas, algumas até memoráveis, oferecendo a violência explosiva esperada em um thriller de espionagem. O treinamento de Rapp, particularmente, é visualmente impactante, mostrando a transformação física e mental do personagem. Porém, o roteiro, apesar de baseado em um livro, sofre de um grave caso de previsibilidade. A narrativa se desenrola de maneira tão linear e óbvia que qualquer reviravolta se torna antecipável, tirando o fôlego e a tensão que um filme desse gênero deveria proporcionar.

A direção de Michael Cuesta é competente, mas sem brilho. Ele entrega o que é esperado: cenas de ação bem filmadas e uma construção visual aceitável, mas falta aquela assinatura autoral, aquela marca que eleva o filme além do ordinário. As atuações são um ponto misto. Michael Keaton, como sempre, é excelente, entregando uma interpretação implacável e complexa de Hurley. O’Brien faz o seu melhor, mas seu personagem, infelizmente, é mal desenvolvido, restando pouco além de um desejo de vingança sem nuances. Os demais atores cumprem seu papel de forma competente, sem, no entanto, grandes destaques.

Atributo Detalhe
Diretor Michael Cuesta
Roteiristas Stephen Schiff, Marshall Herskovitz, Michael Finch, Edward Zwick
Produtores Nick Wechsler, Lorenzo di Bonaventura
Elenco Principal Dylan O'Brien, Michael Keaton, Taylor Kitsch, Shiva Negar, Sanaa Lathan
Gênero Ação, Aventura, Thriller
Ano de Lançamento 2017
Produtoras TIK Films, di Bonaventura Pictures, Nick Wechsler Productions, Lionsgate, CBS Films

O filme tenta explorar temas como a dor da perda, a busca pela justiça e a moralidade em tempos de guerra, mas tudo é superficial. A profundidade emocional prometida na premissa fica perdida em meio à enxurrada de explosões e tiroteios. É como se os roteiristas, Stephen Schiff, Marshall Herskovitz, Michael Finch e Edward Zwick, tivessem optado por priorizar a ação em detrimento do desenvolvimento dos personagens e da trama, resultando em um filme que é visualmente estimulante, mas narrativamente vazio.

A recepção crítica em 2017, como demonstram os trechos fornecidos, reflete a minha própria avaliação. American Assassin foi descrito como um filme “sem graça” e com uma “trama batida”. Concordo plenamente. A sensação de déjà vu é constante, lembrando uma série de outros filmes de ação que exploraram as mesmas premissas sem trazer nada de novo à mesa.

Em resumo, American Assassin é um filme de ação mediano que entretém momentaneamente, mas não deixa uma marca significativa. A ação é competente, mas a narrativa é fraca e previsível. Se você busca um filme de ação puramente visceral, sem grandes pretensões narrativas, pode dar uma chance. Mas se espera algo além de explosões e tiroteios, sugiro procurar alternativas. Acho que, em retrospecto, a falta de substância é seu maior pecado, não o tornando uma obra memorável, apesar da boa performance de Keaton, capaz de carregar um roteiro, em muitos momentos, medíocre. Para mim, fica a sensação de uma oportunidade desperdiçada de explorar um tema tão rico quanto a vingança e suas consequências.

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